sexta-feira, abril 28, 2006

 

Vale mais tarde que nunca

A Igreja admite finalmente a utilização do preservativo como meio de prevenir a Sida.
Se há casos, como o do aborto, em que se pode falar de atitudes suportadas em posições ideológicas ou filosóficas, o caso da utilização do preservativo é apenas uma questão de inteligência ou da falta dela.
Por mais fiéis que sejamos às nossas convicções, não podemos por isso assumir posições que em si mesmas negam o óbvio ou criam contradições com valores que se pretende defender.
A Igreja sempre teve destas coisas, sempre olhou o homem como um ser ideal e não como um ser real, com as suas fragilidades e susceptibilidades. Esquecê-las, coloca a Igreja numa posição de alheamento das realidades, de afastamento dos crentes ou de contradição entre a prática e a fé.
Apesar de a afirmação agora produzida já constituir um passo no sentido do arejamento, acaba por se traduzir numa no cravo e outra na ferradura: apenas se admite dentro do casamento.
Para a Igreja, o sexo não existe a não ser como prática conjugal e apenas para reprodução. E no entanto…
O que vale é que ninguém liga muito àquilo que dizem e o pessoal continuará a fazer a vida que sempre fez, com ou sem o beneplácito da Igreja.
Depois queixam-se que há uma crise de vocações!
Que Deus os abençoe com o dom da clarividência.

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