sexta-feira, janeiro 21, 2005
Dois equívocos
Ontem à noite na Rtp, dois equívocos.
Um deles, da direita representada por Dias Loureiro e Pires de Lima, ao que me parece mal intencionado. Depois de terem falado de deficits aferidos ao crescimento – o que demonstra boa informação – vêm dizer que em Portugal, nos últimos vinte anos, o Estado investiu o dobro da média dos estados comunitários, para dar naquilo que se vê.
A afirmação só pode ser mal intencionada, porque ambos sabem que a ditadura deixou tudo por fazer e, como tal, a necessidade de actualizar o país no domínio das infra-estruturas, implicou que se fizesse em vinte anos aquilo que os outros vinham fazendo desde o pós-guerra.
Fernando Rosas, ao exigir maior investimento da parte do Estado, exigência várias vezes repetida, coloca-se num campo indefensável e que pode induzir em erro quem o ouve.
De facto, em domínios como o da educação, já atingimos níveis semelhantes aos de países como a Alemanha. Não é por falta de investimento público, portanto, que as coisas não resultam: o que o Estado necessita é de gastar melhor, não é de gastar mais.
Não falou no aligeiramento da máquina do Estado, porque bem sabe que isso iria reenviar votos para o lado do Ps. Mas que esta afirmação é irresponsável, lá isso é, e nem o Pcp, nesse programa, chegou a esse ponto.
Pelos vistos, a síndrome da eleitoralite também já chegou ao Bloco de Esquerda.
Um deles, da direita representada por Dias Loureiro e Pires de Lima, ao que me parece mal intencionado. Depois de terem falado de deficits aferidos ao crescimento – o que demonstra boa informação – vêm dizer que em Portugal, nos últimos vinte anos, o Estado investiu o dobro da média dos estados comunitários, para dar naquilo que se vê.
A afirmação só pode ser mal intencionada, porque ambos sabem que a ditadura deixou tudo por fazer e, como tal, a necessidade de actualizar o país no domínio das infra-estruturas, implicou que se fizesse em vinte anos aquilo que os outros vinham fazendo desde o pós-guerra.
Fernando Rosas, ao exigir maior investimento da parte do Estado, exigência várias vezes repetida, coloca-se num campo indefensável e que pode induzir em erro quem o ouve.
De facto, em domínios como o da educação, já atingimos níveis semelhantes aos de países como a Alemanha. Não é por falta de investimento público, portanto, que as coisas não resultam: o que o Estado necessita é de gastar melhor, não é de gastar mais.
Não falou no aligeiramento da máquina do Estado, porque bem sabe que isso iria reenviar votos para o lado do Ps. Mas que esta afirmação é irresponsável, lá isso é, e nem o Pcp, nesse programa, chegou a esse ponto.
Pelos vistos, a síndrome da eleitoralite também já chegou ao Bloco de Esquerda.