segunda-feira, maio 22, 2006

 

DiverMendes

Há qualquer coisa que me escapa na divergência entre o discurso de Marques Mendes e os indicadores de desemprego e de crescimento económico. Tenho de tentar descobrir as fontes dele.

 

Mais um

Quando leio esta NOTÍCIA, acentuo a ideia da necessidade de uma operação mãos limpas, que ataque bem fundo a atitude da generalidade dos operadores da construção, vulgo empreiteiros.
Se os casos de corrupção não são facilmente detectáveis ou demonstráveis, por encobrimento dos corruptores, co-autores do crime, o mesmo já não se pode dizer dos erros técnicos que são flagrantes.
Tomemos como exemplo as estradas e auto-estradas lusitanas.
Basta transitar nas vias da vizinha Espanha para se sentir a diferença na regularidade do piso, na sinuosidade dos traçados e até na qualidade dos produtos empregues.
Mas, se quisermos um exemplo mais extremo, circule-se pela Holanda, onde os terrenos seriam propícios à deformação dos pavimentos e, no entanto, a uniformidade é impressionante.
Significa isto que, no nosso país, quem tem por missão acompanhar, leia-se fiscalizar, as obras, não o faz com seriedade.
Assim, desde materiais inapropriados, até compactações feitas a despachar, vale tudo para se ganhar mais uns cobres. Ganham todos, excepto os contribuintes que pagam na oficina, no desconforto e na falta de segurança, aquilo que já tinham pago em fase de construção.
E pronto, tenho de confessar que fico todo contente quando vejo estes tipos sentarem o rabinho, anafado de jantaradas e assentos do Mercedes, no banco dos réus.
Sempre variam um bocadinho dos bancos do Elefante Branco e do Galery.
Bom proveito, senhores do Ministério Público.

quinta-feira, maio 11, 2006

 

Chapelada

Eu sei que este novo organismo que anda para aí a inspeccionar e encerrar padarias, restaurantes chineses e portugueses, roulotes, aeroportos, etc. resulta da fusão de outros que antes passavam despercebidos.
Mas, pelos vistos, a fusão deu resultado.
Os tipos não têm descansado e, depois disto, iremos mais sossegados ao restaurante e comeremos o pão com a tranquilidade de presumirmos que a farinha não serviu previamente de repasto a ratos ou baratas.
É caso para dizer: que nunca lhes doa!!!

 

Não acredito

Definitivamente, não dá para acreditar em certas coisas. É o caso da condenação a pena de prisão efectiva de um antigo presidente do portimonense.
Ao que foi dado como provado em tribunal, tratou-se de um caso de corrupção envolvendo a autarquia, o clube de futebol e construtores civis.
Só pode ser engano.
Como se alguém acreditasse que este tipo de intervenientes, envolvidos numa espécie de caldeirada, andassem de braço dado para obterem vantagens ilícitas ou lavarem dinheiro sujo (segundo a sentença)!
Sempre tive para mim como certo que estes agentes da vida pública e privada são do mais correcto, verdadeiros cidadãos exemplares, incapazes de violarem as regras ou oferecerem quantias chorudas a representantes autárquicos para obterem qualquer vantagem.
Por um acidente do destino, logo aconteceu que, no caso em apreço, deram com um empreiteiro que, das duas uma: ou achou a quantia elevada ou era sério.
Fica a apreciação para os meus excelentíssimos leitores, para depois não dizerem que eu sou má-língua (que sou, devo reconhecê-lo).
Mas também devo confessar que tenho um ódio de estimação a empreiteiros, sobretudo aos que actuam na região de Coimbra. Na sua generalidade, trata-se de patos bravos auto promovidos de mestres-de-obras a construtores civis. Constroem apartamentos minúsculos com salas do tamanho de quartos jeitosos e isolamentos dignos de uma tenda de campismo.
Ocupam a via pública com o maior desplante e desprezo pelo cidadão e estão-se nas tintas para poeiras e lixarada que vão produzindo.
Tudo com o beneplácito cúmplice de quem os devia controlar e a quem pagamos ordenado.
Estão bem uns para os outros.
Mas, se a moda pega, ainda vamos ter de ampliar as prisões...

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