segunda-feira, outubro 22, 2012

 

Sinceramente

Nunca o título deste blog foi tão atual...

segunda-feira, maio 25, 2009

 

Que nunca te doa António Marinho!!!

Caro amigo:
Nem sempre concordo com o teu estilo.
Não subscreveria algumas das tuas actuações.
Garanto-te, no entanto, que a enorme descompostura que deste à Manuela Moura Guedes fez as delícias de uma boa parte dos portugueses e da minha pessoa em particular.
Tudo o que disseste dela é rigorosamente verdade e até ela própria sabe que é assim. Ou será que não sabe?
Ou será que ainda é mais parva do que parece e, por isso, ainda não deu conta que aquele noticiário é parecido com o circo? Com macaca e tudo...
A mulher, com tanto desejo de protagonismo, um destes dias salta para cima da secretária e faz uma sessão de strip.
Mas, realmente, só mesmo tu para a desancares ao nível daquilo que ela merece...
Para além do mais, passaste a estrela do Youtube, estás em tudo quanto é blog apaixonado pela estupidez notória da Manuela e o episódio é motivo de conversas, substituindo com vantagem as discussões sobre futebol.
Enquanto puderes, dá-lhes!
Continua a dizer bem alto aquilo que muita gente pensa, quase toda a gente sabe, mas ninguém se atreve a dizer em voz alta.
Vieste desassossegar a tranquilidade morna e hipocrita do Portugal anestesiado.
Garanto-te que, se te candidatasses a eleições, eras capaz de destronar o Louçã. Nem precisavas de usar a demagogia dele, bastava continuar a denunciar com coragem como tens feito.
Não te deve dar grande resultado mas, se bem te conheço, não deves estar muito preocupado com isso.
Continua e... que nunca te doa!!!

terça-feira, maio 19, 2009

 

Que saudades...


 

Tá tudo parvo!!!

Digam o que quiserem, mas está tudo parvo!
Atentem bem nos serviços noticiosos das Tvs e depois digam com sinceridade se não está tudo parvo.
Já não bastava a tal mãe de todas as crises, para ainda nos caírem em cima três eleições e a dita crise passar de mãe a avó ou, se preferirem, passar de crise a catástrofe.
O pavor que se anda a passar para as pessoas, tem sido muito útil para ajudar a fechar comércio e empresas.
Pois alguém pensa em comprar uns sapatos depois de ver a SIC a fornecer alarvemente o aumento de desempregados em cada minuto que passa?
Cá por mim, mesmo com a crise garantidamente a sobreviver a Outubro, depois das eleições legislativas deixará de ser notícia.
Mais ou menos como o bombardeamento de criminalidade em Agosto.
Já agora, pessoal trabalhador esse dos assaltos, nem em época balnear descansa!

sexta-feira, agosto 03, 2007

 

Finalmente uma boa notícia!!!

As mulheres portuguesas querem mais relações sexuais e mais longas que os homens, revela um estudo internacional que será apresentado hoje em Albufeira
À pergunta «com que frequência quer sexo?», 44 por cento das 685 portuguesas e 31 por cento dos 694 portugueses afirmaram «três ou quatro vezes por semana», em resposta ao inquérito das revistas Cosmopolitan e Men's Health sobre o que é o parceiro «ideal».Já a hipótese «todos os dias» - ou várias vezes por dia, se possível - obtém 27pc das respostas femininas e 19pc das respostas masculinas. Quase 31pc dos homens e 23pc das mulheres responderam uma ou duas vezes por semana.«Uma ou duas vezes por mês» foi a resposta de 14 por cento dos homens portugueses, resultado só superado pela China, com 24,6 pc, muito distante dos menos de três por cento dos espanhóis e dos zero por cento apurados na Rússia e na Ucrânia.Para as mulheres portuguesas, a opção «uma ou duas relações sexuais por mês» é improvável: menos de três por cento respondeu afirmativamente.Mais consensual é a importância de fazer barulho na cama: o silêncio pode arruinar um encontro sexual para 83pc das mulheres e para 79pc dos homens.Falta de energia e linguagem obscena é um grande impeditivo para as portuguesas, enquanto a falta de iniciativa ou a rudeza delas são aspectos que levam os homens a desmotivar-se.Os preliminares assumem também grande destaque para ambos os sexos: quase metade das portuguesas quer no mínimo 15 minutos e cerca de 40pc prefere mesmo 20 minutos ou mais.Quarenta por cento dos homens aponta 15 minutos para a duração dos preliminares, enquanto 35pc quer ainda mais tempo.À pergunta «não se pode saltar essa parte?», nenhuma mulher admitiu essa hipótese, ao contrário de 2,9 pc dos homens portugueses. Ambos concordam que os preliminares ideais devem ser suaves e sensuais, envolvendo beijos no pescoço e carícias nas costas delas e nas coxas deles.Uma pergunta feita só aos homens que responderam ao inquérito - o que pensam de uma mulher que tem relações sexuais no primeiro encontro - revela que a maioria não se preocupa com isso: 45pc dos portugueses respondeu que se gostar realmente dela, vai querer voltar a vê-la.No entanto, 26 por cento dos homens admitem que pensariam duas vezes se perceberem que ela o faz frequentemente e 23 por cento reconhecem que, apesar de não serem melhor exemplo, preferem ter uma relação séria com alguém mais «conservador sexualmente».A manhã após o encontro sexual deve ser uma repetição da noite anterior, para mais de metade dos portugueses, enquanto as mulheres sugerem pequeno-almoço e alguma actividade durante o dia, apesar de admitirem que se «assustam» se ele for demasiado «pegajoso».Estar demasiado ocupada e o cansaço são os principais motivos que afastam as mulheres do sexo, enquanto a falta de limpeza do quarto, o cansaço e a existência de vizinhos ou de outras pessoas na casa são as razões referidas por eles.A estimulação de outras zonas do corpo durante o acto sexual é fundamental para 40 por cento das mulheres atingirem o orgasmo, muito mais que o tamanho (0,88 pc) ou a largura do pénis (1,3 pc).Um encontro sexual inesquecível para os homens de quão «sexy» é o momento, seguida da ligação emocional e da própria sensualidade da parceira.O inquérito, feito através dos sites das duas revistas entre Abril e Junho, obteve 37.691 respostas - 17.052 de homens e 20.639 das mulheres - de 13 países: Portugal, Espanha, Itália, Reino Unido, Holanda, Estados Unidos, Brasil, México, Filipinas, China, Ucrânia, Sérvia e Rússia.
Lusa / SOL.
Link

quarta-feira, agosto 01, 2007

 

Despedimentos para quê?

Como se vê por esta notícia, mesmo mudando as leis do trabalho, vai haver sempre quem ache que certas coisas só se resolvem a tiro. E nalguns casos têm razão... (Que boca tão reaccionária, credo! Nem parece coisa minha!!!)
Atlanta, Geórgia, EUA, 01 Ago (Lusa) - O dono de uma concessionária de automóveis de Atlanta, Geórgia, foi acusado na terça-feira de ter matado dois dos seus empregados que lhe exigiam aumento de salário, disseram fontes policiais.
Rolandas Milinavicius foi formalmente acusado durante uma audiência judicial pelos assassínios de Inga Contreras e Martynas Simokaitis, cometidos na quinta-feira da semana passada.
Fontes policiais disseram que Milinavicius, de 38 anos, aparentemente atravessava problemas financeiros e ter-se-á enfurecido quando os dois empregados lhe apresentaram as exigências.
Milinavicius entregou-se voluntariamente à polícia no fim-de-semana, confessando ter cometido os homicídios num momento de intensa pressão psicológica, disse um porta-voz da polícia.

segunda-feira, julho 30, 2007

 

E agora, algo ainda melhor...

Afinal a grande falta de meios da Madeira para fazer face às despesas da I.V.G. salda-se por 0,07% do orçamento regional da saúde ou, mais notável ainda, por um quarto do montante atribuído pelo governo regional ao... Rally da Madeira.
Agora digam lá que o homem não anda a gozar com a gente!

 

Afinal eu sou meigo com o homem!!!

Sobre Alberto João Jardim, diz Baptista Bastos:
Alberto João Jardim não é inimputável, não é um jumento que zurra desabrido, não é um matóide inculpável, um oligofrénico, uma asneira em forma de humanóide, um erro hilariante da natureza.
Alberto João Jardim é um infame sem remissão, e o poder absoluto de que dispõe faz com que proceda como um canalha, a merecer adequado correctivo.
Em tempos, já assim alguém o fez. Recordemos. Nos finais da década de 70, invectivando contra o Conselho da Revolução, Jardim proclamou: «Os militares já não são o que eram. Os militares efeminaram-se». O comandante do Regimento de Infantaria da Madeira, coronel Lacerda, envergou a farda número um, e pediu audiência ao presidente da Região Autónoma da Madeira. Logo-assim, Lacerda aproximou-se dele e pespegou-lhe um par de estalos na cara. Lamuriou-se, o homenzinho, ao Conselho da Revolução. Vasco Lourenço mandou arrecadar a queixa com um seco: «Arquive-se na casa de banho».
A objurgatória contra chineses e indianos corresponde aos parâmetros ideológicos dos fascistas. E um fascista acondiciona o estofo de um canalha. Não há que sair das definições. Perante os factos, as tímidas rebatidas ao que ele disse pertencem aos domínios das amenidades. Jardim tem insultado Presidentes da República, primeiros-ministros, representantes da República na ilha, ministros e outros altos dignitários da nação. Ninguém lhe aplica o Código Penal e os processos decorrentes de, amiúde, ele tripudiar sobre a Constituição. Os barões do PSD babam-se, os do PS balbuciam frivolidades, os do CDS estremecem, o PCP não utiliza os meios legais, disponentes em assuntos deste jaez e estilo. Desculpam-no com a frioleira de que não está sóbrio. Nunca está sóbrio?
O espantoso de isto tudo é que muitos daqueles pelo Jardim periodicamente insultados, injuriados e caluniados apertam-lhe a mão, por exemplo, nas reuniões do Conselho de Estado. Temem-no, esta é a verdade. De contrário, o que ele tem dito, feito e cometido não ficaria sem a punição que a natureza sórdida dos factos exige. Velada ou declaradamente, costuma ameaçar com a secessão da ilha. Vicente Jorge Silva já o escreveu: que se faça um referendo, ver-se-á quem perde.
A vergonha que nos atinge não o envolve porque o homenzinho é o que é: um despudorado, um sem-vergonha da pior espécie. A cobardia do silêncio cúmplice atingiu níveis inimagináveis. Não pertenço a esse grupo.
Jornal de Negócios de 30 de Julho de 2007

 

O português ideal

Na net corre um risonho comentário sobre o português ideal. Assim: tem uma pensão de 1600 contos por mês; tem dois meses de férias como os juízes; reforma-se aos 57 anos como os enfermeiros; acumula um lugar de vogal na Fundação Luso-Americana com o seu emprego, como o dr. Vítor Constâncio; tem o sistema de saúde dos polícias; tem uma verruga mais uma dioptria no olho esquerdo, e mais outro achaque qualquer para chegar aos 80 por cento de deficiência, e quase não paga inpostos; tem a esposa na TAP e viaja com descontos; tem um pai militar e faz as compras na Manutenção Militar; tem a mãe médica e não paga consultas, ao abrigo do estatuto deontológico da Ordem dos Médicos; e possui um cartão do PS e outro do PSD pelo que arranja sempre um «tacho».
Citando Baptista Bastos (Jornal de Negócios)

sexta-feira, julho 27, 2007

 

Intervenção notável!!!

Até ao momento, a intervenção pública do ano é a de um notável dirigente sindical dos professores, indignando-se com os erros nas provas de exame.
Então mas não terão sido professores a elaborar as provas?
Ou não estariam os ditos professores sindicalizados?
Esta, nem o célebre discurso do deserto a Sul do Tejo consegue bater.

quinta-feira, julho 26, 2007

 

Um dia destes...

Foto de Gervais Appave

... reformo-me. Depois vai ser um mimo a passear as artroses e o reumatismo por paisagens tão idílicas como esta.
Depois, direi entusiasmado: foi bom estar vivo!!!

 

Espantos de um Português Ingénuo

1. Afinal, um tipo sem voz, que não consegue mesmo falar, está apto para ser professor. De língua gestual, presumo…
Seguindo esta linha de raciocínio superior da remodelada junta médica da Caixa Geral de Aposentações, um tipo sem braços nem pernas pode conduzir camiões… com o nariz!
2. Em relação à atitude do Kaiser da Madeira quanto à lei da interrupção voluntária da gravidez, tenho andado a pensar se não seria boa ideia fazer-se um referendo para saber se o povo português não quererá tornar a ilha independente. Mas depois pensei melhor e concluí que não valia a pena. Pois se o figurão não aceita os resultados dos referendos, nem assim nos conseguíamos livrar dele.
Começou por dizer que tinha ganho o não lá na ilha. Depois passou para a falta de condições dos hospitais, agora já vai na falta de condições orçamentais. Ó senhor, beba lá um copo e diga com franqueza que é contra o sim à I.V.G. e que seja nesta seja noutra qualquer matéria, tudo fará para chatear o continente
Sempre vos digo que tenho para mim como certo que lá na intimidade o Kaiser Alberto João se deve rir a bandeiras despregadas do pessoal do continente. É que tem feito de nós todos parvos, goza com o pessoal e ninguém resolve o problema.
Muito sinceramente poderia fazer aqui um discurso profundo acerca das virtudes da seriedade na governação, etc. etc. Mas não vale pena. O tipo não merece o trabalho. Só merece ser retribuído com um banho de gozo igual ao que nos tem dado a nós, reles cubanos.
Mas não deixo de pensar que esta coisa de reelegerem o homem tantas vezes é muito semelhante à reeleição do Bush, apesar de se ter provado que andava a mentir ao povito.
Se calhar cada um tem a sorte que merece…
E quanto ao Kaiser fico-me por aqui, antes que comece a praguejar… posso ficar como ele!
3. Andou para aí um falatório porque a ministra da educação não punha termo ao processo Charrua. Pôs-lhe termo e veio um falatório porque lhe tinha posto termo. Tenho de ver o que é que estes tipos andam a beber para ver se deixo de me espantar…
4. Andam os incêndios incontroláveis lá para as bandas da Grécia e de Itália. Já morreram pessoas e apesar dos esforços de bombeiros de vários países, não se vê um fim para a situação. Se fosse cá pelas lusitanas florestas não faltariam debates como um de que me lembro aqui há uns anos cujo tema era: “Porque ardem as florestas portuguesas?”
A resposta era simples e ninguém a deu: porque são constituídas por um produto facilmente inflamável!!! Mas realmente, incêndios incontroláveis só neste país.

domingo, julho 08, 2007

 

As árvores também sentem solidão?

Foto de Kelli MacDonald

 

Justificação com síntese

Antes de mais uma justificação para aqueles que tiveram a paciência de aqui aturar as minhas rabugices quase quotidianas.
Há cerca de um ano a minha vida sofreu uma mudança súbita que me obrigou a repensar quase tudo e a fugir para a frente, que sempre foi o meu modo de reagir à maior parte das adversidades.
Lamentamo-nos nestas situações, mas cada vez mais reforço a ideia de que a vida só é plenamente vivida quando existem desafios para vencer.
Embora esse processo ainda não esteja totalmente resolvido, recomecei nos últimos tempos a sentir a premência do vício de escrever.
Para alguns será uma boa notícia. Para outros nem tanto.
Bem-vindos à polémica…

Neste entretanto, inúmeras situações passaram sem um comentário deste Vosso refilão.
- Um Ministro da Agricultura suspendeu um concurso de atribuição de subsídios por existirem irregularidades prejudicando de igual modo os cumpridores e os golpistas.
- Um Ministro da Saúde encerrou maternidades e serviços de urgência e não soube explicar essas medidas. Recordo aos mais esquecidos que já Leonor Beleza tinha feito o mesmo, num processo que não ficou concluído. Também Espanha que tanto serve de bom exemplo para os lusitanos tomou idênticas medidas há cerca de dez anos.
- Estabeleceu-se a paridade de acesso à reforma na Função Pública e no sector privado. Decisão absolutamente injusta porquanto não se compreende porque raio de cargas de água hão-de os funcionários do Estado ser tratados em pé de igualdade com o resto do pessoal.
- Alberto João demite-se por causa de uma redução de 2% (é verdade que os princípios não se avaliam em números) e recandidata-se para governar sem os mesmos 2%.
- Cavaco Silva ganha as eleições tornando-se a melhor prenda para Sócrates e deixa a oposição de direita órfã de argumentos.
- Sócrates, indiscutivelmente engenheiro técnico pelo Instituto Superior de Engenharia de Coimbra, vê-se envolvido numa história de notas lançadas ao Domingo e outras diatribes que me obrigaram a ir à minha faculdade (que estes tipos da Universidade de Coimbra também não batiam bem quando por lá andei) verificar se estava tudo direitinho e se nenhum Prof. tinha andado a lançar notas no Dia do Trabalhador ou coisa do género. Sim, que ninguém sabe o dia de amanhã e ainda posso vir a ser primeiro-ministro se ninguém para lá quiser ir e me der para me entregar à nobre causa de salvar a coisa pública.

Agora perfeita, perfeita (como diz o outro) é a ideia que vou explanar no próximo post: perfeita!!!

 

Regresso

Que melhor modo para reiniciar a vida deste blog que uma poesia de Fernando Pessoa?

Dizem?
Esquecem.
Não dizem?
Dissessem.

Fazem?
Fatal.
Não fazem?
Igual.

Por quê
Esperar?
- Tudo é
Sonhar

quinta-feira, março 01, 2007

 

Fúrias da minha filha na Holanda

Odeio a Holanda e a merda de tempo cinzento, chuvoso e frio como a porra que faz cá!!!!!
Odeio estes holandeses entediantes e cinzentos tal como o tempo!!! Deviam afogar-se todos na merda de leite que bebem ou morrerem todos engasgados com uma salsicha atravessada na garganta!!!!!!!
Odeio esta terra com as suas cores cinzentonas e deprimentes e poias de cão por todo o lado (é que esta gente não tem qualquer tipo de respeito, deixam os cães cagar à porta de lojas!!!) e anormais que andam de mota no meio das bicicletas e que passam por nós a abrir e fazem altas tangentes de deixar qualquer um à beira de um ataque de nervos!!!!
Odeio esta pseudo-comida que eles cá comem que destrói o estômago de qualquer um que coma "normalmente"!!! Mas quem é que no seu perfeito juízo come pão com manteiga e formigas de chocolate?!?!?!? Odeio esta merda de coisas que eles hereticamente apelidam de sopa... FDSS, mas quem é que faz sopa de queijo derretido!?!? E pq é que metem salsichas em tudo, até na merda da sopa?!?! E sopa de milho hein?? E o petisco que é sopa de cebola com QUEIJO DESFIADO??!?! Alguém os espanque saxavor... Alguém da minha família, nomeadamente a minha mãe e a minha avó, que têm curso superior, pós-graduações, mestrado, doutoramento e mais ainda na confecção de sopas maravilhosas, lhes venha ensinar o que é uma Sopa com S grande!!!!
Odeio aqueles filhos da puta antipáticos que trabalham na Central Station que falam prás pessoas como se estivessem obrigados a estar ali!!!!!!!!!!!!!
Odeio estar sempre sozinha e só falar Português com as pessoas que posso alcançar através da net, que são os raios de luz do meu dia, mas que ao mesmo tempo me fazem lembrar da minha doce terra, das pessoas da minha terra, do tempo da minha terra, da comida da minha terra, do meu amor, da minha família, dos meus amigos, dos meus cães e restantes animais de estimação, do meu quarto, da minha cama, da minha casa em geral, das persianas do meu quarto (sim, pq eles cá não conhecem tal coisa, têm umas meras cortininhas da treta que servem quase só pra enfeitar e impedir que nos vejam nús da rua)... de PORTUGAL!... que é tão diferente deste país...
Sempre pensei que iria rejubilar com outro país diferente do meu. Ainda pra mais sendo a Holanda o país livre e tão diferente (de uma forma positiva, pensava eu...) que é do meu. Pois a realidade revela-se totalmente diferente. Pode ser em parte por estar a viver sozinha, no entanto é sem dúvida uma deprimente desilusão.
Não ponho em causa que algures durante a minha estadia possa vir a mudar de opinião, mas por enquanto é isto que me passa pela cabeça todos os dias...

Uff... I feel mutch better now... :)

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

 

Acabou a humilhação

E pronto, agora sim... Com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez vai ser um corropio.
É vê-las saltitando alegremente enquanto se dirigem para a maternidade ou clínica mais próxima.
Aliás, sempre achei que estes estafermos, se não fizerem um aborto pelo menos de dois em dois meses, já não andam bem.
Parece-me também evidente que nada melhor para a vida de uma criança ou da mãe, do que ter um filho indesejado. Nada como uma gravidez contrariada para se atingir a felicidade máxima!
Falando sério.
Estou convencido que se forem feitos referendos para todas as matérias, a divisão social vai ser mais ou menos a mesma.
Não tenho dúvidas que, se estivesse a ser referendado o divórcio, viriam os mesmos de sempre falar nos valores da família a qualquer preço, nos sagrados laços do matrimónio, enfim, os argumentos do costume.
Este referendo mostrou, para quem tivesse dúvidas, que há um país a duas velocidades e que isso não se nota apenas no desenvolvimento económico.
Existe um país imobilista, agarrado ao passado e ao ambiente bafiento de sacristia, que convive com um país que se renova e se alinha pela Europa do séc. XX. Não, não me enganei, queria mesmo dizer séc. XX, porque aquilo que agora se decidiu em referendo, faz parte da normalidade consensual de países tão bárbaros e atrasados como a Alemanha, a Inglaterra ou a Suécia.
É certo, também, que já a democracia era o modo normal de vida nesses países há muitos anos, quando em Portugal a mesma se consagrou.
Pelos vistos, estamos condenados a ser sempre dos últimos a chegar...
No fundo, esta questão resume-se a algo tão simples como isto: quem somos nós para dizermos a uma mulher se deve ou não prosseguir uma gravidez?
Porque não respeitarmos o direito da mulher a fazer o que quer com o seu corpo?
O princípio é o mesmo que deve ser aplicado quando se trata de minorias: não temos o direito de as desrespeitar. Isto sim, é uma questão de valores e de respeito pelos outros na sua alteridade.
E porque é que não me pronunciei antes do referendo?
A questão é simples: o que é que se responde quando nos argumentam que o aborto tem de ser proibido para aumentar a população do país? E quando se chama bebé a um feto com cinco ou seis semanas? E quando se baralham propositadamente os conceitos de vida e se diz implicitamente que agora as mulheres vão desatar a abortar desenfreadamente?
Nada como o desprezo contido no silêncio...
E agora experimentem submeter a referendo os limites de velocidade na estrada e imaginem os resultados.
Há coisas que não podem ser referendadas: qual seria o resultado de um referendo feito no Irão ou na Arábia Saudita, acerca do uso do véu ou dos direitos em geral da mulher?
Eu também sou daqueles que acham que esta questão podia e devia ter sido resolvida na Assembleia da Republica.

sexta-feira, novembro 03, 2006

 

Ready to Fall

Foto de Angela deLong

quinta-feira, outubro 19, 2006

 

Ah e tal...

Já não bastava o aumento dos juros, da electricidade, dos descontos dos funcionários, o IRS para pensões demasiado baixas, as taxas moderadoras para os internamentos e agora, para acabar de pôr o pessoal de boca aberta e mais baralhado do que já anda, vem o CDS dizer que aborto e interrupção voluntária da gravidez não são uma e a mesma coisa.
Sim, dizem eles, que a interrupção não é definitiva e o aborto é. Pois ainda terão de me explicar como é que uma gravidez interrompida pode ser retomada.
Mas pronto, não basta sermos reconduzidos à miséria de onde verdadeiramente nunca conseguimos sair, como parece que temos de nos conformar com a indigência mental de quem faz política.

quinta-feira, outubro 05, 2006

 

Imperdível

Este post.

 

Foto de Bartsky
Hall de uma estação de Metro em Amsterdão.

 

É uma casa portuguesa...

Dizem as estatísticas – sim, também as temos, seus más-línguas – que estamos com cinquenta queixas de violência doméstica por dia.
Se partirmos do princípio que uma boa parte das situações de violência doméstica nunca chega ao conhecimento das autoridades, então temos os lares nacionais transformados em ringues de pugilato.
A minha Avó é que sabia: casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão!
É da crise…
Ora, como os juros vão voltar a subir, se a minha teoria estiver certa, vamos voltar a ter um aumento nos índices da bolsa de valores da bofetada e da tortura psicológica.
Se a Amália fosse viva, teria de reescrever os versos da “Casa Portuguesa”.

 

O progresso ao virar da esquina

Se alguém ainda tinha dúvidas sobre a iminência da nossa entrada na senda do progresso, teve esta semana oportunidade de as dissipar.
Subitamente, sentimo-nos dentro de um filme de acção, daqueles que reproduzem a realidade de países desenvolvidos, cheios de liberalismo e odes aos louvores da concorrência.
Nós tão deprimiditos e, afinal, o paraíso aqui tão perto.
É certo que ainda não temos assassinos à solta nas escolas, falem eles russo ou inglês. Não temos também cada lar transformado num arsenal, mas a coisa está a compor-se.
Na mesma semana já tivemos uma perseguição policial com tiros, morto e tudo, enquanto pouco faltou para uma transmissão em directo de um sequestro num Banco.
Se isto não é o progresso, onde é que está o progresso?

 
Foto de Stalin Ramesh

quarta-feira, outubro 04, 2006

 

Não lembrava ao diabo

Vivo numa cidade que tem dois hospitais, duas maternidades, não sei quantos centros de saúde e, portanto, estou à vontade para falar sem que se suspeite que estou a defender interesses próprios.
Vem isto a propósito da alteração que se anuncia para a distribuição geográfica dos hospitais.
Se é certo que concordei com o encerramento de maternidades, quer por razões técnicas quer porque não podemos manter equipamentos que fazem um parto por dia, já é para mim fortemente duvidosa a correcção no que respeita ao encerramento de hospitais.
Acho a medida precipitada, porquanto não me parece que estejam criadas as condições para se garantir o transporte de doentes urgentes com a rapidez exigível.
Nem me parece que seja argumento dizer-se que nas urgências existentes se chega a esperar mais de hora e meia para se ser atendido. É justificar-se um disparate com outro.
Aliás, ditaria o bom senso que se instalassem primeiro os equipamentos de transporte de doentes e só depois se questionasse o encerramento de hospitais.
Seja como for, não me parece uma medida boa.
Depois das taxas moderadoras para as cirurgias e internamentos, com uma justificação descabelada, fica-nos agora mais uma prova de que este ministro volta e meia passa-se.

 

Sorte danada

Cada vez mais me convenço que o meu ano não foi bom para se nascer. Senão, vejamos.
Estava eu no primeiro ano da faculdade e levo com o 25 de Abril nas trombas. O resultado foi a maior peluda que se possa conceber, com o pessoal a fazer cadeiras em grupo de trabalho, passagens administrativas e outras rebaldarias. Conclusão: cá o rapaz quando chegou ao terceiro ano teve de estudar a sério as basezitas porque não se estava a entender com a coisa.
Dias felizes esses da revolução. Antevia-se um país moderno, inteligente, libertado do ambiente retrógrado de sacristia.
Afinal, prometeram-nos o céu e serviram-nos um purgatório de irresponsabilidades. Durante trinta anos ninguém nos disse que estávamos a caminhar alegremente para o buraco da falência. Ninguém nos avisou que tudo isto era transitório, que mais cedo ou mais tarde teríamos de redimensionar o país aos termos exactos daquilo que temos e somos.
Foram trinta anos de uma genuína feira de vaidades, de dinheiro fácil para alguns, de estímulo ao consumismo não sustentado para quase todos. Subimos bem alto e, agora, o trambolhão é enorme.
Tivesse eu nascido dez anos mais cedo e estaria agora com uma reforma por inteiro, rindo-me à socapa do maralhal que só vai poder reformar-se aos sessenta e cinco anos. E continuaria a trabalhar. Isso é que era qualidade de vida!
Já não bastavam as convulsões internacionais das quais directa ou indirectamente acabamos por ser vítimas, para ainda termos de nos debater com modificações internas profundas e, por vezes, difíceis de engolir.
Agora, vejo um país incapaz de sustentar os seus equipamentos sociais, de suportar os funcionários que admitiu – não tenho conhecimento que algum funcionário público tenha sido contratado por sua imposição – incapaz também de garantir sem sobressaltos um fim de vida digno para todos.
Entre a grande miséria dos tempos do fascismo e a situação que atravessamos, ainda vai uma grande distância. Por certo não voltaremos a esse ponto. Mas se este país não tomar juízo, não ficaremos muito longe.
A situação de perda de indústrias foi vivida pela Bélgica há dez anos e está agora a ser vivida pela França e Alemanha, mas nesses países tem-se uma noção exacta das funções do Estado. Nós encaramos o Estado como uma espécie de Pai que tem fontes de financiamento que nada têm a ver connosco e que tem a responsabilidade de nos pôr comida na mesa.
Pelo que me toca, já ficaria feliz se o Estado não gastasse 65% do meu IRS no seu próprio funcionamento e o transformasse em serviços prestados à comunidade.
Definitivamente, nasci num mau ano.

 
Foto de Sandra Berry

domingo, outubro 01, 2006

 

A primeira noite tranquila

Um dia viu-se ao espelho das almas e constatou que estava morto.
Respirava, pestanejava e até fazia caretas.
Mas estava morto.
Há muito tempo.
Acontecera quando desistiu de viver a própria vida.
Quando parou de buscar a felicidade ou deixou de se sentir feliz.
Passou então a ser feliz através dos outros.
Sozinho, não conseguia.
Caçou na vida com gatos, por não poder usar o cão.
Ficou a aguardar a primeira noite tranquila.
Não a procurava, aguardava-a.
Procurar o fim seria encontrar a felicidade.
E ele tinha-lhe perdido o rumo.
Só se viesse ter com ele…

 
Solitude de Angel Devil

segunda-feira, setembro 25, 2006

 

Pérolas a porcos

Habituados que estamos a blocos noticiosos que nos relatam ataques bombistas, genocídios em Darfur ou invasões de países soberanos, já assistimos a tudo com uma quase neutralidade insensível.
Provavelmente, já só a proximidade dos acontecimentos nos toca bem fundo. Ou então, porque nos atiram à cara com uma realidade que teimamos em não ver.
Já em tempos aqui me referi ao drama daqueles que, apanhados pelas deslocalizações e demasiado novos para se reformarem, mas demasiado velhos para arranjarem novo emprego, antevêem um triste fim de vida.
É gente tratada como peças descartáveis de uma sociedade desumanizada e virada exclusivamente para o lucro.
Vem isto tudo, de novo, a propósito das notícias da noite de ontem na SIC.
Passam-nos pelos olhos duas situações distintas mas complementares e sintomáticas.
A primeira, de um jornalista “de cabelos brancos” perto dos sessenta anos e agora no desemprego. Com um currículo notável, pensaríamos que seria uma mais valia para qualquer empresa dos media. Parece que não, é demasiado velho…
Significa isto que a experiência acumulada, a cultura consolidada e a sensatez e prudência que crescem com a idade, não têm qualquer valorização. Talvez a presença de homens como este numa redacção, pudesse evitar tanta mediocridade flagrante.
Logo a seguir, somos bombardeados com várias situações de “sobrehabilitados”, indivíduos que construíram uma carreira baseada na acumulação de saber, na investigação científica, no apuramento de boas práticas e que não têm lugar no sistema produtivo português.
Será, talvez, fruto desta atitude dos investidores nacionais, que vemos as indústrias em Portugal fazerem mais do mesmo, não apostando na investigação e desenvolvimento como modo de ultrapassarem as várias concorrências que se vão perfilando no horizonte.
Poucas são as empresas que entenderam que a política de salários baixos para trabalhadores não qualificados as condena ao insucesso.
De pouco adianta qualquer aposta numa aprendizagem de excelência se, depois, os investidores e empresários entendem que o salário pago a um especialista fortemente qualificado é um passo a menos para a compra do Ferrari ou da vivenda no Algarve.
Mais depressa contratariam um especialista que os ensinasse a fugir aos impostos, do que alguém que lhes consolidasse o negócio e lhes desse perspectivas de futuro.
Mas é com gente desta que temos de viver e, no final, as fronteiras nacionais ficam cada vez mais apetecíveis… como porta de saída.
Deitam-se fora as pérolas e fica-se com os porcos!

quinta-feira, setembro 21, 2006

 

Quotidiano passado

Tempo: início do ano lectivo passado.
Lugar: portão principal da Escola Drª Maria Alice Gouveia, em Coimbra
Intervenientes: quatro ou cinco mães, todas igualmente professoras, acompanhadas de não mais de sete ou oito miúdos.
Palavra de ordem: “QUEREMOS OS FUROS”.
(Sem comentários)

quarta-feira, setembro 20, 2006

 

Operatus est

Devo dizer que não sou um frequentador (utilizador) assíduo dos blocos operatórios e, por isso, estou à vontade para falar.
Refiro-me à introdução de taxas moderadoras em intervenções cirúrgicas. Esta não lembra ao diabo.
Até nem acredito que haja viciados em cirurgias e que, por isso, tenha de se controlar o abuso de utilização.
Não estou a ver que alguém acorde e diga: hoje apetece-me mesmo ser operado!
Ora, se o ministro actuasse a outros níveis para controlar custos, em vez de atirar para o mesmo de sempre com a resolução do défice, andaria bem melhor.
Fico à espera que me digam agora contra quem estou a destilar ódio… (hi,hi,hi)

quinta-feira, setembro 14, 2006

 

Quotidiano

Como habitualmente, tomo café, de pé, ao balcão.
A empregada que me atende vai conversando com uma amiga que está a meu lado saboreando o seu café.
A amiga pergunta-lhe se deixa os filhos verem um programa qualquer da televisão.
Responde-lhe a empregada que não pode impedir porque cada um tem uma televisão no quarto.
Fiquei a pensar para comigo: com tal poder de compra, deve ter a casa cheia de livros!

 

Orgulhosamente originais

Um dos graves problemas que este país sempre enfrentou e continua a enfrentar, são as pessoas.
Não que em substância sejam diferentes dos outros, que tenham algo a mais ou a menos que, à nascença, lhes incuta uma forma especial de estar na vida ou uma atitude particular para encarar os problemas. Mas temos um folclore muito nosso no modo como enfrentamos o trabalho, como assumimos as responsabilidades e como nos pensamos a nós mesmos.
Um dos tiques mais na moda consiste em perguntarmos se este país tem hipótese, se é viável…
Não tenho ideia que exista outra sociedade em que esta pergunta se coloque. O que se põe em cima da mesa é algo bem diferente: como é que podemos ser viáveis, o que é que é preciso fazer.
Outra questão passa por cada um de nós olhar demasiado para o seu umbigo, para os seus interesses domésticos, argumentando de forma brilhante para tentar esconder aquilo que muitas das vezes é óbvio.
Por outro lado, recorre-se com frequência à discussão de uma amálgama de assuntos para, na misturada, se baralharem as questões e aproveitar para dar como provado aquilo que, de facto, não o está.
É o caso das muitas discussões em torno do ensino ou dos professores que, ao meterem todos os níveis de ensino no mesmo saco, só contribuem para que, no final, se obtenha uma conclusão de confusão generalizada sem que se consiga retirar qualquer conclusão construtiva.
Se eu, por exemplo, disser que os professores, até há pouco tempo, tinham na prática três meses de férias por ano, estou a dizer uma verdade e a cometer um erro injusto.
Se eu disser que um professor com quarenta anos de idade pode ter uma redução de horário de trabalho de oito a dez horas volto a errar e a acertar em simultâneo.
É que, na realidade, a grande maioria dos professores beneficiava na prática de três meses de férias, enquanto os outros se viam aflitos para conseguirem concretizar um mês de descanso.
Por mais que me digam que a docência é cansativa, ninguém me conseguirá convencer que esse cansaço será superior ao de tantas outras profissões, com ou sem licenciatura, onde as férias são o comum mesito.
Do mesmo modo que também nunca me convencerão do fundamento da redução de horário para um indivíduo na plenitude das suas capacidades e na melhor fase do seu rendimento.
Quando se toca em interesses próprios ou alheios, mas defendidos por convicção, entramos no domínio da clubite aguda que nos tolda a visão.
Eu diria que, se acham que tudo está bem, que nada há para mudar, então, nas próximas eleições votemos em alguém que não tenha qualquer proposta ou que se proponha a manter tudo como está.
Certo é que o caminho que seguimos neste anos de democracia não nos conduziu a um ensino de qualidade, pelo menos a avaliar pelo produto final…
É certo que cada ministro, ao ser empossado, decide deixar a sua marca, virando tudo do avesso, iniciando mais uma das milhentas reformas, baseando-se em teorias as mais das vezes descabeladas, baralhando professores, pais e, principalmente, alunos.
Mas não seria bom que os docentes olhassem seriamente e com desapego individualista para si mesmos? Porque é que, para os docentes, os males do ensino estão sempre nos outros?
Creio não andar longe da verdade se disser que tem existido uma análise muito parcial da realidade sempre que os organismos representativos dos professores se pronunciam sobre ensino.
Mas voltarei a este tema, com mais detalhe e casos concretos.
Por agora, e a propósito do comentário consternado da Salomé, fiquemos por aqui.

segunda-feira, setembro 11, 2006

 

Regresso em síntese

Quem segue este blog desde o seu início nas páginas do Sapo, sabe que ele nasceu da necessidade de contrariar e denunciar a estupidez alheia (outros que critiquem a minha).
Estávamos então em mais um dos vários governos que tanto se empenharam em tomar medidas descabeladas, em não atacar os problemas com seriedade, isto é, que fizeram mais do mesmo e trataram o país como uma quinta, que iam gerindo a coisa pública em função de ambições pessoais, carreiras políticas ou interesses partidários.
Então, como agora, os governados, por sua vez, alinharam num ferrabodó consumista de novos-ricos, assumindo a exteriorização da riqueza (que não têm) materializada nos telemóveis, nos écrans TFT e Plasma, nas peregrinações ao Brasil, etc.
Em simultâneo, apercebendo-se da tendência eleitoraleira dos partidos no poder, desatou tudo a fazer reivindicações, justas, na maioria dos casos, insustentáveis num país pelintra, quase sempre.
Grupos poderosos como o dos professores conseguiram elevar a fasquia até ao nível dos terceiros mais bem pagos em todo o mundo.
Muitos dos salários da função pública são mais altos do que os seus pares na bem sucedida Espanha.
Enfim, um blog que nasceu para criticar o poder, tocando apenas ao de leve nos tiques dos governados, acaba por criar uma “clientela” de leitores críticos, num país que se sente melhor a criticar do que a aplaudir.
Quer queiramos quer não, e por muito que isso colida com os interesses de cada um de nós, o actual primeiro-ministro entrou a matar em privilégios e distorções que se foram instalando depois de 1974.
Está a tentar trazer o país para o século XXI, liquidando uma burocracia feita de obstáculos, cunhas e corrupção mais ou menos generalizada.
Perante esse propósito erguem-se os protestos daqueles que beneficiavam com o status: função pública (administração), magistrados, professores e só ainda não saltaram para a ribalta os médicos porque ainda não se chegou lá: não se pode combater uma guerra em demasiadas frentes ou a derrota é inevitável.
O país está a mudar. A mudança não se faz de repente, mas se o Estado português conseguir abandonar a sua posição de perturbador, de “complicador” da vida dos cidadãos, já terá sido dado um passo de gigante no abanar da estagnação e do conformismo.
Por isso, este blog teve dificuldades em manter a tónica. Em Fevereiro e de novo em Agosto, tive oportunidade de viajar pela Escandinávia, deambular com tempo suficiente para observar as terras e as pessoas, o seu modo de vida, as suas preferências e os seus tiques. Estas experiências confirmam-me que o caminho é aquele que está a ser seguido. A distância que nos separa dos nórdicos, no campo da modernização e das atitudes individuais e colectivas, é tão grande que vão ser precisos anos para lá chegarmos, mas o caminho é este.
Não quero com isto dizer que aplaudo em absoluto e incondicionalmente tudo o que tem sido feito, mas, globalmente, entendo que o sentido é este.
Desiludam-se, portanto, aqueles que possam esperar que eu alinhe na maledicência pura e gratuita. Para isso existem, por certo, os blogs de direita.

segunda-feira, junho 12, 2006

 

E você, sabe o Hino?

Esta NOTÍCIA pode permitir retirar a nacionalidade portuguesa a uma quantidade razoável de cidadãos ditos portugueses.
Caso o critério do Tribunal da Relação de Lisboa se aplique aos cidadãos com quem nos cruzamos na rua, quantos sabem o hino nacional ou conhecem as figuras da política portuguesa?
E isto apenas no domínio das perguntas fáceis, porque se perguntarmos quais são os órgãos de soberania, entraremos no âmbito das respostas de antologia.
E essa história de não se saber o hino nacional, pode implicar que fiquemos sem a selecção dos putos que, como se viu, não sabem o hino.
Será que os meritíssimos juízes andam com algum problema grave?

quinta-feira, junho 01, 2006

 

Loucuras e Companhia

Afinal a loucura não é um exclusivo nacional. Arrisco mesmo a dizer que, depois de ver certas coisas, ainda somos dos mais ajuizaditos.
Se têm dúvidas atentem nisto.
Estava eu posto em sossego a jantar, enquanto mandava um olho para as notícias, e eis senão quando aparece uma alma bondosa holandesa a reclamar a legalização de um partido pedófilo.
Palavrinha de honra que, se estivesse a regar a refeição com um branco geladinho, iria jurar que estava a beber zurrapa e que, por via disso, estava fortemente etilizado.
Mas não. É mesmo verdade. O tipo até tem um site na net.
Estranha interpretação do conceito de democracia!
Mal refeito desta, levo logo com outra.
Um tipo australiano meteu uma miúda numa máquina de secar roupa durante dois minutos porque se tinha molhado a beber água.
Esta, eu nem comento.
Finalmente, para demonstrar que por cá ainda há juízo, fiquem sabendo que fechou uma maternidade em Portugal e ninguém reclamou. Coisa espantosa!
Depois da moda da reclamação contra o encerramento de escolas, veio a das maternidades. A seguir teremos a reclamação contra o encerramento dos organismos inúteis ou duplicados.
Como entretanto vamos ter futebol com fartura, podíamos pegar no mote e exigir que fosse considerado como requisito imprescindível para se integrar a selecção dos subs ou dos maxis, que soubessem cantar o hino nacional.
Dixit

 

Segurança com humor


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segunda-feira, maio 22, 2006

 

DiverMendes

Há qualquer coisa que me escapa na divergência entre o discurso de Marques Mendes e os indicadores de desemprego e de crescimento económico. Tenho de tentar descobrir as fontes dele.

 

Mais um

Quando leio esta NOTÍCIA, acentuo a ideia da necessidade de uma operação mãos limpas, que ataque bem fundo a atitude da generalidade dos operadores da construção, vulgo empreiteiros.
Se os casos de corrupção não são facilmente detectáveis ou demonstráveis, por encobrimento dos corruptores, co-autores do crime, o mesmo já não se pode dizer dos erros técnicos que são flagrantes.
Tomemos como exemplo as estradas e auto-estradas lusitanas.
Basta transitar nas vias da vizinha Espanha para se sentir a diferença na regularidade do piso, na sinuosidade dos traçados e até na qualidade dos produtos empregues.
Mas, se quisermos um exemplo mais extremo, circule-se pela Holanda, onde os terrenos seriam propícios à deformação dos pavimentos e, no entanto, a uniformidade é impressionante.
Significa isto que, no nosso país, quem tem por missão acompanhar, leia-se fiscalizar, as obras, não o faz com seriedade.
Assim, desde materiais inapropriados, até compactações feitas a despachar, vale tudo para se ganhar mais uns cobres. Ganham todos, excepto os contribuintes que pagam na oficina, no desconforto e na falta de segurança, aquilo que já tinham pago em fase de construção.
E pronto, tenho de confessar que fico todo contente quando vejo estes tipos sentarem o rabinho, anafado de jantaradas e assentos do Mercedes, no banco dos réus.
Sempre variam um bocadinho dos bancos do Elefante Branco e do Galery.
Bom proveito, senhores do Ministério Público.

quinta-feira, maio 11, 2006

 

Chapelada

Eu sei que este novo organismo que anda para aí a inspeccionar e encerrar padarias, restaurantes chineses e portugueses, roulotes, aeroportos, etc. resulta da fusão de outros que antes passavam despercebidos.
Mas, pelos vistos, a fusão deu resultado.
Os tipos não têm descansado e, depois disto, iremos mais sossegados ao restaurante e comeremos o pão com a tranquilidade de presumirmos que a farinha não serviu previamente de repasto a ratos ou baratas.
É caso para dizer: que nunca lhes doa!!!

 

Não acredito

Definitivamente, não dá para acreditar em certas coisas. É o caso da condenação a pena de prisão efectiva de um antigo presidente do portimonense.
Ao que foi dado como provado em tribunal, tratou-se de um caso de corrupção envolvendo a autarquia, o clube de futebol e construtores civis.
Só pode ser engano.
Como se alguém acreditasse que este tipo de intervenientes, envolvidos numa espécie de caldeirada, andassem de braço dado para obterem vantagens ilícitas ou lavarem dinheiro sujo (segundo a sentença)!
Sempre tive para mim como certo que estes agentes da vida pública e privada são do mais correcto, verdadeiros cidadãos exemplares, incapazes de violarem as regras ou oferecerem quantias chorudas a representantes autárquicos para obterem qualquer vantagem.
Por um acidente do destino, logo aconteceu que, no caso em apreço, deram com um empreiteiro que, das duas uma: ou achou a quantia elevada ou era sério.
Fica a apreciação para os meus excelentíssimos leitores, para depois não dizerem que eu sou má-língua (que sou, devo reconhecê-lo).
Mas também devo confessar que tenho um ódio de estimação a empreiteiros, sobretudo aos que actuam na região de Coimbra. Na sua generalidade, trata-se de patos bravos auto promovidos de mestres-de-obras a construtores civis. Constroem apartamentos minúsculos com salas do tamanho de quartos jeitosos e isolamentos dignos de uma tenda de campismo.
Ocupam a via pública com o maior desplante e desprezo pelo cidadão e estão-se nas tintas para poeiras e lixarada que vão produzindo.
Tudo com o beneplácito cúmplice de quem os devia controlar e a quem pagamos ordenado.
Estão bem uns para os outros.
Mas, se a moda pega, ainda vamos ter de ampliar as prisões...

sexta-feira, abril 28, 2006

 

Vale mais tarde que nunca

A Igreja admite finalmente a utilização do preservativo como meio de prevenir a Sida.
Se há casos, como o do aborto, em que se pode falar de atitudes suportadas em posições ideológicas ou filosóficas, o caso da utilização do preservativo é apenas uma questão de inteligência ou da falta dela.
Por mais fiéis que sejamos às nossas convicções, não podemos por isso assumir posições que em si mesmas negam o óbvio ou criam contradições com valores que se pretende defender.
A Igreja sempre teve destas coisas, sempre olhou o homem como um ser ideal e não como um ser real, com as suas fragilidades e susceptibilidades. Esquecê-las, coloca a Igreja numa posição de alheamento das realidades, de afastamento dos crentes ou de contradição entre a prática e a fé.
Apesar de a afirmação agora produzida já constituir um passo no sentido do arejamento, acaba por se traduzir numa no cravo e outra na ferradura: apenas se admite dentro do casamento.
Para a Igreja, o sexo não existe a não ser como prática conjugal e apenas para reprodução. E no entanto…
O que vale é que ninguém liga muito àquilo que dizem e o pessoal continuará a fazer a vida que sempre fez, com ou sem o beneplácito da Igreja.
Depois queixam-se que há uma crise de vocações!
Que Deus os abençoe com o dom da clarividência.

quinta-feira, abril 27, 2006

 

Ingratidão

Há muito tempo não praguejava tanto em frente à televisão. Aliás, só me lembro de praguejar assim quando deparo com as touradas rodoviárias dos neuróticos do volante.
Refiro-me à reportagem das cerimónias de comemoração do 25 de Abril na Assembleia da República.
Em dada altura saúdam-se os capitães de Abril. Toda a Assembleia aplaude, com excepção dos representantes do PSD e CDS.
Ando há dois dias a tentar entender, arranjar uma justificação, do ponto de vista deles, para essa atitude. Não encontro uma que seja.
Para mim, o que se passou mais não foi do que o genuíno morder na mão de quem lhes dá o pão.
Esses ranhosos (e não serão só eles), não fosse um grupo de homens atirar-se para os cornos do touro, seriam obrigados a trabalhar no duro, como todos nós, não poderiam pirar-se para o Algarve antecipando férias de Páscoa e não receberiam “prendinhas” como fruto das manobras de influências. Leia-se “tráfico de influências”.
A avaliar pela qualidade geral do seu desempenho e pela irresponsabilidade que têm demonstrado, não lhes vislumbro grande sucesso se tivessem de se atirar à vida.
Significa isto que, aquilo que são, devem-no a esses homens a quem recusam a saudação.
Foram eles que lhes permitiram brincar ao poder, viajarem em carros pagos por todos nós quando exercem funções executivas, exercitarem a sua veia demagógica e chafurdarem em geral na gamela do poder. (Para quem não sabe, gamela é o nome dado nas Beiras ao recipiente em que comem os porcos).
Assim sendo, esta atitude só pode ser atribuída a ingratidão.
Já agora: Dr. Paulo Portas, a culpa do atraso e desgraça a que chegámos não é da Constituição, mas de tipos como V.Exa. que se deleita em pregar falsas doutrinas, exagerando ao limite o exercício da demagogia, pensando que o cidadão eleitor é parvo. Continue a brincar com o poder que pode ser que ainda chegue a Presidente da República.

quarta-feira, abril 26, 2006

 

Cenas do quotidiano

Local: hotel de cinco estrelas na zona nobre do Recife.
Dois portugas, da subespécie Gordus Extremus, acompanhados das respectivas mulheres, com pinta de pequenos empreiteiros ou pequenos negociantes de qualquer coisa, entram na sala do pequeno-almoço a escorrer, com os calções encharcados e alapam nas poltronas com almofadas de tecido.
Diz quem me acompanhava e estava de frente para os jeitosos, que se serviram alarvemente da vasta panóplia de fruta tropical, entre comentários de “não sabe a nada” e pratos de fruta não consumida.
Acrescente-se o pormenor típico da mastigação de boca aberta e estão os cromos detalhadamente caracterizados.
Moral da história: é pena o dinheiro, quando chega, vir sozinho.

quarta-feira, abril 12, 2006

 

Já bateu no seu filho hoje?

Alguns comentários e mails simpáticos que recebi dizem-me que este blog não é apenas meu. De certo modo estabeleceu-se aqui uma amizade virtual, feita de algumas bulhas (como com o passageiro da noite). Em breve aqui explicarei o que me levou a querer parar.
De momento, traz-me aqui a célebre decisão do Supremo Tribunal de Justiça que considera que bater numa criança, deficiente mental, ou fechá-la num quarto escuro, é um comportamento aceitável ou mesmo recomendável.
Mais, não o fazer poderá até configurar um crime de negligência!!!
A questão que se impõe é esta: quantos tabefes terei de dar no meu filho para não ser considerado negligente? E será que fechá-lo num quarto escuro será suficientemente adequado para obter um cidadão correctamente punido? Não será mais adequado um cubículo diminuto, bafiento, onde o puto nem se possa sentar?
O caricato da decisão não é inédito: há alguns anos, o mesmo STJ absolveu dois violadores de uma turista, por considerarem que esta os tinha provocado ao passear de mini saia «em pleno território de caça do macho ibérico» (estou a citar o acórdão).
Impõe-se agora que o STJ produza doutrina quantificando os tabefes, pontapés ou mesmo alguns murros, fazendo-os equivaler aos comportamentos dos miúdos.
Por exemplo: não comer a sopa – uma bofetada. Chegar a casa com as sapatilhas estragadas – dois murros. Ter uma negativa na escola – meia hora no quarto escuro. Duas negativas – uma hora. Não utilizar o autoclismo – dois pontapés.
Devem suas sapiências, prudentíssimos e experientes magistrados, também neste caso definir o máximo e o mínimo das penas a atribuir portas a dentro, na nossa gestão doméstica, sob pena de ficarmos todos numa imprevisibilidade jurídica pouco compatível com o estado de direito que estes senhores são pagos para defender.
E agora despeço-me, vou para casa ver se descubro se o meu puto cometeu algum acto punível à face de tão douta doutrina: tem de ser antes de almoço, não vá a gente enervar-se e ter algum problema digestivo.
Fica-me, apesar de tudo, uma angústia quase metafísica: quando for adulto, tiver vida própria e estiver longe de mim, como é que se comportará correctamente sem a ameaça da minha paternal punição?
Nota: e os professores? Também podem bater, na sua alta missão de educadores?

domingo, abril 09, 2006

 
Este blog termina aqui.
Nada vale a pena.

sexta-feira, abril 07, 2006

 

Fumar ou não fumar...

Antes de mais: sou fumador. Daqueles que fumam a sério, aproximadamente dois maços por dia.
Gostava de deixar de fumar. Um dia destes talvez consiga. Um dia destes talvez queira mesmo a sério.
Por ser fumador, estou à vontade para dizer aquilo que se segue.
Face à nova lei, que prevê a proibição de fumar em espaços públicos fechados, estão já a levantar-se reticências. Oiço agora na TSF que já há vozes que reclamam um período de transição, de adaptação.
Tretas.
Estive na Suécia há pouco mais de um mês. Lá, é proibido fumar em qualquer espaço fechado. Sem excepções. O único espaço livre para fumar é mesmo a rua. E nem se vêem avisos de proibição, pura e simplesmente é proibido e toda a gente sabe.
Nos hotéis só se pode fumar nos quartos, desde que estes sejam de fumadores. Em todas as áreas de utilização comum não existe espaço para fumadores.
Isto cria situações curiosas: à porta de cafés e restaurantes está o chão atapetado de piriscas, o que levou a que alguns estabelecimentos tenham colocado enormes cinzeiros metálicos junto das entradas.
Devo dizer-vos que não custa nada. É uma questão de hábito. Espera-se para fumar quando se sair. E mesmo eu, que sou fumador compulsivo, senti-me bem num edifício de restaurantes junto à Ópera de Estocolmo, sem fumo, apenas com o aroma dos diversos tipos de comida. O ambiente fica muito mais agradável. E sempre se poupam umas quantas fumadelas que inevitavelmente aconteceriam se não fosse a proibição.
Aqui há anos, num gelado mês de Dezembro, estive em Nova Iorque. Levei tabaco que dava à tangente para os dias que lá ia estar. Trouxe bastante mais de metade. Dentro dos edifícios não podia fumar, na rua o frio era de tal ordem que fumar era um martírio.
Significa isto que estas medidas resultam, quer para os fumadores diminuírem ou serem tentados a deixar de fumar quer em benefício dos que não fumam.
Mas a resistência nacional à mudança está já a manifestar-se. Parece até que somos o primeiro país a tomar esta decisão. Na Europa temos já os casos da Irlanda, Suécia e Espanha. E diga-se que aqui os nossos vizinhos fumam ainda mais que nós.
Durante anos fui daqueles que defenderam uma solução mansinha, que desse uma no cravo e outra na ferradura, que libertasse espaços fechados para fumadores.
Hoje, penso que todas as medidas que dificultem o vício são bem vindas, por muito que isso me custe.
E se me custa fazer uma viagem de oito horas de avião sem fumar…

quarta-feira, março 29, 2006

 

O Partido Sexy e outras histórias

Comecemos pelo Partido Sexy.
Quando Sócrates explicava no Parlamento, a propósito do encerramento da sala de partos de Elvas, que não se pode manter aberta por haver 0,7 partos por dia, Pires de Lima interrompe Sócrates dizendo: “Tragam as espanholas”. Ao que Sócrates responde: “Isso é argumento, Sr. Deputado? O PP passou a ser o Partido Sexy!!!
Pergunto eu: Isto são modos de discutir os problemas nacionais?
Passemos aos protestos contra algo e também contra o seu contrário.
Em Odemira perspectiva-se o encerramento da penitenciária de mulheres. Fortes protestos, parece que a penitenciária trouxe outro movimento à terra, com os visitantes a sustentarem o comércio local. Porém, quando da sua criação, foram grandes os protestos porque se temia que os visitantes fossem perturbar a ordem pública.
Fazem-me lembrar os professores: primeiro protestaram porque tinham de concorrer todos os anos e mudar sistematicamente de terra. Agora que o governo criou os concursos plurianuais, vai de protestar porque estão muito longe de casa.
E agora um must!
Um tipo é julgado de novo e, desta vez, absolvido, porque se provou que não tinha violado a amante. Eram, de facto, amantes. Diz o agora absolvido que nem está em causa a indemnização que vai receber do Estado por ter sido indevidamente condenado, diz ele que é um problema de valores, que toda a gente o acusava de violador.
Moral da história: que andasse sexualmente envolvido com uma mulher casada, não é um problema de valores, mas ser acusado de violador, isso sim…
Enfim: estamos mesmo perante um problema de escalas de valores.
Como diria a minha avó: o mundo está maluco!

segunda-feira, março 27, 2006

 
Estacionamento de bicicletas na estação central de Copenhaga. Ilustra à evidência o texto anterior.

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