quarta-feira, janeiro 05, 2005

 

A saga dos meteóricos


Ao olhar para esta imagem com o seu quê de produção americana (ou talvez indiana) e sobretudo depois da recusa de Cavaco Silva, não posso deixar de a associar aos Quatro Cavaleiros do Apocalipse ou ao Dartacão, versão de cromos coleccionáveis.
Mas seria injusto. Vejamos.
Pinto Balsemão não chegou a aquecer o lugar e não me lembro de qualquer medida sua que me permita colocá-lo no top.
Cavaco fez tanto pelos portugueses que, esses ingratos, lhe infligiram uma saborosa derrota nas presidenciais.
Durão Barroso, apanhado com as calças na mão nesta coisa do deficit, aproveitou a maré e desatou a fugir.
Aquela figura menor ao lado de Barroso, não conseguiu ainda fazer obra porque está aleijadinho das facadas e tabefes.
Resta Sá Carneiro.
Nunca saberemos qual seria a sua evolução política. Sabemos sim que, se não tivesse morrido, não estariamos agora a aturar Santana Lopes. Porque num conjunto de pessoas as posições são sempre relativas, e com Sá Carneiro na vida política, não teriamos este nivelamento por baixo.
E, conhecendo-se a pedra no sapato que tinha relativamente à Igreja (que, aliás, o escoicinhou depois de morto) não teriamos certamente este ambiente de sacristia que tem ressuscitado em Portugal nos últimos anos.
Mas, no caso de Sá Carneiro, estaremos sempre no campo das hipóteses académicas.

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