sábado, janeiro 29, 2005
O dilema de Pacheco Pereira
Num texto escrito ontem no Abrupto, Pacheco Pereira aborda o seu dilema quanto a votar ou não no Psd.
Embora a sua conclusão não surja explícita, a argumentação conduz-nos à evidência de que votará Psd.
Compreendo o seu dilema: encurralado entre não votar no Partido que há anos ajudou a construir e a opção de votar num Psd que, de momento, não é o dele.
Posição difícil.
Se declara votar Psd, aceita implicitamente legitimar Santana e cair em contradição com tudo o que, desde Julho, dele tem dito.
Afirmando algo diferente, dado o impacto público das suas posições, pode retirar alguns milhares de votos ao partido do seu coração.
Eu, no seu lugar, remetia-me ao silêncio, declarava-me em licença sabática no que respeita a soluções políticas, com o argumento da não participação na campanha por não ser candidato.
Posição diferente, qualquer que ela seja, atirá-lo-á para a atitude contraditória de Marcelo Rebelo de Sousa e perderá legitimidade para, a partir desse momento, repetir as críticas quanto à incapacidade de Santana para liderar o país e o partido.
Deixará de poder dizer: “triste país o nosso”.
Embora a sua conclusão não surja explícita, a argumentação conduz-nos à evidência de que votará Psd.
Compreendo o seu dilema: encurralado entre não votar no Partido que há anos ajudou a construir e a opção de votar num Psd que, de momento, não é o dele.
Posição difícil.
Se declara votar Psd, aceita implicitamente legitimar Santana e cair em contradição com tudo o que, desde Julho, dele tem dito.
Afirmando algo diferente, dado o impacto público das suas posições, pode retirar alguns milhares de votos ao partido do seu coração.
Eu, no seu lugar, remetia-me ao silêncio, declarava-me em licença sabática no que respeita a soluções políticas, com o argumento da não participação na campanha por não ser candidato.
Posição diferente, qualquer que ela seja, atirá-lo-á para a atitude contraditória de Marcelo Rebelo de Sousa e perderá legitimidade para, a partir desse momento, repetir as críticas quanto à incapacidade de Santana para liderar o país e o partido.
Deixará de poder dizer: “triste país o nosso”.