domingo, janeiro 30, 2005
Currículo sexual
O dedo é como o algodão: não engana!!!
Afinal, concluo da leitura do texto do Público, referido no post anterior, que esta coisa das eleições trata do currículo sexual dos candidatos.
E ninguém me diz nada?
"Estes colos sabem bem"
Já nada Lopes tem para oferecer: com a credibilidade política de rastos, atira-nos um cartaz para a frente que diz "Este homem sabe o que é". Saberá? Nós sabemos. É o que Jorge Sampaio, com o apoio generalizado do país, mandou para a rua por falta de credibilidade e incompetência manifesta. Afinal, é mais o quê? Um "femeeiro". É este o currículo que Santana Lopes agora transformou em arma eleitoral: namorou com várias mulheres. Mais de 30? Menos de 100? Só um louco descontrolado traz esta matéria para a campanha, mas de Santana Lopes tudo se pode esperar - eventualmente até um "strip-tease" no comício de encerramento.
Ana Sá Lopes no Público
Ana Sá Lopes no Público
O alimentador de blogs
Tem tanta graça que até apetece que ganhe as eleições.
Palavra de ordem nacional: Seja um cidadão comum, não pague os seus impostos.
Foto do Jumento, claro.
Sol de Inverno
Foto do Bartsky (clique na imagem para a aumentar)
A inteligência dos homens, como a dos países, vê-se na capacidade para retirar proveito das adversidades.
Já que temos que aturar a seca, podiamos promover internacionalmente este país do sol permanente.
A anemia de Coimbra
A prova mais evidente da falência de Coimbra, da sua incapacidade de se renovar e progredir, está na composição das listas dos três principais partidos.
Nenhum dos cabeças de lista é de Coimbra.
Numa cidade que tem uma das universidades mais antigas da Europa, onde a inteligência e a sapiência deviam saltar de cada pedra, Coimbra vai definhando, morrendo às suas próprias mãos.
Ensombrada por uma universidade caduca, que se basta a si mesma, vai pasmando.
Acaba por se cair nesta constatação: a maior empresa de Coimbra é o Hospital da Universidade.
Nota de rodapé: Benditas eleições. A tal rotunda que já vai com oito meses de construção, finalmente recebeu uma explosão demográfica. Depois de meses em que por lá andavam dois homens, trabalhando nos intervalos das bocas que iam mandando a tudo o que é fêmea, agora sim, é ver máquinas e homens com tal abundância que até se atrapalham uns aos outros.
É claro que o facto de a autarquia ser Psd nada tem a ver com esta pressa súbita.
Nenhum dos cabeças de lista é de Coimbra.
Numa cidade que tem uma das universidades mais antigas da Europa, onde a inteligência e a sapiência deviam saltar de cada pedra, Coimbra vai definhando, morrendo às suas próprias mãos.
Ensombrada por uma universidade caduca, que se basta a si mesma, vai pasmando.
Acaba por se cair nesta constatação: a maior empresa de Coimbra é o Hospital da Universidade.
Nota de rodapé: Benditas eleições. A tal rotunda que já vai com oito meses de construção, finalmente recebeu uma explosão demográfica. Depois de meses em que por lá andavam dois homens, trabalhando nos intervalos das bocas que iam mandando a tudo o que é fêmea, agora sim, é ver máquinas e homens com tal abundância que até se atrapalham uns aos outros.
É claro que o facto de a autarquia ser Psd nada tem a ver com esta pressa súbita.
sábado, janeiro 29, 2005
O dilema de Pacheco Pereira
Num texto escrito ontem no Abrupto, Pacheco Pereira aborda o seu dilema quanto a votar ou não no Psd.
Embora a sua conclusão não surja explícita, a argumentação conduz-nos à evidência de que votará Psd.
Compreendo o seu dilema: encurralado entre não votar no Partido que há anos ajudou a construir e a opção de votar num Psd que, de momento, não é o dele.
Posição difícil.
Se declara votar Psd, aceita implicitamente legitimar Santana e cair em contradição com tudo o que, desde Julho, dele tem dito.
Afirmando algo diferente, dado o impacto público das suas posições, pode retirar alguns milhares de votos ao partido do seu coração.
Eu, no seu lugar, remetia-me ao silêncio, declarava-me em licença sabática no que respeita a soluções políticas, com o argumento da não participação na campanha por não ser candidato.
Posição diferente, qualquer que ela seja, atirá-lo-á para a atitude contraditória de Marcelo Rebelo de Sousa e perderá legitimidade para, a partir desse momento, repetir as críticas quanto à incapacidade de Santana para liderar o país e o partido.
Deixará de poder dizer: “triste país o nosso”.
Embora a sua conclusão não surja explícita, a argumentação conduz-nos à evidência de que votará Psd.
Compreendo o seu dilema: encurralado entre não votar no Partido que há anos ajudou a construir e a opção de votar num Psd que, de momento, não é o dele.
Posição difícil.
Se declara votar Psd, aceita implicitamente legitimar Santana e cair em contradição com tudo o que, desde Julho, dele tem dito.
Afirmando algo diferente, dado o impacto público das suas posições, pode retirar alguns milhares de votos ao partido do seu coração.
Eu, no seu lugar, remetia-me ao silêncio, declarava-me em licença sabática no que respeita a soluções políticas, com o argumento da não participação na campanha por não ser candidato.
Posição diferente, qualquer que ela seja, atirá-lo-á para a atitude contraditória de Marcelo Rebelo de Sousa e perderá legitimidade para, a partir desse momento, repetir as críticas quanto à incapacidade de Santana para liderar o país e o partido.
Deixará de poder dizer: “triste país o nosso”.
sexta-feira, janeiro 28, 2005
Mega-fraude
Santana Lopes diz que, se as empresas de sondagens se enganarem, lhes vai pedir responsabilidades no dia 20 de Fevereiro.
Arranjou mais uma forma de se vitimizar.
Este homem é um prodígio: como é que com tanto que fazer ainda tem tempo para se embebedar? A notícia AQUI.
Este homem é um prodígio: como é que com tanto que fazer ainda tem tempo para se embebedar? A notícia AQUI.
Atentado à livre economia
O Ministério da Educação tem um estudo que aponta para a adopção de manuais escolares com uma vida útil de seis anos, em vez do sistema actual que se traduz na mudança anual de manuais.
Está mal. Ninguém pode em seu perfeito juízo concordar com esta medida.
Desde logo porque isso se traduz num prejuízo grave para editores, livreiros e autores dos manuais, numa economia que, como se sabe, se quer aberta à livre concorrência e iniciativa.
Em segundo lugar, porque isso teria como consequência que as famílias que têm mais que um filho em idade escolar iriam encatrafiar o dinheiro assim poupado nos colchões de suas casas, impedindo a livre circulação do capital.
Em terceiro lugar, porque as nossas crianças e jovens estariam a aprender matérias retardadas, azedas mesmo, visto que toda a gente sabe que a Matemática muda todos os anos. Por exemplo, todos sabemos que as divisões já não são o que eram e uma equação, nos dias que correm, quando devidamente actualizada, tem um cunho muito mais tecnológico, audiovisual mesmo, do que há dez anos atrás.
A História é outro exemplo: qualquer analfabeto sabe que a história da Roma Antiga, dos Fenícios, de D. Afonso Henriques ou dos Descobrimentos, são coisas que mudam todos os anos, ao ponto de eu achar que nos tempos que correm D. Afonso Henriques já não é o que era.
As línguas são outro exemplo: basta ver as notícias que passam em rodapé nas televisões, para verificar que as regras gramaticais estão em constante mutação e, por isso, têm de ser adaptadas ao pessoal que quer bué de muito, para ontem e, de preferência, já feito.
Posto isto, considero que manter manuais escolares durante um ano lectivo inteiro já é uma medida bloqueadora da actualização científica e da expansão económica, pelo que proponho que os manuais tenham apenas a validade de um trimestre, ou sejam – e isto seria a medida ideal – publicados sob a forma de fascículos actualizados mensalmente.
Não aceitem estas propostas e depois venham queixar-se que a economia não cresce e que o PIB não sei quê.
Pergunta idiota: quem terá sido a besta que introduziu esta coisa da mudança anual de manuais escolares?
Está mal. Ninguém pode em seu perfeito juízo concordar com esta medida.
Desde logo porque isso se traduz num prejuízo grave para editores, livreiros e autores dos manuais, numa economia que, como se sabe, se quer aberta à livre concorrência e iniciativa.
Em segundo lugar, porque isso teria como consequência que as famílias que têm mais que um filho em idade escolar iriam encatrafiar o dinheiro assim poupado nos colchões de suas casas, impedindo a livre circulação do capital.
Em terceiro lugar, porque as nossas crianças e jovens estariam a aprender matérias retardadas, azedas mesmo, visto que toda a gente sabe que a Matemática muda todos os anos. Por exemplo, todos sabemos que as divisões já não são o que eram e uma equação, nos dias que correm, quando devidamente actualizada, tem um cunho muito mais tecnológico, audiovisual mesmo, do que há dez anos atrás.
A História é outro exemplo: qualquer analfabeto sabe que a história da Roma Antiga, dos Fenícios, de D. Afonso Henriques ou dos Descobrimentos, são coisas que mudam todos os anos, ao ponto de eu achar que nos tempos que correm D. Afonso Henriques já não é o que era.
As línguas são outro exemplo: basta ver as notícias que passam em rodapé nas televisões, para verificar que as regras gramaticais estão em constante mutação e, por isso, têm de ser adaptadas ao pessoal que quer bué de muito, para ontem e, de preferência, já feito.
Posto isto, considero que manter manuais escolares durante um ano lectivo inteiro já é uma medida bloqueadora da actualização científica e da expansão económica, pelo que proponho que os manuais tenham apenas a validade de um trimestre, ou sejam – e isto seria a medida ideal – publicados sob a forma de fascículos actualizados mensalmente.
Não aceitem estas propostas e depois venham queixar-se que a economia não cresce e que o PIB não sei quê.
Pergunta idiota: quem terá sido a besta que introduziu esta coisa da mudança anual de manuais escolares?
quinta-feira, janeiro 27, 2005
Sem dilema
A opção eleitoral entre PS e PSD para o dia vinte de Fevereiro, não é entre programas mas entre personalidades: de um lado o metafórico, precipitado e agarotado Santana, do outro um Socrates que, como político em geral e como ministro, goste-se ou não das posições que defende, sempre se apresentou como adulto e persistente nos seus ideais.
Não parece que a opção constitua um dilema.
O Bloco de Esquerda passou-se...
As declarações das figuras mais notórias do Bloco de Esquerda parecem atestar um certo desnorte.
De um lado, reivindicam mais investimento do Estado , em vez de melhor investimento.
Do outro, cai-se na imprudência de abrir as portas às críticas da direita, face a uma ideia indefensável de Louçã.
Parece que a imprudência e o irrealismo se instalaram para aquelas bandas.
E, ou muito me engano ou as posições programáticas que estão a defender empurram votos para o PS e para um eventualmente necessário acordo com o PP.
Mau serviço para a esquerda.
Só para suscitar reflexão
quarta-feira, janeiro 26, 2005
Geração Rasca?
«Um inquérito sociológico, esta terça-feira publicado, revela que 86 por cento dos jovens portugueses não quer saber de grupos sociais, cívicos ou políticos. A explicação para esta fraca mobilização é simples: falta de interesse. É pelo menos o que afirmam 35 por cento dos inquiridos, enquanto 15 por cento queixa-se de falta de tempo.Um total de 51 por cento dos jovens portugueses diz que não pretende pôr a cruzinha para ajudar a decidir o futuro do país. Os mais novos consideram que existem coisas mais importantes para fazer no dia das eleições.»
Esta a juventude abstencionista que temos.
Já antes foi apelidada de geração rasca.
Eu diria que ela é o produto de uma gestão educacional, cultural e social rasca.
A não pensarmos assim, seremos obrigados a concluir que a juventude que temos é geneticamente diferente da nossa.
A primeira causa deste fenómeno deve ser procurada nos programas de ensino, nos currículos do ensino obrigatório.
Num país sem tradição democrática recente, a revolução de Abril trouxe-nos uma coisa chamada Introdução à Política. A ditadura tinha a sua Organização Política e Administrativa da Nação.
Extinta que foi a Introdução à Política, sem que tenha sido substituída por um equivalente, ficaram os nossos jovens à mercê dos lugares comuns, dos erros conceptuais dos nossos serviços noticiosos…
Têm da política (e não são só eles) a ideia de que é uma coisa que serve para uns tantos encherem os bolsos, subirem na vida ou trocarem favores.
Neste domínio, sabem o que não querem. Mas estão incapacitados de saberem o que querem.
Não lhes foi – nem é – fornecido um suporte teórico que lhes permita compreender que tudo o que é decidido em política os afecta, mais cedo ou mais tarde.
E não me digam que a política se aprende na prática: não há boas práticas sem um suporte teórico.
Sem uma disciplina que especificamente lhes forneça a cultura política básica para serem cidadãos por inteiro, com um sistema educativo que não promove hábitos de leitura e uma sociedade que promove a estupidificação e o rasteirismo intelectual (veja-se a programação televisiva) esperamos que os nossos jovens tenham apetência para o colectivo, o político e o social?
Esta a juventude abstencionista que temos.
Já antes foi apelidada de geração rasca.
Eu diria que ela é o produto de uma gestão educacional, cultural e social rasca.
A não pensarmos assim, seremos obrigados a concluir que a juventude que temos é geneticamente diferente da nossa.
A primeira causa deste fenómeno deve ser procurada nos programas de ensino, nos currículos do ensino obrigatório.
Num país sem tradição democrática recente, a revolução de Abril trouxe-nos uma coisa chamada Introdução à Política. A ditadura tinha a sua Organização Política e Administrativa da Nação.
Extinta que foi a Introdução à Política, sem que tenha sido substituída por um equivalente, ficaram os nossos jovens à mercê dos lugares comuns, dos erros conceptuais dos nossos serviços noticiosos…
Têm da política (e não são só eles) a ideia de que é uma coisa que serve para uns tantos encherem os bolsos, subirem na vida ou trocarem favores.
Neste domínio, sabem o que não querem. Mas estão incapacitados de saberem o que querem.
Não lhes foi – nem é – fornecido um suporte teórico que lhes permita compreender que tudo o que é decidido em política os afecta, mais cedo ou mais tarde.
E não me digam que a política se aprende na prática: não há boas práticas sem um suporte teórico.
Sem uma disciplina que especificamente lhes forneça a cultura política básica para serem cidadãos por inteiro, com um sistema educativo que não promove hábitos de leitura e uma sociedade que promove a estupidificação e o rasteirismo intelectual (veja-se a programação televisiva) esperamos que os nossos jovens tenham apetência para o colectivo, o político e o social?
terça-feira, janeiro 25, 2005
"O monstro das bolachas"
Na passada Quinta-feira, defendi aqui a extinção dos serviços do Estado que não têm qualquer utilidade ou que estão duplicados.
Para os sindicatos, esta ideia é reaccionária. Eu diria que quem presta um mau serviço aos trabalhadores são exactamente as centrais sindicais, ao defenderem a ideia de que devem ser os trabalhadores por conta de outrem do sector privado, a subsidiarem com os seus impostos todos os postos de trabalho inúteis da função pública.
Tive agora tempo para procurar o texto que então referi.
Foi desenvolvido num blog de posições liberais extremistas. Deixo bem claro que não pactuo com a generalidade das posições assumidas pelo seu autor que é, sem dúvida, um radical.
Sempre defendi, porém, que uma ideia não é necessariamente má apenas porque vem de um sector que é nosso adversário político ou ideológico.
Assim, para exemplificar aquilo que de absurdo e insustentável andamos a pagar, sugiro vivamente que se faça uma leitura, ainda que ligeira, da descrição de um ministério neste link.
Para os sindicatos, esta ideia é reaccionária. Eu diria que quem presta um mau serviço aos trabalhadores são exactamente as centrais sindicais, ao defenderem a ideia de que devem ser os trabalhadores por conta de outrem do sector privado, a subsidiarem com os seus impostos todos os postos de trabalho inúteis da função pública.
Tive agora tempo para procurar o texto que então referi.
Foi desenvolvido num blog de posições liberais extremistas. Deixo bem claro que não pactuo com a generalidade das posições assumidas pelo seu autor que é, sem dúvida, um radical.
Sempre defendi, porém, que uma ideia não é necessariamente má apenas porque vem de um sector que é nosso adversário político ou ideológico.
Assim, para exemplificar aquilo que de absurdo e insustentável andamos a pagar, sugiro vivamente que se faça uma leitura, ainda que ligeira, da descrição de um ministério neste link.
Para conhecerem as verdadeiras propostas da direita têm, no mesmo blog, este link.
segunda-feira, janeiro 24, 2005
Pensamento "profundo" do dia
Os discursos de Santana Lopes constituem verdadeiras armas de distracção massiva.
Não esqueçamos Auschwitz
Há sessenta anos,o exército russo chegava a Auschwitz. O que aconteceu nesse campo de concentração, demonstra-nos que não existem limites para a falta de escrúpulos. Dir-me-ão que foi há sessenta anos. Mas, o que aconteceu na antiga Jugoslávia, foi há uma década e é, na sua essência, muito semelhante.
Depois disto, as actuações dos jovens soldados americanos nas prisões iraquianas.
O ser humano pode ser muito desumano!
Nos tempos que correm, podemos acreditar em quê? Em quem?
A coerência do Prof. Marcelo
Acho que tenho de mudar o nome do blog para Votem nos Filhos.
O lema da campanha aqui do bordel estava já preparado e era: “As putas ao poder”.
Só que depois do aparecimento de Marcelo Rebelo de Sousa na campanha do Psd, tenho receio que o eleitor se baralhe e vote nos agora amigos de Marcelo.
Então o homem não disse na Tvi que o governo de Santana era pior do que o de Guterres?
Agora aparece a fazer campanha em Celorico de Basto dizendo que Sócrates é um Guterres de segunda! Nesta classificação, Santana fica em que posição?
É preciso ter muita falta de vergonha para apoiar publicamente aqueles que tão ferozmente criticava nas suas crónicas dominicais e que ele próprio acusou de o terem silenciado.
Com isto, o pessoal que fielmente o escutava na televisão, deve ter ficado baralhado.
Se não ficou, se avaliou bem a atitude de Marcelo, não é só o prestígio dele que cai a pique, é toda a classe política e o próprio sistema partidário que sai manchado por esta contradição flagrante, reforçando a ideia de que os políticos são todos iguais.
Também pode acontecer que Marcelo esteja a apostar na proverbial memória curta dos portugueses…
Já só me faltava ver Pacheco Pereira aos abraços a Santana no comício de encerramento do Psd. Acho que desta estou livre. Digo eu.
O lema da campanha aqui do bordel estava já preparado e era: “As putas ao poder”.
Só que depois do aparecimento de Marcelo Rebelo de Sousa na campanha do Psd, tenho receio que o eleitor se baralhe e vote nos agora amigos de Marcelo.
Então o homem não disse na Tvi que o governo de Santana era pior do que o de Guterres?
Agora aparece a fazer campanha em Celorico de Basto dizendo que Sócrates é um Guterres de segunda! Nesta classificação, Santana fica em que posição?
É preciso ter muita falta de vergonha para apoiar publicamente aqueles que tão ferozmente criticava nas suas crónicas dominicais e que ele próprio acusou de o terem silenciado.
Com isto, o pessoal que fielmente o escutava na televisão, deve ter ficado baralhado.
Se não ficou, se avaliou bem a atitude de Marcelo, não é só o prestígio dele que cai a pique, é toda a classe política e o próprio sistema partidário que sai manchado por esta contradição flagrante, reforçando a ideia de que os políticos são todos iguais.
Também pode acontecer que Marcelo esteja a apostar na proverbial memória curta dos portugueses…
Já só me faltava ver Pacheco Pereira aos abraços a Santana no comício de encerramento do Psd. Acho que desta estou livre. Digo eu.
Neofascista é o raio que o parta
Sr. Dr. Bagão Félix: quando pretender chamar neofascista a alguém, tenha o cuidado de colocar um espelho à sua frente. Então sim, pode berrar à vontade.
Post scriptum: Que fique bem frisado que não sou apoiante do Bloco de Esquerda. Acontece porém que, mesmo em campanha eleitoral, deve haver algum decoro e não se lançar pela boca fora a primeira bacorada que passa pela cabeça: a conquista de votos não justifica tudo.
Post scriptum: Que fique bem frisado que não sou apoiante do Bloco de Esquerda. Acontece porém que, mesmo em campanha eleitoral, deve haver algum decoro e não se lançar pela boca fora a primeira bacorada que passa pela cabeça: a conquista de votos não justifica tudo.
domingo, janeiro 23, 2005
Em nome de quê?
Dedico esta fotografia a Durão Barroso, Paulo Portas e todos os colunistas e blogueiros que tanto se empenharam na defesa do combate ao terrorismo através da intervenção no Iraque.
Porque andam agora tão caladinhos?
Sejam corajosos e reconheçam o engano.
Julho de 1882
"Um governo ignorante, vivendo na trapaça, no favoritismo eleitoral, no compadrio, nas dependencias aviltantes do dinheiro, fazendo carreira aos mediocres humilhados, empecendo o exito no mundo official ás inflexibilidades energicas e fecundas, dissolve a moral publica porque, corrompendo os interesses legitimos da communidade, abastarda correlativamente as sympathias dos individuos."
EÇA DE QUEIROZ--RAMALHO ORTIGÃO
AS FARPAS
sábado, janeiro 22, 2005
Pergunta insidiosa
Depois de concluídas, pela negativa, as investigações sobre armas de destruição massiva no Iraque, como é que ficam aqueles que, na política portuguesa, defenderam a intervenção com base em informações seguríssimas?
Como mentirosos ou como palhaços?
Como mentirosos ou como palhaços?
Pensamento "profundo" do dia
Com tanto choque, pode ser que dispare o disjuntor da passividade dos portugueses.
sexta-feira, janeiro 21, 2005
A teoria da conspiração: Bush/Santana
Quando alguém me começa a falar de congeminações que de todos os lados o atacam, cheira-me logo a doença psiquiátrica.
Neste quadro, Bush e Santana demonstram grandes afinidades, vejamos.
Na faraónica cerimónia de tomada de posse, ontem em Washington, montou-se a maior operação de segurança alguma vez vista nos Estados Unidos.
Mas Bush tem razões de sobra para recear pela sua segurança: a actuação da administração americana tem-lhe granjeado “amizades” disseminadas por todo o lado.
Ainda por cima, os inspectores da ONU concluíram a semana passada pela não existência de qualquer tipo de arma de destruição massiva no Iraque…
Santana, quer pelo batalhão de seguranças que o acompanham em permanência quer pelos seus “discursos”, demonstra uma mania da perseguição que só pode ser enquadrável num diagnóstico psiquiátrico.
É vítima de tudo e todos o atacam: desde o injusto Presidente da República ao ingrato ex-lider Cavaco Silva, passando por figuras de relevo dentro do próprio partido, pelos amigos mais chegados, todos lhe dão tabefes, facadas e ingratidões.
Agora, até a banca e os grandes grupos económicos que, como se sabe, têm uma indisfarçável vocação esquerdista, tiveram um papel incontornável na decisão do PR que, como também é do domínio público, tem o seu currículo indelevelmente marcado por uma permanente defesa do grande capital.
Já só falta que o bispo de Braga venha criticar-lhe a sua vida dissoluta, pouco consentânea com os cânones cristãos. Não o fará, porque, à semelhança do que aconteceu com Sá Carneiro, só atacado depois de morto, a Igreja esperará pela derrota de Santana para lhe aplicar a receita estilo Diácono Remédios.
Mas, se o fizesse, estaria o quadro completo.
Porque será que tanta gente ataca Bush e Santana?
Neste quadro, Bush e Santana demonstram grandes afinidades, vejamos.
Na faraónica cerimónia de tomada de posse, ontem em Washington, montou-se a maior operação de segurança alguma vez vista nos Estados Unidos.
Mas Bush tem razões de sobra para recear pela sua segurança: a actuação da administração americana tem-lhe granjeado “amizades” disseminadas por todo o lado.
Ainda por cima, os inspectores da ONU concluíram a semana passada pela não existência de qualquer tipo de arma de destruição massiva no Iraque…
Santana, quer pelo batalhão de seguranças que o acompanham em permanência quer pelos seus “discursos”, demonstra uma mania da perseguição que só pode ser enquadrável num diagnóstico psiquiátrico.
É vítima de tudo e todos o atacam: desde o injusto Presidente da República ao ingrato ex-lider Cavaco Silva, passando por figuras de relevo dentro do próprio partido, pelos amigos mais chegados, todos lhe dão tabefes, facadas e ingratidões.
Agora, até a banca e os grandes grupos económicos que, como se sabe, têm uma indisfarçável vocação esquerdista, tiveram um papel incontornável na decisão do PR que, como também é do domínio público, tem o seu currículo indelevelmente marcado por uma permanente defesa do grande capital.
Já só falta que o bispo de Braga venha criticar-lhe a sua vida dissoluta, pouco consentânea com os cânones cristãos. Não o fará, porque, à semelhança do que aconteceu com Sá Carneiro, só atacado depois de morto, a Igreja esperará pela derrota de Santana para lhe aplicar a receita estilo Diácono Remédios.
Mas, se o fizesse, estaria o quadro completo.
Porque será que tanta gente ataca Bush e Santana?
Dois equívocos
Ontem à noite na Rtp, dois equívocos.
Um deles, da direita representada por Dias Loureiro e Pires de Lima, ao que me parece mal intencionado. Depois de terem falado de deficits aferidos ao crescimento – o que demonstra boa informação – vêm dizer que em Portugal, nos últimos vinte anos, o Estado investiu o dobro da média dos estados comunitários, para dar naquilo que se vê.
A afirmação só pode ser mal intencionada, porque ambos sabem que a ditadura deixou tudo por fazer e, como tal, a necessidade de actualizar o país no domínio das infra-estruturas, implicou que se fizesse em vinte anos aquilo que os outros vinham fazendo desde o pós-guerra.
Fernando Rosas, ao exigir maior investimento da parte do Estado, exigência várias vezes repetida, coloca-se num campo indefensável e que pode induzir em erro quem o ouve.
De facto, em domínios como o da educação, já atingimos níveis semelhantes aos de países como a Alemanha. Não é por falta de investimento público, portanto, que as coisas não resultam: o que o Estado necessita é de gastar melhor, não é de gastar mais.
Não falou no aligeiramento da máquina do Estado, porque bem sabe que isso iria reenviar votos para o lado do Ps. Mas que esta afirmação é irresponsável, lá isso é, e nem o Pcp, nesse programa, chegou a esse ponto.
Pelos vistos, a síndrome da eleitoralite também já chegou ao Bloco de Esquerda.
Um deles, da direita representada por Dias Loureiro e Pires de Lima, ao que me parece mal intencionado. Depois de terem falado de deficits aferidos ao crescimento – o que demonstra boa informação – vêm dizer que em Portugal, nos últimos vinte anos, o Estado investiu o dobro da média dos estados comunitários, para dar naquilo que se vê.
A afirmação só pode ser mal intencionada, porque ambos sabem que a ditadura deixou tudo por fazer e, como tal, a necessidade de actualizar o país no domínio das infra-estruturas, implicou que se fizesse em vinte anos aquilo que os outros vinham fazendo desde o pós-guerra.
Fernando Rosas, ao exigir maior investimento da parte do Estado, exigência várias vezes repetida, coloca-se num campo indefensável e que pode induzir em erro quem o ouve.
De facto, em domínios como o da educação, já atingimos níveis semelhantes aos de países como a Alemanha. Não é por falta de investimento público, portanto, que as coisas não resultam: o que o Estado necessita é de gastar melhor, não é de gastar mais.
Não falou no aligeiramento da máquina do Estado, porque bem sabe que isso iria reenviar votos para o lado do Ps. Mas que esta afirmação é irresponsável, lá isso é, e nem o Pcp, nesse programa, chegou a esse ponto.
Pelos vistos, a síndrome da eleitoralite também já chegou ao Bloco de Esquerda.
quinta-feira, janeiro 20, 2005
Ele ama e ama...
É triste ver este homem
Guerreiro menino
Com a barra de seu tempo
Por sobre seus ombros
Eu vejo que ele berra
Eu vejo que ele sangra
A dor que traz no peito
Pois ama e ama
Guerreiro menino
Com a barra de seu tempo
Por sobre seus ombros
Eu vejo que ele berra
Eu vejo que ele sangra
A dor que traz no peito
Pois ama e ama
Este excerto do hino de campanha de Santana Lopes é mesmo a sério?
Pensei que era a letra da música de abertura de uma telenovela Venezuelana, mas não, é de um partido que quer governar Portugal.
Têm bom gosto!!!
Foto com tomates
Foto de O Brocas
Não, não é montagem e o autor até sugeriu que realizasse lá o primeiro comício da candidatura deste bordel.
Eu, se lá vivesse, já tinha exigido que mudassem o nome para testículos ou, pelo menos, tomates.
Sexualidade eclesiástica
O que vale é que o legislador, lá, não lhes liga:
«a abstinência de relações sexuais indevidas e a fidelidade entre os cônjuges são a única conduta segura generalizada contra o perigo da SIDA. As recomendações dos especialistas em saúde pública coincidem com a doutrina da Igreja neste ponto».
Declarações do Conselho Episcopal Espanhol
Texto politicamente incorrecto?
Não é fácil escrever nos tempos que correm.
Não é por falta de temas: creio que é por excesso.
Hoje sim, pode dizer-se que existe excesso de ruído. Fala-se muito e diz-se muito pouco.
Nem me pronuncio sobre os anúncios quotidianos de grandes medidas “decididas” agora mesmo por este governo de gestão. As afirmações são de tal modo fantasiosas e ridículas, que muito provavelmente se vão virar contra quem as profere.
Mas acho que esta febre do disparate se pegou ao mundo dos blogs e, com certeza, eu serei um dos exemplos. Como não sou masoquista, tratemos do que os outros dizem.
Afirma-se, por um lado, que é necessário diminuir as despesas do Estado. Neste ponto parece que quase todos estão de acordo. Diz-se, por outro lado, que existem institutos e organismos duplicados, com as mesmas funções e outros completamente inúteis. Dá-se até como exemplo o obeso Ministério da Agricultura.
A consequência lógica seria encerrar o que é supérfluo, rentabilizar os recursos humanos e, consequentemente, pôr termo a contratos de arrendamento dos edifícios assim tornados inúteis e a todos os encargos que acarretam.
Isto, meus amigos, significa despedir funcionários públicos que não possam ser reaproveitados numa reestruturação geral da administração pública.
Mas é aqui que mesmo nos blogs surgem as invectivas. Exactamente, por vezes, no mesmo blog onde em simultâneo se defende o emagrecimento do Estado e a manutenção dos postos de trabalho.
A actuação recente tem-se limitado a políticas de diminuição de benefícios sociais, designadamente no domínio da assistência médica e medicamentosa, entres outras bem conhecidas.
Do meu ponto de vista, e corrijam-me se estou errado, ficaria mais barato ao Estado pagar reformas antecipadas e subsídios de desemprego aos funcionários dos organismos extintos, do que manter a situação tal como está. Sempre se poupava nos edifícios, segurança, manutenção, veículos e respectivos condutores, etc.
Dir-me-ão que esta posição é reaccionária. Que é contrária aos princípios correntemente defendidos neste blog.
Eu diria que é realista.
A opção consiste em manter estruturas que parasitam os nossos impostos e continuar a cortar em tudo quanto é política social, ou, pelo menos, manter o que se conseguiu construir depois de 1974. Há aqui um conflito de valores: entre o direito ao trabalho de alguns e os direitos que afectam todos.
Do meu ponto de vista, não vejo qualquer razão para continuar a sustentar com os meus impostos, organismos que não só custam dinheiro, como são, em si mesmos, causa de paralisação do funcionamento da sociedade, por excesso de burocracia.
Ponhamos os pés no chão, não se trata de despedir pessoal das finanças ou hospitais, onde há carências: trata-se de eliminar aquilo que não tem qualquer razão de existir.
Creio que foi no Jaquinzinhos que li, há cerca de meio ano, uma descrição exaustiva do exemplo que refiro (Ministério da Agricultura). Tive de reler porque até fiquei incrédulo: aquilo parece a gaiola das malucas.
Não é por falta de temas: creio que é por excesso.
Hoje sim, pode dizer-se que existe excesso de ruído. Fala-se muito e diz-se muito pouco.
Nem me pronuncio sobre os anúncios quotidianos de grandes medidas “decididas” agora mesmo por este governo de gestão. As afirmações são de tal modo fantasiosas e ridículas, que muito provavelmente se vão virar contra quem as profere.
Mas acho que esta febre do disparate se pegou ao mundo dos blogs e, com certeza, eu serei um dos exemplos. Como não sou masoquista, tratemos do que os outros dizem.
Afirma-se, por um lado, que é necessário diminuir as despesas do Estado. Neste ponto parece que quase todos estão de acordo. Diz-se, por outro lado, que existem institutos e organismos duplicados, com as mesmas funções e outros completamente inúteis. Dá-se até como exemplo o obeso Ministério da Agricultura.
A consequência lógica seria encerrar o que é supérfluo, rentabilizar os recursos humanos e, consequentemente, pôr termo a contratos de arrendamento dos edifícios assim tornados inúteis e a todos os encargos que acarretam.
Isto, meus amigos, significa despedir funcionários públicos que não possam ser reaproveitados numa reestruturação geral da administração pública.
Mas é aqui que mesmo nos blogs surgem as invectivas. Exactamente, por vezes, no mesmo blog onde em simultâneo se defende o emagrecimento do Estado e a manutenção dos postos de trabalho.
A actuação recente tem-se limitado a políticas de diminuição de benefícios sociais, designadamente no domínio da assistência médica e medicamentosa, entres outras bem conhecidas.
Do meu ponto de vista, e corrijam-me se estou errado, ficaria mais barato ao Estado pagar reformas antecipadas e subsídios de desemprego aos funcionários dos organismos extintos, do que manter a situação tal como está. Sempre se poupava nos edifícios, segurança, manutenção, veículos e respectivos condutores, etc.
Dir-me-ão que esta posição é reaccionária. Que é contrária aos princípios correntemente defendidos neste blog.
Eu diria que é realista.
A opção consiste em manter estruturas que parasitam os nossos impostos e continuar a cortar em tudo quanto é política social, ou, pelo menos, manter o que se conseguiu construir depois de 1974. Há aqui um conflito de valores: entre o direito ao trabalho de alguns e os direitos que afectam todos.
Do meu ponto de vista, não vejo qualquer razão para continuar a sustentar com os meus impostos, organismos que não só custam dinheiro, como são, em si mesmos, causa de paralisação do funcionamento da sociedade, por excesso de burocracia.
Ponhamos os pés no chão, não se trata de despedir pessoal das finanças ou hospitais, onde há carências: trata-se de eliminar aquilo que não tem qualquer razão de existir.
Creio que foi no Jaquinzinhos que li, há cerca de meio ano, uma descrição exaustiva do exemplo que refiro (Ministério da Agricultura). Tive de reler porque até fiquei incrédulo: aquilo parece a gaiola das malucas.
terça-feira, janeiro 18, 2005
O deficit de Guterres
Quando Guterres abandonou a governação, o deficit real era de 4%, mas o pessoal vivia bem e havia políticas sociais.
Vem Durão Barroso e afirma que com esse deficit estavamos de tanga.
Três anos de governação Psd/Pp, levaram-nos a um deficit real de 5%, vive-se pior e as políticas sociais são inexistentes.
Se o deficit aumentou 1% depois do tempo de Guterres, alguém pode sustentar com honestidade intelectual que é ele o culpado da actual crise?
Ou falar-nos de despesismo?
E agora, com mais 1% e dois anos sem aumentos na função pública, estaremos de fio dental?
Nós, os parolos...
Confesso que nunca gostei muito do Psd, por isso entendam o que vou dizer como quiserem: a campanha que este Psd está a fazer, mete-me nojo. Mais, reabilita-me o Psd de antigamente, pelo qual, repito, nunca senti grandes simpatias.
Esta aversão vem dos tempos em que eu fazia campanha por um candidato presidencial que o Psd apelidava sistematicamente de comunista.
Um dia, em campanha, cruzo-me com um antigo colega de faculdade, figura do governo Psd de então e pergunto-lhe, depois dos tradicionais tudo bem e tal e coisa: olha lá, porque é que vocês andam a dizer que o tipo é comunista se sabem perfeitamente que não é?
Responde-me com a maior tranquilidade e, diga-se, sinceridade:
- «A parolada acredita».
Os resultados eleitorais vieram a demonstrar que o pessoal não é tão parolo como isso.
Vem isto a propósito da campanha nojenta a que estamos a assistir por parte do governo demissionário.
Promete-se um ataque feroz (e inviável nos meios) à pobreza, quando em três anos nada se fez para eliminar essa calamidade.
Anunciam-se duas novas pontes para Lisboa, numa medida incompatível com o estatuto de governo de gestão, aliás demissionário.
E poderia estar aqui a dar exemplos até ao fim da noite.Só espero que os “parolos” lhes voltem a demonstrar que não são tão estúpidos como eles pensam ou, numa versão popular, que quando a esmola é grande o pobre desconfia.
Esta aversão vem dos tempos em que eu fazia campanha por um candidato presidencial que o Psd apelidava sistematicamente de comunista.
Um dia, em campanha, cruzo-me com um antigo colega de faculdade, figura do governo Psd de então e pergunto-lhe, depois dos tradicionais tudo bem e tal e coisa: olha lá, porque é que vocês andam a dizer que o tipo é comunista se sabem perfeitamente que não é?
Responde-me com a maior tranquilidade e, diga-se, sinceridade:
- «A parolada acredita».
Os resultados eleitorais vieram a demonstrar que o pessoal não é tão parolo como isso.
Vem isto a propósito da campanha nojenta a que estamos a assistir por parte do governo demissionário.
Promete-se um ataque feroz (e inviável nos meios) à pobreza, quando em três anos nada se fez para eliminar essa calamidade.
Anunciam-se duas novas pontes para Lisboa, numa medida incompatível com o estatuto de governo de gestão, aliás demissionário.
E poderia estar aqui a dar exemplos até ao fim da noite.Só espero que os “parolos” lhes voltem a demonstrar que não são tão estúpidos como eles pensam ou, numa versão popular, que quando a esmola é grande o pobre desconfia.
Santana, o poupadinho
Foi bonito ouvir Santana Lopes tecer rasgados elogios ao novo tribunal de Sintra, durante a sua inauguração, sobretudo porque se trata de uma obra iniciada pelo despesista Guterres.
No entanto, quem o ouviu, seria levado a pensar que se tratava de mais um dos seus contributos para a grandiosidade e progresso deste nosso país.
Para quem tem má memória, lá ganhou mais uns votos...
segunda-feira, janeiro 17, 2005
Luxos ministeriais
Viatura de serviço do Ministro Arnaut. Bagão Félix tem um igualzinho, com diferença de um número na matrícula.
Matrícula XX.
Novinho em folha, como convém, que não são eles que pagam.
A crise é como o Sol: quando nasce, não é para todos.
Foto do bem informado JUMENTO
Mota Amaral à presidência
O Psd está a ponderar a hipótese de apresentar Mota Amaral como candidato à Presidência da República. Era só o que nos faltava, um PR da Opus Dei!
Sejamos sinceros: o Psd sempre teve pontaria para candidatos presidenciais.
Se me perguntarem, eu apoio esta candidatura.
domingo, janeiro 16, 2005
Estupidez Ilimitada
Estupidez 1 - Quando um jornalista pede a Sócrates a quantificação de limiar de pobreza, fico à espera que, em intervenções futuras, lhe peçam para definir deficit, contenção orçamental, pacto de estabilidade ou outro conceito qualquer.
Por este andar, cada vez que um político fala, terá de fornecer aos jornalistas um manual com notas de rodapé, explicando a terminologia técnica utilizada.
Por este andar, cada vez que um político fala, terá de fornecer aos jornalistas um manual com notas de rodapé, explicando a terminologia técnica utilizada.
Esta pergunta é tão idiota e tão determinante para a vida nacional, como inquiri-lo acerca da cor das cuecas que usava nesse dia.
Estupidez 2 - Se um inquérito de opinião conclui que as pessoas não se sentem seguras em caso de maremoto, devemos cientificamente concluir que estamos seguros ou inseguros?
Devia ser neste tipo de jornalismo que Ortega y Gasset pensava quando criou a noção de indigência intelectual.
E não me peçam para quantificar indigência intelectual...
sábado, janeiro 15, 2005
Luminescências
O Luminescências faz um ano.
Não é um blog político mas também tem política, não é sobre fotografia mas também tem fotografia.
E tem muita informação despretensiosamente apresentada.
É, sobretudo, o blog de alguém cheio de sensibilidade e humanismo.
Parabéns e muitos posts de vida.
Não é um blog político mas também tem política, não é sobre fotografia mas também tem fotografia.
E tem muita informação despretensiosamente apresentada.
É, sobretudo, o blog de alguém cheio de sensibilidade e humanismo.
Parabéns e muitos posts de vida.
As listas do partido do bordel
Isto está a ser mais complicado do que se poderia pensar.
Antes de elaborar um programa eleitoral, torna-se imprescindível apurar quem são as candidatas e qual o seu escalonamento na lista. Porque, não havendo candidatas nem sequer se coloca a questão do programa.
E o problema não é tão simples como poderá parecer.
Em primeiro lugar, porque qualquer uma ganha mais que um deputado.
Em segundo lugar, porque todas estão habituadas a trabalhar e aquela monotonia não é vida para elas.
Finalmente porque, tornando-se figuras públicas, têm receio de virem a ser associadas aos disparates dos filhos.
Mulheres de convicções fortes e opiniões firmes, questionaram a tradicional disciplina de voto e foi preciso assinar um pacto de liberdade de voto, que ficou conhecido como pacto do direito à opinião.
Depois de apuradas as candidatas, houve que ordená-las. Novo problema.
Ninguém queria ir para a cabeça: que era uma posição muito incómoda, que não havia diferenciação salarial a título de compensação, etc.
Finalmente, por votação secreta, lá foi a Lola para a cabeça. E ficou bem entregue. Mulher profunda e sempre aberta a novas aprendizagens, muito chegada ao convívio de homens cultos e letrados, em virtude do seu estilo tia da linha que ela cultiva até na maneira de falar.
Quando parecia tudo arrumado eis que uma delas, mais dada ao convívio com executivos e gurus da economia, levanta o problema das incompatibilidades.
Problema que não é despiciendo atendendo à necessidade de completar o vencimento de deputado com a sua actividade nocturna. O grande argumento consistia no facto de a generalidade do pessoal ir dormir para a assembleia e, por isso, bem podiam trabalhar de noite e descansar de dia. Para além do mais, ainda lhes pagavam para descansar.
Ultrapassada que foi a questão das listas vai-se agora debater o programa eleitoral, precedido de uma declaração de princípios.
E não pensem que vai ser tarefa fácil, porque aqui o pessoal tem ideias e não se limita a querer o seu nome numa lista, seja do que for, nem anda à procura de emprego.
Antes de elaborar um programa eleitoral, torna-se imprescindível apurar quem são as candidatas e qual o seu escalonamento na lista. Porque, não havendo candidatas nem sequer se coloca a questão do programa.
E o problema não é tão simples como poderá parecer.
Em primeiro lugar, porque qualquer uma ganha mais que um deputado.
Em segundo lugar, porque todas estão habituadas a trabalhar e aquela monotonia não é vida para elas.
Finalmente porque, tornando-se figuras públicas, têm receio de virem a ser associadas aos disparates dos filhos.
Mulheres de convicções fortes e opiniões firmes, questionaram a tradicional disciplina de voto e foi preciso assinar um pacto de liberdade de voto, que ficou conhecido como pacto do direito à opinião.
Depois de apuradas as candidatas, houve que ordená-las. Novo problema.
Ninguém queria ir para a cabeça: que era uma posição muito incómoda, que não havia diferenciação salarial a título de compensação, etc.
Finalmente, por votação secreta, lá foi a Lola para a cabeça. E ficou bem entregue. Mulher profunda e sempre aberta a novas aprendizagens, muito chegada ao convívio de homens cultos e letrados, em virtude do seu estilo tia da linha que ela cultiva até na maneira de falar.
Quando parecia tudo arrumado eis que uma delas, mais dada ao convívio com executivos e gurus da economia, levanta o problema das incompatibilidades.
Problema que não é despiciendo atendendo à necessidade de completar o vencimento de deputado com a sua actividade nocturna. O grande argumento consistia no facto de a generalidade do pessoal ir dormir para a assembleia e, por isso, bem podiam trabalhar de noite e descansar de dia. Para além do mais, ainda lhes pagavam para descansar.
Ultrapassada que foi a questão das listas vai-se agora debater o programa eleitoral, precedido de uma declaração de princípios.
E não pensem que vai ser tarefa fácil, porque aqui o pessoal tem ideias e não se limita a querer o seu nome numa lista, seja do que for, nem anda à procura de emprego.
Outdoor da nossa campanha
Foto de Stephen Bowden
Pronto! Outdoor, já temos. O problema é que ninguém quer dar a cara...
Dizem que não estão habituadas!!!
sexta-feira, janeiro 14, 2005
Bomba Sexual
Programa eleitoral
Apresentarei brevemente o programa eleitoral deste bordel, por forma a que, quando chegar o momento, possam realmente votar nas ditas.
Entretanto, numa aproximação à sociedade civil, estamos abertos (literalmente) a sugestões programáticas que os distintos eleitores queiram apresentar.
Desde já se agradece e prometem-se umas borlas, na proporção das sugestões apresentadas.
Assinado pelo líder das rameiras
(assinatura ilegível)
Mentiroso
O primeiro ministro de São Tomé afirma que não recebeu nenhum documento relativo ao interesse da Galp no negócio do petróleo: apenas uma alusão verbal?
Quem mentirá?
Ou será que o primeiro ministro de São Tomé está a fazer campanha pelo PS?
Quem mentirá?
Ou será que o primeiro ministro de São Tomé está a fazer campanha pelo PS?
Outro?
Estava eu a almoçar sossegado, enquanto mandava o canto do olho para as notícias televisivas, quando me surge uma voz inflamada, um tipo qualquer com ar tresloucado ou etilizado, a bramir contra o Presidente da República, acusando-o de estar na China para desbloquear negócios de armas.
Pois, que era para as vender aos comunistas.
E punha-se em bicos de pés, de tal modo que estava a ver que lhe ia dar uma coisa.
Verifiquei, entretanto, que o ilustre berrão estava a falar na qualidade de deputado do Psd, na Assembleia Regional da Madeira.
Nunca tinha visto a cara do figurão, não sei quem é e depois de o ver ficou-me a ideia que o homem tem falta de qualquer coisa. Eventualmente de chá, certamente de bom senso.
Mas quem é tão humilde criatura para se pronunciar sobre o que faz ou diz o PR?
De onde retira autoridade para falar de Mário Soares como falou, na mesma intervenção?
Quando o ouvi falar ainda pensei que era Alberto João: o mesmo estilo, as mesmas intervenções descabeladas, a mesma visão de que o mundo está cheio de comunistas prontos a comerem meninos ao pequeno almoço.
Alguém faz o favor de avisar alguns políticos da Madeira, a começar pelo patrão, que a Guerra Fria já acabou há uns anos?
Como não assisti ao debate sobre as sanitas, fiquei agora com uma imagem aproximada do estilo praticado.
Post scriptum para o meu amigo da Madeira: não estou a criticar os madeirenses, como facilmente se constata, mas reforço que existem para aí meia dúzia de tipos na política, com uma atitude muito semelhante àquela que encontramos ao fim da tarde nas tascas aqui do continente.
Bem sei que também os temos por cá, mas olhe, hoje coube a vez aos daí.
Pois, que era para as vender aos comunistas.
E punha-se em bicos de pés, de tal modo que estava a ver que lhe ia dar uma coisa.
Verifiquei, entretanto, que o ilustre berrão estava a falar na qualidade de deputado do Psd, na Assembleia Regional da Madeira.
Nunca tinha visto a cara do figurão, não sei quem é e depois de o ver ficou-me a ideia que o homem tem falta de qualquer coisa. Eventualmente de chá, certamente de bom senso.
Mas quem é tão humilde criatura para se pronunciar sobre o que faz ou diz o PR?
De onde retira autoridade para falar de Mário Soares como falou, na mesma intervenção?
Quando o ouvi falar ainda pensei que era Alberto João: o mesmo estilo, as mesmas intervenções descabeladas, a mesma visão de que o mundo está cheio de comunistas prontos a comerem meninos ao pequeno almoço.
Alguém faz o favor de avisar alguns políticos da Madeira, a começar pelo patrão, que a Guerra Fria já acabou há uns anos?
Como não assisti ao debate sobre as sanitas, fiquei agora com uma imagem aproximada do estilo praticado.
Post scriptum para o meu amigo da Madeira: não estou a criticar os madeirenses, como facilmente se constata, mas reforço que existem para aí meia dúzia de tipos na política, com uma atitude muito semelhante àquela que encontramos ao fim da tarde nas tascas aqui do continente.
Bem sei que também os temos por cá, mas olhe, hoje coube a vez aos daí.
Maus tratos, humilhações e torturas
Apesar de andarmos virados para outros problemas, o resto do mundo continua a existir.
De certo modo, questões como as que são abordadas nesta notícia da Human Rights Watch, devem também levar-nos a reflectir acerca das tendências muito em voga de sobrevalorização dos números, em deterimento dos valores estritamente humanos e da consequente desumanização das sociedades.
A notícia que se segue, demonstra à evidência que, para a administração americana, algumas pessoas são menos humanas que outras.
E não me venham dizer, em sede de comentários, que se trata de terroristas: nenhum funcionário tem o direito de decidir se um indivíduo é ou não terrorista, só um juiz o pode fazer. Até ao momento em que judicialmente isso seja provado, todos os detidos devem ser tratados com a dignidade típica de um estado que se afirma democrático e de direito.
Não há emoção de 11 de Setembro que justifique aquilo que se está a passar em Guantanamo.
De certo modo, questões como as que são abordadas nesta notícia da Human Rights Watch, devem também levar-nos a reflectir acerca das tendências muito em voga de sobrevalorização dos números, em deterimento dos valores estritamente humanos e da consequente desumanização das sociedades.
A notícia que se segue, demonstra à evidência que, para a administração americana, algumas pessoas são menos humanas que outras.
E não me venham dizer, em sede de comentários, que se trata de terroristas: nenhum funcionário tem o direito de decidir se um indivíduo é ou não terrorista, só um juiz o pode fazer. Até ao momento em que judicialmente isso seja provado, todos os detidos devem ser tratados com a dignidade típica de um estado que se afirma democrático e de direito.
Não há emoção de 11 de Setembro que justifique aquilo que se está a passar em Guantanamo.
A Human Rights Watch é uma organização americana, insuspeita nestas matérias. Por outro lado, recente relatório da CIA refere exactamente os mesmos procedimentos.
In the aftermath of the September 11, 2001 attacks on the United States, the Bush administration has violated the most basic legal norms in its treatment of security detainees. Many have been held in offshore prisons, the most well known of which is at Guantánamo Bay, Cuba. As we now know, prisoners suspected of terrorism, and many against whom no evidence exists, have been mistreated, humiliated, and tortured. But perhaps no practice so fundamentally challenges the foundations of U.S. and international law as the long-term secret incommunicado detention of al-Qaeda suspects in “undisclosed locations.”
Notícia
In the aftermath of the September 11, 2001 attacks on the United States, the Bush administration has violated the most basic legal norms in its treatment of security detainees. Many have been held in offshore prisons, the most well known of which is at Guantánamo Bay, Cuba. As we now know, prisoners suspected of terrorism, and many against whom no evidence exists, have been mistreated, humiliated, and tortured. But perhaps no practice so fundamentally challenges the foundations of U.S. and international law as the long-term secret incommunicado detention of al-Qaeda suspects in “undisclosed locations.”
Notícia
Para quem não domina o Inglês, a página tem uma opção de visualização em espanhol. E há sempre a opção de tradução do Google.
quinta-feira, janeiro 13, 2005
Pensamento Profundo do Dia
O desporto favorito dos últimos tempos, parece ser o da demonstração, até à exaustão, de quem será o candidato mais incompetente para governar Portugal.
Esta actividade, quase lúdica, tem, por um lado, o aspecto positivo de chamar a atenção para as falhas de pensamento (e de atitude) dos intervenientes, mas tem, por outro, o efeito perverso de afastar os eleitores das urnas de voto.
Parece mesmo, por vezes, que nos estamos a esquecer que alguém vai ter que governar este país e só pode ser um dos intervenientes nestas eleições.
Não leiam este post
Foto de Virgiliu Narcis
Depois não digam que não avisei.
Sonhei esta noite que estava com uma mulher quase menina.
Pele muito branca, leitosa, mais macia que veludo.
Peito redondo, nem gota de água nem empinado.
Quase sem pêlos, quase adolescente.
Cabelo loiro, quase branco.
Olhos verdes, felinos e doces em simultâneo.
Lábios carnudos quanto baste.
Dedos esguios em mão delicada.
Corpo firme, consistente.
Cintura fina.
Coxas carnudas mas elegantes.
Pé pequenino e harmonioso.
Bastava-me com olhá-la.
Mas fui guloso.
Quis acariciá-la.
Beijar-lhe os lábios, o peito.
E estremecia a cada carícia.
E vibrava num frémito.
Como se agitada pela brisa suave da Primavera.
O ventre erguia-se em cada nova carícia.
A pedir-me: toma-me, faz-me tua.
Abri-lhe mansamente as pernas.
Acordei apavorado.
Quase caí da cama.
Filha da p...: era um transsexual!!!
Pele muito branca, leitosa, mais macia que veludo.
Peito redondo, nem gota de água nem empinado.
Quase sem pêlos, quase adolescente.
Cabelo loiro, quase branco.
Olhos verdes, felinos e doces em simultâneo.
Lábios carnudos quanto baste.
Dedos esguios em mão delicada.
Corpo firme, consistente.
Cintura fina.
Coxas carnudas mas elegantes.
Pé pequenino e harmonioso.
Bastava-me com olhá-la.
Mas fui guloso.
Quis acariciá-la.
Beijar-lhe os lábios, o peito.
E estremecia a cada carícia.
E vibrava num frémito.
Como se agitada pela brisa suave da Primavera.
O ventre erguia-se em cada nova carícia.
A pedir-me: toma-me, faz-me tua.
Abri-lhe mansamente as pernas.
Acordei apavorado.
Quase caí da cama.
Filha da p...: era um transsexual!!!
Eu avisei...
Post Scriptum 1: Isto não aconteceu, mas podia ter acontecido, porque este pesadelo constitui o paradigma dos receios mais profundos do macho ibérico, independentemente de se encontrar ou não no seu território de caça.
Post Scriptum 2: Se anda tudo maluco, porque é que eu não posso delirar também de vez em quando?
Post Scriptum 3: Isto não é um serviço público, como tal, posso fazer o que me dá na gana. Devo no entanto informar que já requeri o estatuto de utilidade pública para este blog. Espero que me seja concedido antes de me reformar.
Tenham um bom dia, se puderem...
quarta-feira, janeiro 12, 2005
Autárquicas antecipadas
Luis Filipe de Menezes, cabeça de lista do Psd por Braga, afirma peremptoriamente que não abandona a câmara de Gaia após as legislativas.
Fenómeno interessante, este de o pessoal de Braga ir votar num autarca para Gaia.
Já os estou a ver, todos de óculos escuros e gola subida, a votarem num tipo que não quer ser eleito.
Fenómeno interessante, este de o pessoal de Braga ir votar num autarca para Gaia.
Já os estou a ver, todos de óculos escuros e gola subida, a votarem num tipo que não quer ser eleito.
Os herdeiros
Em Coimbra, deslocar uma rotunda cem metros, sem demolições ou desnivelamentos, está a demorar sete meses, perante a complacente cumplicidade da edilidade. Estes, por certo, não são herdeiros dos que partiram para os descobrimentos: são herdeiros dos que ficaram.
Pensamento profundo do dia
Estratégia errada
As questões políticas são como o xadrez: quando se abrem as defesas é cheque ao rei pela certa.
Refiro-me à questão da viagem de Morais Sarmento e ao modo como a oposição e alguma imprensa a abordou.
Quero lá saber se o homem, ou qualquer outro titular de cargo público, aproveita uma viagem oficial para fazer uns dias de férias. Desde que cumpra os objectivos da viagem e não sobrecarregue o erário público com o seu lazer, não fico consternado.
O problema deve equacionar-se no plano da ética, do exemplo, se quisermos.
Pode (deve) um titular de um cargo político utilizar recursos públicos em benefício pessoal?
Mais ainda, na utilização dos recursos públicos, não deve utilizar-se a regra simples do bom senso e da razoabilidade das despesas?
Quando se continuam a exigir sacrifícios aos portugueses, quando o poder de compra e a qualidade de vida estão em queda, não seria de bom tom os titulares de cargos públicos darem o exemplo poupando?
O problema da viagem, tem que ver exactamente com a ideia que dela transparece, de que os governantes querem contenção de despesas mas não a aplicam a si mesmos.
O que Morais Sarmento deveria ter feito, não era apresentar o pedido de demissão que, aliás, sabia não ser aceite.
Deveria ter-nos convencido a todos, explicando, que utilizar um voo regular seria mais caro ou impraticável. Não o fez porque muito bem sabe que a viagem poderia ter ficado mais barata recorrendo a voos regulares.
Já agora, utilizando as regras do xadrez, não me venham falar das viagens do tempo do PS ou do Presidente da República, porque o princípio que se lhes deve aplicar é exactamente o mesmo: uma atitude não pode ser boa ou má consoante vem da esquerda ou da direita.
Não vale a pena, igualmente, falar das praxes em voga nos outros países europeus, porque só se pode comparar aquilo que é comparável. Situado na cauda da Europa, seria o mesmo que comparar a vida de Belmiro de Azevedo com a do Chico dos Anzóis.
Refiro-me à questão da viagem de Morais Sarmento e ao modo como a oposição e alguma imprensa a abordou.
Quero lá saber se o homem, ou qualquer outro titular de cargo público, aproveita uma viagem oficial para fazer uns dias de férias. Desde que cumpra os objectivos da viagem e não sobrecarregue o erário público com o seu lazer, não fico consternado.
O problema deve equacionar-se no plano da ética, do exemplo, se quisermos.
Pode (deve) um titular de um cargo político utilizar recursos públicos em benefício pessoal?
Mais ainda, na utilização dos recursos públicos, não deve utilizar-se a regra simples do bom senso e da razoabilidade das despesas?
Quando se continuam a exigir sacrifícios aos portugueses, quando o poder de compra e a qualidade de vida estão em queda, não seria de bom tom os titulares de cargos públicos darem o exemplo poupando?
O problema da viagem, tem que ver exactamente com a ideia que dela transparece, de que os governantes querem contenção de despesas mas não a aplicam a si mesmos.
O que Morais Sarmento deveria ter feito, não era apresentar o pedido de demissão que, aliás, sabia não ser aceite.
Deveria ter-nos convencido a todos, explicando, que utilizar um voo regular seria mais caro ou impraticável. Não o fez porque muito bem sabe que a viagem poderia ter ficado mais barata recorrendo a voos regulares.
Já agora, utilizando as regras do xadrez, não me venham falar das viagens do tempo do PS ou do Presidente da República, porque o princípio que se lhes deve aplicar é exactamente o mesmo: uma atitude não pode ser boa ou má consoante vem da esquerda ou da direita.
Não vale a pena, igualmente, falar das praxes em voga nos outros países europeus, porque só se pode comparar aquilo que é comparável. Situado na cauda da Europa, seria o mesmo que comparar a vida de Belmiro de Azevedo com a do Chico dos Anzóis.
terça-feira, janeiro 11, 2005
Perfeitamente normal
Quando oiço dizer que esta actividade sísmica é “perfeitamente normal”, lembra-me sempre idêntica expressão de Artur Jorge perante as derrotas da selecção nacional daquele tempo.
Não fico muito tranquilo…
Não fico muito tranquilo…
Contra quê?
Persistentes
É o mínimo que se pode dizer dos leitores que continuam a aceder a este blog através do antigo alojamento no Sapo.
É que aquilo já vai com 45.554 entradas desde Abril de 2004.
Mas ainda bem que mudei, que andava para lá "entalado" entre silicónicas e histerismos e muitos dos que me visitavam pensavam que vinham mesmo votar nas ditas, com fotografia e tudo.
Mimetismo ministerial
Estamos todos a ser injustos com Morais Sarmento.
Cheguei a esta conclusão ontem, depois de o ver na televisão, com um bronze de final de Verão.
Aquela coisa de o verem nas praias e os mergulhos, não tem a ver com férias nem com essas más intenções que todos andámos para aqui a disseminar.
A explicação é outra.
Trata-se de mimetismo.
Lembrar-se-ão que, por alturas da sua viagem por terras árabes, deixou crescer a barba e assumiu um aspecto condizente com a população local.
Ora, neste caso, até lhe ficava mal exibir a branca tez em terras de África.
O homem errou a vocação: devia ser Ministro dos Negócios estrangeiros.
Cheguei a esta conclusão ontem, depois de o ver na televisão, com um bronze de final de Verão.
Aquela coisa de o verem nas praias e os mergulhos, não tem a ver com férias nem com essas más intenções que todos andámos para aqui a disseminar.
A explicação é outra.
Trata-se de mimetismo.
Lembrar-se-ão que, por alturas da sua viagem por terras árabes, deixou crescer a barba e assumiu um aspecto condizente com a população local.
Ora, neste caso, até lhe ficava mal exibir a branca tez em terras de África.
O homem errou a vocação: devia ser Ministro dos Negócios estrangeiros.
Seus maledicentes...
segunda-feira, janeiro 10, 2005
Sem comentários
"A deslocação do ministro de Estado e da Presidência, Morais Sarmento, e respectiva comitiva, a S. Tomé e Príncipe num avião ‘Falcon’ fretado a uma empresa privada, que está desde as 04h30 de sexta-feira até às 21h00 de hoje no país à espera da delegação, pode ter custado ao erário público português entre 80 a 100 mil euros.
A comitiva tem estado a visitar a ilha, a fazer praia e mergulhos, apoiada num barco de um cidadão francês, bem equipado."
A notícia completa aqui:http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=145820&idselect=90&idCanal=90&p=94
Só para desanuviar: um dia típico
Observação ingénua
Desde 1755 que se sabe que pode ocorrer um maremoto em Portugal e só agora se fala na necessidade de um sistema de alerta?
Flutuações e fornicações
Que os mais sensíveis e os crentes me desculpem a ironia, mas sou obrigado a concluir que o maremoto (é verdade, temos uma palavra portuguesa que tem o mesmo significado da “erudita” tsunami), dizia eu que o maremoto não só não foi selectivo como não emana de uma qualquer vontade divina.
A prova disso, reside no facto de alguns energúmenos andarem agora a tentar vender crianças órfãs, a praticarem violações, etc.
Morreu tão boa gente e sobreviveu isto…
A prova disso, reside no facto de alguns energúmenos andarem agora a tentar vender crianças órfãs, a praticarem violações, etc.
Morreu tão boa gente e sobreviveu isto…
Esta sobrevivência deve-se a um fenómeno físico: a trampa flutua.
Ou de como este texto encontrado no Aviz, só pode estar errado:
«We know that at these resorts, which unfortunately exist in Islamic and other countries in South Asia, and especially at Christmas, fornication and sexual perversion of all kinds are rampant. The fact that it happened at this particular time is a sign from Allah. It happened at Christmas, when fornicators and corrupt people from all over the world come to commit fornication and sexual perversion. That's when this tragedy took place, striking them all and destroyed everything. It turned the land into wasteland, where only the cries of the ravens are heard. I say this is a great sign and punishment on which Muslims should reflect.»
A notícia aqui:http://www.memritv.org/Transcript.asp?P1=459
domingo, janeiro 09, 2005
Pensamento profundo do dia
Os partidos políticos nacionais, tal como se têm posicionado, não fazem parte da solução: fazem parte do problema.
sábado, janeiro 08, 2005
Listas pornográficas
Vivemos dias politicamente pornográficos.
Antevê-se, nos tempos que correm, a desgraça futura.
Nunca pensei, nos meus verdes anos, ter de dar Razão a Salazar e Caetano, quando afirmavam que os portugueses não estavam preparados para a democracia. Sendo certo que nada fizeram para que essa preparação se iniciasse.
A corrida a um lugarzito de deputado, mal pago nos tempos que correm, as desavenças porque se é ou não elegível, a elaboração de listas tanto por vedetismo como por posicionamento intra partidário, levam-nos a concluir que a nova assembleia não vai ter muito mais nível que a Quinta das Celebridades.
Não se escolhem os candidatos pela sua adequação ao cargo que vão desempenhar, mas pelo peso que têm dentro de cada partido. E andam todos à bulha!
E a consequência constitui um caso de estudo já observável no currículo da maior parte dos membros do actual governo: são mandatários políticos. E foram esses exactamente os que mais disparates fizeram e disseram até agora.
Nunca fizeram nada na vida que não seja carreira partidária. Não têm carreira académica, empresarial, profissional ou outra: são apenas políticos de camarilha.
Camarilha – grupo de cortesãos que, convivendo intimamente com o rei, influenciam nocivamente nos negócios do Estado. (Dicionário da Porto Editora)
Mas aí, na Assembleia, não poderão fazer grande estrago (que se levantam e sentam à batuta do mestre), se bem que lhe façam descer o nível e o prestígio desejado.
Não eleitos, serão nomeados para Secretários de Estado de qualquer coisa, independentemente das suas qualificações (?). Irão presidir a institutos públicos onde gozarão de umas agradáveis férias, com automóvel, telemóvel e as mordomias do costume.
Ouvi-los, é um delírio de boçalidade. Vê-se que nunca tiveram a preocupação de cultivarem o espírito: não contam precisar dele…
E é aqui que está a causa das coisas: na falta de profissionalismo, de competência, de honestidade tanto de quem os nomeia como de quem aceita sabendo-se incompetente.
Numa empresa privada não aguentavam seis meses. Nós aturamo-los anos a fio.
Dou-vos um exemplo.
Há dias o secretário de estado da Defesa, um puto qualquer, foi aos Açores. Não utilizou um avião das carreiras regulares. Foi num Falcon da Força Aérea que custa quatro mil e quinhentos Euros hora.
E por aqui me fico, que os portugueses têm mais com que se preocupar: o jogo do Sporting-Benfica. Isso sim é importante. E se houver casos de jogo, melhor ainda…
Bom fim-de-semana.
Antevê-se, nos tempos que correm, a desgraça futura.
Nunca pensei, nos meus verdes anos, ter de dar Razão a Salazar e Caetano, quando afirmavam que os portugueses não estavam preparados para a democracia. Sendo certo que nada fizeram para que essa preparação se iniciasse.
A corrida a um lugarzito de deputado, mal pago nos tempos que correm, as desavenças porque se é ou não elegível, a elaboração de listas tanto por vedetismo como por posicionamento intra partidário, levam-nos a concluir que a nova assembleia não vai ter muito mais nível que a Quinta das Celebridades.
Não se escolhem os candidatos pela sua adequação ao cargo que vão desempenhar, mas pelo peso que têm dentro de cada partido. E andam todos à bulha!
E a consequência constitui um caso de estudo já observável no currículo da maior parte dos membros do actual governo: são mandatários políticos. E foram esses exactamente os que mais disparates fizeram e disseram até agora.
Nunca fizeram nada na vida que não seja carreira partidária. Não têm carreira académica, empresarial, profissional ou outra: são apenas políticos de camarilha.
Camarilha – grupo de cortesãos que, convivendo intimamente com o rei, influenciam nocivamente nos negócios do Estado. (Dicionário da Porto Editora)
Mas aí, na Assembleia, não poderão fazer grande estrago (que se levantam e sentam à batuta do mestre), se bem que lhe façam descer o nível e o prestígio desejado.
Não eleitos, serão nomeados para Secretários de Estado de qualquer coisa, independentemente das suas qualificações (?). Irão presidir a institutos públicos onde gozarão de umas agradáveis férias, com automóvel, telemóvel e as mordomias do costume.
Ouvi-los, é um delírio de boçalidade. Vê-se que nunca tiveram a preocupação de cultivarem o espírito: não contam precisar dele…
E é aqui que está a causa das coisas: na falta de profissionalismo, de competência, de honestidade tanto de quem os nomeia como de quem aceita sabendo-se incompetente.
Numa empresa privada não aguentavam seis meses. Nós aturamo-los anos a fio.
Dou-vos um exemplo.
Há dias o secretário de estado da Defesa, um puto qualquer, foi aos Açores. Não utilizou um avião das carreiras regulares. Foi num Falcon da Força Aérea que custa quatro mil e quinhentos Euros hora.
E por aqui me fico, que os portugueses têm mais com que se preocupar: o jogo do Sporting-Benfica. Isso sim é importante. E se houver casos de jogo, melhor ainda…
Bom fim-de-semana.
Adenda ao agradecimento...
O post de ontem, de agradecimento aos governos lusitanos, leva-me necessariamente a alguns esclarecimentos e novas conclusões.
Em primeiro lugar, ao contrário do que entenderam alguns mails “amigos” que recebi, não deixo de reconhecer a profunda diferença entre o Portugal de antes e depois de 74. Até porque, ao contrário de alguns dos autores desses mails, vivi as duas realidades.
As mudanças existem, mesmo ao nível das mentalidades, dos valores mais enraizados na nossa sociedade, existe hoje um distanciamento mais acentuado em relação à caracterização da sociedade portuguesa feita, por exemplo, por Eça de Queiroz. Apesar de a fotografia política que nos deixou, manter perfeita actualidade.
Mesmo ao nível da administração pública, dos seus serviços, existe hoje uma modernização notória. É hoje possível renovar um bilhete de identidade em três dias, sem ter de estar numa fila interminável, embora a simples alteração de residência numa carta de condução seja coisa para mês e meio, no mínimo.
A questão deve colocar-se, no entanto, a outro nível, isto é: a diferença entre aquilo que foi feito e aquilo que é urgente fazer-se ou, ainda, a diferença entre aquilo que se fez e aquilo que se poderia ter feito.
Mudámos sim, mas devagar, com hesitações, com ataques de imobilismo.
Vive-se hoje inegavelmente melhor do que na década de sessenta, mas, bastará isso, que vivamos melhor?
Melhor, por comparação com quê?
Com aquilo que éramos ou com aquilo que poderíamos ser?
Na base de tudo isto, está o comportamento errático dos governos da democracia, mas isso fica para o post seguinte.
Em primeiro lugar, ao contrário do que entenderam alguns mails “amigos” que recebi, não deixo de reconhecer a profunda diferença entre o Portugal de antes e depois de 74. Até porque, ao contrário de alguns dos autores desses mails, vivi as duas realidades.
As mudanças existem, mesmo ao nível das mentalidades, dos valores mais enraizados na nossa sociedade, existe hoje um distanciamento mais acentuado em relação à caracterização da sociedade portuguesa feita, por exemplo, por Eça de Queiroz. Apesar de a fotografia política que nos deixou, manter perfeita actualidade.
Mesmo ao nível da administração pública, dos seus serviços, existe hoje uma modernização notória. É hoje possível renovar um bilhete de identidade em três dias, sem ter de estar numa fila interminável, embora a simples alteração de residência numa carta de condução seja coisa para mês e meio, no mínimo.
A questão deve colocar-se, no entanto, a outro nível, isto é: a diferença entre aquilo que foi feito e aquilo que é urgente fazer-se ou, ainda, a diferença entre aquilo que se fez e aquilo que se poderia ter feito.
Mudámos sim, mas devagar, com hesitações, com ataques de imobilismo.
Vive-se hoje inegavelmente melhor do que na década de sessenta, mas, bastará isso, que vivamos melhor?
Melhor, por comparação com quê?
Com aquilo que éramos ou com aquilo que poderíamos ser?
Na base de tudo isto, está o comportamento errático dos governos da democracia, mas isso fica para o post seguinte.
sexta-feira, janeiro 07, 2005
Relatório do Banco de Portugal
Que me perdoem os leitores mais antigos deste blog, aqueles que me liam no Sapo, mas as conclusões do Banco de Portugal, ontem divulgadas, levam-me a reeditar aqui este post.
Agradecimento aos governos lusos
Andamos todos tão contentes, tão agradados com a nossa vida, que não posso deixar de aqui formular o meu agradecimento aos governos lusitanos dos últimos trinta anos. Só recomendo aos senhores titulares de cargos políticos, presentes e passados, que apareçam disfarçados nas feiras, tascas, cafés e autocarros deste país ( enfim, qualquer lugar onde se possam juntar mais de dois portugueses ). É que nos últimos tempos tenho diversificado o meu conhecimento da língua portuguesa ouvindo alguns epítetos que só costumava ouvir no antigo mundo rural quando o gado se desmandava.
AGRADECIMENTO
1. Por nos terem colocado na cauda da Europa ao fim de trinta anos de democracia.
2. Por terem assinado à balda um Pacto de Estabilidade que nos obriga a apertar o cinto quando ainda nem atingimos os mínimos dos outros países europeus.
3. Por terem permitido que os médicos espanhóis que não têm nota para lá trabalharem ocupem os lugares de alunos portugueses que se candidatam com 18 e não entram em Medicina.
4. Por manterem o Estado português como o maior caloteiro nacional.
5. Por transformarem a administração pública numa espécie de asilo para inúteis partidários.
6. Por tratarem a pátria lusitana como se fosse a sua quinta e os lusos como servos da gleba.
7. Por desbaratarem o dinheiro público - nosso - em obras de fachada, desprezando o essencial.
8. Por colocarem na pasta da Justiça donas de casa com os dentes amarelos.
9. Por manterem um ensino público sem Norte, vagueando ao sabor das "iluminações" partidárias.
10. Por recusarem aos nossos jovens uma educação sexual digna desse nome.
11. Por mudarem os livros de ensino todos os anos.
12. Por sacrificarem fiscalmente os trabalhadores por conta de outrém.
13. Por facilitarem a evasão fiscal.
14. Por proporem numa legislatura aquilo que tinham recusado quando na oposição.
15. Por terem liquidado a agricultura ( a Estremadura espanhola agradece ).
16. Por serem tacanhos e provincianos.
17. Por nos mentirem descaradamente durante as campanhas eleitorais.
AGRADECIMENTO
1. Por nos terem colocado na cauda da Europa ao fim de trinta anos de democracia.
2. Por terem assinado à balda um Pacto de Estabilidade que nos obriga a apertar o cinto quando ainda nem atingimos os mínimos dos outros países europeus.
3. Por terem permitido que os médicos espanhóis que não têm nota para lá trabalharem ocupem os lugares de alunos portugueses que se candidatam com 18 e não entram em Medicina.
4. Por manterem o Estado português como o maior caloteiro nacional.
5. Por transformarem a administração pública numa espécie de asilo para inúteis partidários.
6. Por tratarem a pátria lusitana como se fosse a sua quinta e os lusos como servos da gleba.
7. Por desbaratarem o dinheiro público - nosso - em obras de fachada, desprezando o essencial.
8. Por colocarem na pasta da Justiça donas de casa com os dentes amarelos.
9. Por manterem um ensino público sem Norte, vagueando ao sabor das "iluminações" partidárias.
10. Por recusarem aos nossos jovens uma educação sexual digna desse nome.
11. Por mudarem os livros de ensino todos os anos.
12. Por sacrificarem fiscalmente os trabalhadores por conta de outrém.
13. Por facilitarem a evasão fiscal.
14. Por proporem numa legislatura aquilo que tinham recusado quando na oposição.
15. Por terem liquidado a agricultura ( a Estremadura espanhola agradece ).
16. Por serem tacanhos e provincianos.
17. Por nos mentirem descaradamente durante as campanhas eleitorais.
18. Por fazerem de nós parvos. Os resultados eleitorais têm demonstrado que não somos assim tão parvos como eles pensam.
19. Por terem os ministérios cheios de gente sem que se vejam resultados práticos.
20. Por ignorarem os dados da ciência.
21. Por, em regra, serem golpistas.
22. Por terem um paleio balofo, para enganar o patego.
23. Pelo funeral de Estado de Maria de Lurdes Pintassilgo ( parecia o de Sá Carneiro! ).
24. Por deixarem arder as nossas florestas.
25. Por deixarem poluir os rios.
26. Por permitirem a especulação fundiária ás mãos de tudo quanto é pato bravo.
27. Por lançarem imposto sobre imposto nos automóveis.
28. Por fugirem quando a coisa fica preta.
29. Por darem ao Paulo Portas a pasta de Ministro do Mar sem o homem saber.
30. Por nomearem como Ministro do Ambiente um licenciado em Direito.
31. Por não terem qualquer consideração por nós que lhes pagamos os ordenados.
Como é que eu explico aos meus filhos, conhecedores de outros países, a inépcia, a negligência, o oportunismo e a incompetência?
Como é que lhes justifico a nossa passividade geral perante este gozo governativo?
Como me desculpo por contribuir para o seu não futuro?
É simples: falo-lhes das últimas contratações dos clubes de futebol e promovo-lhes o gosto por telenovelas.
Não resolve, mas distrai...
19. Por terem os ministérios cheios de gente sem que se vejam resultados práticos.
20. Por ignorarem os dados da ciência.
21. Por, em regra, serem golpistas.
22. Por terem um paleio balofo, para enganar o patego.
23. Pelo funeral de Estado de Maria de Lurdes Pintassilgo ( parecia o de Sá Carneiro! ).
24. Por deixarem arder as nossas florestas.
25. Por deixarem poluir os rios.
26. Por permitirem a especulação fundiária ás mãos de tudo quanto é pato bravo.
27. Por lançarem imposto sobre imposto nos automóveis.
28. Por fugirem quando a coisa fica preta.
29. Por darem ao Paulo Portas a pasta de Ministro do Mar sem o homem saber.
30. Por nomearem como Ministro do Ambiente um licenciado em Direito.
31. Por não terem qualquer consideração por nós que lhes pagamos os ordenados.
Como é que eu explico aos meus filhos, conhecedores de outros países, a inépcia, a negligência, o oportunismo e a incompetência?
Como é que lhes justifico a nossa passividade geral perante este gozo governativo?
Como me desculpo por contribuir para o seu não futuro?
É simples: falo-lhes das últimas contratações dos clubes de futebol e promovo-lhes o gosto por telenovelas.
Não resolve, mas distrai...
Foi-se a tanga!!!
Segundo as palavras de ontem do governador do Banco de Portugal, até a tanga já perdemos, para espanto dos turistas...
quinta-feira, janeiro 06, 2005
Física e metafísica
O Instituto de Meteorologia afirma que estamos neste momento perante a pior seca dos últimos treze anos.
O ministro da agricultura entende que a situação é perfeitamente normal.
Aplica-se o velho critério: tudo o que é observável é Física, o resto é metafísica...Ou política.
Ou: de como a política pode contrariar a ciência.
Um destes dias, se lhes der jeito, ainda vão revogar a Lei da Gravidade.
Ministra desinteressante
A ministra da educação considera que não é interessante ir ao Parlamento esclarecer os resultados do inquérito sobre a colocação de professores.
Um a um, devagarinho, muito devagarinho, a natureza e o carácter dos ministros deste governo, vai-se denunciando.
Como consequência, alguns eleitores, ao votarem na continuidade desta palhaçada estarão a vender a alma ao diabo.
Pensamento Profundo do Dia
Os portugueses gostam tanto de futebol porque nunca os ensinaram a gostar de mais nada.
(Viva o Porto, carago!)
(Viva o Porto, carago!)
quarta-feira, janeiro 05, 2005
Alberto João sem corantes nem conservantes
Ora, é verdade que o Governo Regional da Madeira se mantém pelos próximos quatro anos, seja qual for o resultado em 20 de Fevereiro. Mas a vida não decorrerá com iguais possibilidades para o Povo Madeirense, seja qual for esse resultado nacional. (...)
Um Governo da República hostil, mais a mais iniciando-se agora um novo ciclo na vida da Região Autónoma, poderá acarretar consequências gravosas para a nossa população e para a nossa Economia. (...)
Parte do sucesso madeirense, assenta também na equipa de Deputados, reconhecida como «de luxo» a nível nacional, que a Região Autónoma tem mantido na Assembleia da República. Pelo que seria um erro tremendo se perder, ao nosso serviço, quem tem semelhante prestígio político-pessoal que vem abrindo muitas portas importantes.(...)
Evidente que há madeirenses “nas tintas” para a Verdade. Os habituais frustrados e raivosos, que tanto gozo nos dão por existirem. Os tipos do “povo unido” e do “vinho seco”, venha lá um copo, “biba o chuchialismo” e depois se verá. E os corporativos da comunicação “social”, da “justiça” e da burocracia pública, pilares podres deste regime de m.
Via JUMENTO
Um Governo da República hostil, mais a mais iniciando-se agora um novo ciclo na vida da Região Autónoma, poderá acarretar consequências gravosas para a nossa população e para a nossa Economia. (...)
Parte do sucesso madeirense, assenta também na equipa de Deputados, reconhecida como «de luxo» a nível nacional, que a Região Autónoma tem mantido na Assembleia da República. Pelo que seria um erro tremendo se perder, ao nosso serviço, quem tem semelhante prestígio político-pessoal que vem abrindo muitas portas importantes.(...)
Evidente que há madeirenses “nas tintas” para a Verdade. Os habituais frustrados e raivosos, que tanto gozo nos dão por existirem. Os tipos do “povo unido” e do “vinho seco”, venha lá um copo, “biba o chuchialismo” e depois se verá. E os corporativos da comunicação “social”, da “justiça” e da burocracia pública, pilares podres deste regime de m.
Via JUMENTO
Chapelada a Pacheco Pereira
A saga dos meteóricos
Ao olhar para esta imagem com o seu quê de produção americana (ou talvez indiana) e sobretudo depois da recusa de Cavaco Silva, não posso deixar de a associar aos Quatro Cavaleiros do Apocalipse ou ao Dartacão, versão de cromos coleccionáveis.
Mas seria injusto. Vejamos.
Pinto Balsemão não chegou a aquecer o lugar e não me lembro de qualquer medida sua que me permita colocá-lo no top.
Cavaco fez tanto pelos portugueses que, esses ingratos, lhe infligiram uma saborosa derrota nas presidenciais.
Durão Barroso, apanhado com as calças na mão nesta coisa do deficit, aproveitou a maré e desatou a fugir.
Aquela figura menor ao lado de Barroso, não conseguiu ainda fazer obra porque está aleijadinho das facadas e tabefes.
Resta Sá Carneiro.
Nunca saberemos qual seria a sua evolução política. Sabemos sim que, se não tivesse morrido, não estariamos agora a aturar Santana Lopes. Porque num conjunto de pessoas as posições são sempre relativas, e com Sá Carneiro na vida política, não teriamos este nivelamento por baixo.
E, conhecendo-se a pedra no sapato que tinha relativamente à Igreja (que, aliás, o escoicinhou depois de morto) não teriamos certamente este ambiente de sacristia que tem ressuscitado em Portugal nos últimos anos.
Mas, no caso de Sá Carneiro, estaremos sempre no campo das hipóteses académicas.
Coitado do Santana
Que isto também já só pode ser perseguição e má vontade.
Agora até o paineleiro de futebol Dr. Pôncio Monteiro, acusa Santana de o ter atraiçoado.
E vai mais longe: diz que ”quem não consegue ter mão no partido, não tem perfil para primeiro-ministro”.
Mas, porque carga de água dá agora às pessoas para acusarem Santana de traição?
Bem, se o acusassem de palhaço era muito pior. Ou não…
Agora até o paineleiro de futebol Dr. Pôncio Monteiro, acusa Santana de o ter atraiçoado.
E vai mais longe: diz que ”quem não consegue ter mão no partido, não tem perfil para primeiro-ministro”.
Mas, porque carga de água dá agora às pessoas para acusarem Santana de traição?
Bem, se o acusassem de palhaço era muito pior. Ou não…
terça-feira, janeiro 04, 2005
O melhor e o pior
Esqueçamos por momentos que Bush pretendeu inicialmente enviar para a Ásia um montante equivalente a metade do custo da sua cerimónia de posse e façamos a justiça de reconhecer que a administração americana é capaz do pior e do melhor.
Desta vez, tire-se-lhe o chapéu pelo apoio que já colocou no terreno.
Desta vez, tire-se-lhe o chapéu pelo apoio que já colocou no terreno.
Guardemos o fôlego dos impropérios para a próxima actuação imperialista e arrogante.
Consenso histórico
O consenso, pela primeira vez obtido entre patrões e sindicatos, permite-nos pelo menos duas conclusões.
Em primeiro lugar que o país vive melhor sem a influência política de um governo: vive melhor quando se debruça sobre a realidade em termos essencialmente pragmáticos em vez de programáticos.
Em segundo lugar, que tanto patronato como sindicatos estão fartos de políticos e da sua falta de soluções honestas e eficazes.
À cautela, apressaram-se antes que surja um governo para inquietar.
E, no entanto, este consenso é sempre político.
Será que os agentes da vida partidária não vão daqui conseguir retirar conclusões?
Passado grandioso
A recusa de Cavaco Silva na inclusão da sua imagem no cartaz de pré-campanha do Psd, constitui uma facada nas costas ou mais um tabefe no puto mal comportado?
A proeminência atribuída a Sá Carneiro, em primeiro plano, só pode sugerir a ideia de um partido que, como as grandes casas de família, colhem a sua grandeza do passado e tentam esconder o presente.
A proeminência atribuída a Sá Carneiro, em primeiro plano, só pode sugerir a ideia de um partido que, como as grandes casas de família, colhem a sua grandeza do passado e tentam esconder o presente.
Sugiro que substituam Cavaco pelo Infante D. Henrique: é mais consensual.
segunda-feira, janeiro 03, 2005
Que emoção!!!
Depois de ter visto os índices de audiência da grande final da Quinta das Anormalidades, cheguei à brilhante conclusão que Santana Lopes vai ganhar as eleições.
Ora vejamos.
Um bebé prematuro a levar tabefes e pontapés dos manos mais velhos (deviam era tê-lo estrafegado por razões de saneamento básico).
O episódio bíblico da pergunta três vezes feita…
As facadas nas costas (faca curta, desgraçadamente).
Tudo isto é pungente, desperta os instintos maternais das mães deste país, criando um ambiente de telenovela com um final que se pretende feliz.
Apela aos sentimentos religiosos das gentes.
E a injustiça da traição é flagrante.
Tenho perante mim a antevisão de filas intermináveis de eleitores que, de lágrimas a bailarem nos olhos, depositarão o voto retemperador nessa grande vítima de manos, colegas e jornalistas, que dá pelo nome de Pedro Santana Lopes.
Ora vejamos.
Um bebé prematuro a levar tabefes e pontapés dos manos mais velhos (deviam era tê-lo estrafegado por razões de saneamento básico).
O episódio bíblico da pergunta três vezes feita…
As facadas nas costas (faca curta, desgraçadamente).
Tudo isto é pungente, desperta os instintos maternais das mães deste país, criando um ambiente de telenovela com um final que se pretende feliz.
Apela aos sentimentos religiosos das gentes.
E a injustiça da traição é flagrante.
Tenho perante mim a antevisão de filas intermináveis de eleitores que, de lágrimas a bailarem nos olhos, depositarão o voto retemperador nessa grande vítima de manos, colegas e jornalistas, que dá pelo nome de Pedro Santana Lopes.
A vitória é garantida!!!