sexta-feira, dezembro 31, 2004

 

Feliz 2005

Para todos os leitores deste blog, incluindo os madeirenses que não gostam de críticas ao Alberto João, mais os liberais modernaços que me insultam, os desejos de um bom Ano Novo.
Tenho algumas dúvidas, mas...

 

Público/Privado

A AMI já está no terreno. À hora que escrevo este post, está a ser descarregado o avião fretado por esta ONG.
O avião do Estado português ainda não saiu, de onde concluirão os liberais modernaços que o Estado é mau gestor.
Como todos os dias existem empresas que declaram falência, a mesma lógica deve levar-nos a concluir que o privado é mau gestor.

 

Estratégia do CDS/PP

A nova palavra de ordem da campanha eleitoral de Paulo Portas é:
Nem mais um submarino, chaimite ou C130 (reprovado pela administração americana), enquanto a protecção civil tiver falta de meios.

quinta-feira, dezembro 30, 2004

 

Governação humanitária ou guerreira?

Estranha perspectiva a do Estado português, sempre mais disponível para intervenções do tipo militar do que de carácter humanitário.
Parece ser mais fácil disponibilizar meios militares do que meios de assistência da protecção civil.
A leitura também pode ser outra: temos meios militares sobredimensionados e há que justificar a sua existência, enquanto simultaneamente a nossa protecção civil é deficitária.
Qualquer que seja a explicação para este fenómeno, obviamente, nem me passa pela cabeça que este governo, que se proclama de inspiração cristã, possa dar mais valor ao emparelhamento militar com super potências, do que a acções de apoio humanitário.
Quanto a apoio a portugueses em situações de catástrofe, não devemos esquecer que o direito a férias e descanso é inalienável e só países de fraco nível democrático, como a Alemanha ou a Inglaterra, podem prestar apoio aos seus cidadãos nesses períodos de descanso.
Já agora: o meu agradecimento ao governo espanhol, por ter disponibilizado os seus aviões de repatriamento para os portugueses que desejassem sair das zonas de tragédia.

domingo, dezembro 26, 2004

 

A solução


Perspectiva racista
Animem-se: a geração do futuro já descobriu a solução!!!

 

Natal neo-liberal


Foto de Patrick de Volp
Dedico esta imagem a todos os grandes defensores, puros e duros, da competitividade, rentabilidade, leis de mercado e outras benesses que têm tornado este mundo melhor e os Natais assim agradáveis.
Obrigado: que seria da humanidade sem a vossa visão solidária...
Viva o salve-se quem puder!
Viva o humanismo neo-liberal!


sexta-feira, dezembro 24, 2004

 

Colocação de Professores

O relatório da colocação de professores é confidencial.
Querem apostar que não vai ser divulgado antes de 20 de Fevereiro?
A notícia completa
AQUI

 

Pensamento do dia

Quando pensarem que tudo está perdido, não desesperem: há sempre mais qualquer coisa para perder...

quinta-feira, dezembro 23, 2004

 

Alberto João versus Pinto da Costa

Devo confessar que, ontem, fui eu quem ficou à beira de um ataque de nervos.
Assistir àquela troca de galhardetes, de mimos inebriantes, entre Pinto da Costa e Alberto João Jardim, deixou-me sem palavras.
Subitamente constatei que o estilo é o mesmo, a eficácia comparável...
Para mim, adepto confesso do Futebol Club do Porto, resta-me sair à rua de cabeleira e barba postiça.
Logo eu, que passo a vida a salientar as virtudes do pensamento político do Dr. Jardim, o seu apurado conceito de democracia, o que me tem valido comentários consternados de leitores Madeirenses, levo com este cenário idílico.
É caso para dizer que não havia necessidade...

quarta-feira, dezembro 22, 2004

 

O ridículo

do encarte de propaganda ao Orçamento, explicado por quem sabe: noPura Economia

 

O Filhinho do Filho da P. do 5º-A (3º Episódio)

O Filho da P. do 5º-A tem um filhinho.
Moçoilo com 16 anos, gordinho, calçado e roupa de marca, invariavelmente mastigando pastilha elástica de boca aberta, é a luz dos olhos do Filho da P. do 5º-A.
E a discussão da noite passada lá no apartamento, os berros do paizinho, têm um fundamento grave: as notas do filhinho.
Uma desgraça!
Como é possível que as professoras, sim, essas ressacadas, não reconheçam os verdadeiros talentos do filhinho!
Ele é que não tem tempo, ou iria lá pôr os pontos nos is àquela cambada.
Mas deixa, que no fim do ano hão-de passar uma semana em reuniões, só para justificarem as reprovações da criança.
Ainda por cima, passam a vida a dizer que o filhinho é mal educado, que perturba as aulas, que até já mandou um contínuo à merda quando foi intimado a deitar no caixote do lixo os invólucros do chocolate, etc. E depois querem que lá vá falar com a directora de turma, como se não tivesse mais nada que fazer.
Isto é uma má vontade generalizada.
Já quando o filhinho era pequenito, por volta dos quatro anos, havia uns mete nojo nos restaurantes que punham uma cara esquisita só porque a criança corria, gritando desalmadamente por entre as mesas e dando encontrões nos empregados. Uns invejosos, que gostavam de ter assim um rebento cheio de saúde, anafadinho.
Um manancial de coerência, que se comporta da mesma maneira, independentemente de estar numa sala de aula ou no recreio e trata toda a gente da mesma maneira, seja professor seja colega.
Sim, anafadinho, que a má vontade já tinha chegado à classe médica.
Então não tinha havido um estafermo de um médico que lhe tinha dito que o filhinho apresentava sintomas graves de obesidade? Que comia chocolates e fritos em excesso!
Que não podia ficar tanto tempo sentado ao computador!
O computador!!!
Ele que fica ali horas tão sossegadinho, quietinho, entretido com os jogos. Tão bonzinho que os deixa passar a noite a ver televisão sem os incomodar…
E os vizinhos lá iam ouvindo: é para isto que ando a pagar impostos? Quem é que essas gajas pensam que são? Tu é que és um molenga, que se fosse eu tratava-lhes da saúde.
Principalmente à tipa do Português.
Era preciso descaramento: o miúdo tem tanta piada com aquela coisa dos bués!
É certo que às vezes não o entende mas, caramba, ele não é professor de Português… A gaja que ganha ordenado que o entenda.

terça-feira, dezembro 21, 2004

 

Às Armas!!! Quais armas?

Expliquem-me lá uma coisa, para ver se eu entendo.
Ressalvando a Marinha que patrulha a pesca indevida nas nossas costas (e mesmo isso, em breve, será desnecessário por falta de barcos e pescadores) as nossas forças armadas servem para quê?
Assim de repente, só conseguiriamos suportar uma guerra contra o faroleiro das Berlengas porque, em caso de guerra, a melhor coisa era mesmo o caminho de Espanha.
Acabem lá com essa treta do papel de Portugal na comunidade internacional que quem não tem dinheiro não tem vícios e sempre se compunha o deficit.
E o Paulinho passava para ministro das feiras e das fraldas.

 

Santanetes e o F.C. do Porto

Santana Lopes ia entregar os santanetes de ouro ao Futebol Clube do Porto.
À última hora cancelou a cerimónia.
Embora os cancelamentos não sejam inéditos na actuação desta distintíssima figura, ficam aqui as eventuais explicações para o facto.
1. Explicação Política - Santana tinha que resolver o problema do deficit, embora não se perceba bem qual poderia ser o seu contributo pessoal nessa matéria.
2. Explicação Terrorista - segundo a RTP, havia uma mala suspeita no avião que conduziria Sua Excelência ao Porto: pelo sim pelo não desistiu, lembrando-se de outras viagens de avião para o Porto, de má memória, e logo ele que se pretende reencarnando o espírito de Sá Carneiro.
3. Explicação Laranja - o PSD Porto não terá visto com bons olhos a entrega dos santanetes a um clube liderado por figura tão politicamente hostil.
4. Explicação Playboy - uma garina mandou-lhe uma mensagem provocante e apelativa e o homem não resistiu.

segunda-feira, dezembro 20, 2004

 

Já batemos no fundo?

A operação de maquilhagem do deficit falhou.
Esta coisa está a bater no fundo e está-se finalmente a ouvir o ruído do trambolhão.
Três anos de sacrifícios pedidos aos portugueses para isto…
Para quem tinha a obsessão pelo deficit, este está a ser um óptimo resultado.
Como todos os indicadores económicos atestam um abrandamento da economia, podemos dizer que o caminho seguido neste triénio foi imaginativo e bem sucedido.

 

Até sempre

De repente nada mais consigo escrever, meu amor.
Há um profundo vazio que se recusa a ser preenchido
Por sonhos que nunca se tornarão realidade, ai de mim.
É bom entrelaçarmo-nos em doces devaneios suspirados,
Em palavras lindas e em sentimentos de profunda devoção.
Mas destrói-nos a alma realizarmos por instantes
Que o sofrimento motivado pela privação permanente
Não passará nunca, por muito que façamos de conta.
Não vejo perspectivas de poder ser tua e, por consequência, de tu seres meu.
Deixemos repousar as coisas do coração por aqui, antes que nos aniquilem.
Porque as da amizade essas, para mim, serão eternas.
Intimo-te a que não me faltes em momento de aflição, se puderes!
Que eu tenho a coragem de fazer o que tem de ser feito e tu também o sabes.
És aquilo que de mais belo me aconteceu e resides já no meu peito num canto único.
Agora, retém as lágrimas.
Deixo-te o meu sorriso como símbolo do que foi o tempo nosso.
Que te acompanhe sempre um beijo que principia aqui...
Até sempre!


In:Cumplicidades
Porque a vida não é só política...

domingo, dezembro 19, 2004

 

O pesadelo de Sócrates

Tinha ganho as eleições com maioria absoluta e pusera em prática um projecto que acarinhava desde que era líder do partido: trazer para o governo a excelência da inteligência portuguesa, independentemente da sua filiação partidária.
De ministros a secretários de estado, tudo era a nata da competência reconhecida.
Conseguira mesmo, a muito custo, trazer do estrangeiro alguns que tinham fugido à mesquinhez da mediocridade, da intriga e da falsa importância. A maior parte deles aceitara mesmo com prejuízo das remunerações a que estavam habituados.
Mas agradara-lhes o desafio de constituir um governo que em vez de intuitos partidários perseguisse objectivos verdadeiramente nacionais, sem se preocupar com eleições e sondagens. Portugal bem precisava…
Foi então que Sócrates acordou, banhado em suor, quase caindo da cama.
Tinha à porta uma imensa manifestação vociferante de criaturas empunhando bandeiras vermelhas e cravos, exigindo a retribuição do esforço de campanha, de anos a dar e levar palmadinhas nas costas. Exigindo o que consideravam um direito adquirido: o de serem gratificados com um lugarzito, uma fatiazinha do orçamento do Estado. Nem lhes interessava muito o trabalho a desempenhar, que nestas coisas o cargo basta-se a si mesmo.
Queriam lá saber da competência, da adequação da experiência à função: era apenas uma questão de gratidão eleitoral.
Incrédulo, foi até à janela e mais não viu que um país de Inverno tardio, mergulhado num marasmo acomodado, enterrando-se na proporção directa da falta de coragem e imaginação.
Respirou aliviado: estava tudo dentro da normalidade…

 

O poder da Opus Dei


Foto de Franz Thoma

Entrou ontem em vigor a “nova” Concordata entre Portugal e a Santa Sé.
Não me vou aqui debruçar, ponto por ponto, em relação àquilo que considero como cedências injustificadas da República Portuguesa face à Igreja. Analisemos apenas a questão da Universidade Católica.
Reconhece-se na Concordata a especificidade da Universidade Católica”.
Por muito que me esforce, não consigo vislumbrar outra especificidade que não seja a que resulta de se tratar de um viveiro da Opus Dei.
Estamos perante uma instituição que, em si mesma, é um negócio altamente lucrativo e que tem como um dos pilares mestres da sua existência o lucro.
Considerada como “ensino concordatário” no estatuto do ensino superior, mais não é do que um concorrente desleal tanto das universidades públicas como, e principalmente, das privadas.
Tivesse a Católica como principal escopo o estudo e aprofundamento das questões religiosas ou mesmo a formação de agentes dessa religião e poderíamos conceder.
Mas os cursos que aí se promovem, à parte talvez um deles, são os mesmos que se encontram em diversas universidades por esse país fora.
Trata-se, sem sombra de dúvidas, de concorrência desleal, com a particularidade de ser promovida pelo próprio Estado Português que, ao que a Constituição estipula, ainda é uma República laica.
Continuamos e, pelos vistos, queremos continuar, a dar à Igreja uma importância que ela já não tem na sociedade portuguesa.
Sendo que esta actuação é perniciosa, na medida em que a Igreja portuguesa nunca se posicionou como um agente de mudança, antes como um agente de resistência, e de perpetuação de atitudes que bloqueiam o emparelhamento de Portugal com os restantes países da Europa.
É de subserviência que se fala, quando analisamos a posição de Portugal face à toda-poderosa Igreja.
E, daí, nada de bom poderá resultar.

sexta-feira, dezembro 17, 2004

 

Prenda de Natal


Já à venda!!!

quarta-feira, dezembro 15, 2004

 

Negócio Simulado

Quando se pretende lesar direitos de terceiros de boa fé ou “esconder” património, utiliza-se desonestamente o expediente do negócio simulado.
Algo de semelhante se está a passar com Santana e Portas: fazemos de conta que nada temos a unir-nos, apresentamo-nos separadamente e pode ser que se obtenha um duplo efeito.
Por um lado, o PP, livre para se apresentar como donzela imaculada, poderá aumentar a sua percentagem nas urnas.
Por outro, haverá sempre uns papalvos que os consideram como forças políticas separadas, não terão em conta que, numa eventual vitória do PSD, eles se irão reunir, e isso poderá amortecer a pancada que certamente o PSD levará.
Só de uma coisa os votantes do PSD se não poderão queixar: se no tempo de Durão Barroso não sabiam que se viria a criar a coligação que entretanto se formou, agora, ao contrário, sabem que ao votar Santana estão também a votar em Portas.
Ou seja, estão a votar num programa de intenções que terá de ser sintetizado com aquilo que Portas vier a impor a Santana e que este por certo aceitará, na sua ânsia de poder e de realização pessoal.
Santana não tem alternativa: perdido que foi o sonho da Presidência da República, resta-lhe tentar não se aleijar muito com os trambolhões que tem dado, porque o povo esquece depressa e até é capaz de, em Fevereiro, escolher mais do mesmo.

 

Ser e fazer

Chegou a hora de tudo quanto é desempregado, mal empregado e quem quer ter notoriedade, mas não consegue pelas competências pessoais, fazer fila à porta dos principais partidos.
Vamos ter uma série de actos eleitorais e este é o melhor momento para uma candidatura à rampa de lançamento.
Os influentes partidários sofrem as dores das incontáveis palmadinhas nas costas, e incham pela importância assim adquirida, pelo poder de distribuírem e atribuírem importância a quem a não tem.
E isto será mais notório no PS, que parece perfilar-se como o mais provável vencedor das próximas eleições.
Não me parece que Sócrates tenha a força suficiente para se opor a esta onda de fundo, verdadeiro assalto dos que querem ser e não dos que querem fazer.
Talvez seja pessimista, mas cheira-me que o melhor voto ainda está no título deste blog.

terça-feira, dezembro 14, 2004

 

Os Empatas

Então os tipos do PCP e do PEV não podiam ter colaborado com o Santana?
Eram aviados de uma vez, que a vida do Santana não é aturar partidos da oposição.
Já não lhe basta o próprio, mais o Paulinho?
Embora se compreenda que a ortodoxia se dá mal com estas coisas do menage á trois.
Modernices que se aprendem na noite...

segunda-feira, dezembro 13, 2004

 

Re_toma


Rafael Bordalo Pinheiro
Esta sim, é a única, a exclusiva, a genuína retoma de Paulo Portas!

 

O Filho da P. do 5º-A (2º Episódio)

O Filho da P. do 5º-A anda, por estes dias, um farrapo humano.
Desgrenhado, barba crescida e olheirento.
Dão com ele contemplativo, meditabundo mesmo, a olhar pela janela enquanto coça a cabeça.
Não dorme. E suspira.
Meteu-se-lhe na cabeça uma confusão que não consegue deslindar.
E não pode ir ao café do bairro sem uma opinião formada. Ele que granjeou fama de sempre opinar em relação a todos os assuntos…
- Então mas afinal como é? Pergunta de si para si o Filho da P. do 5º-A.
- O Sampaio não despediu o Santana? E vai o tipo, despede-se? Mas como é que um indivíduo despedido se pode despedir?
- Então o tipo não tinha que lá ficar até entrar um substituto?
- Então e fica na mesma?
Entretanto, com a confusão, já ia sair para o emprego com o fato de treino que costuma usar para ir ao Continente fazer compras.
Que havia de ser bonito, ele que tem perante os colegas o estatuto de quase intelectual, aparecer ali armado em desportista de supermercado.
No meio dos abanões, nem galou as garinas do autocarro. Finalmente, lá inventou, em desespero de causa, um destempero das entranhas, por causa de uma mariscada (também inventada) que uns familiares da mulher – gente importante, diga-se – lhe ofereceram no fim-de-semana.
Ficava tudo arrumado.
- Hoje nem me digam nada que estou impróprio para consumo. Nem quero ouvir falar de políticas, que isto é tudo uma pouca-vergonha. Já basta estar como estou.
Entretanto, a mulher lá em casa oscila entre o preocupado e o esperançoso, que não é normal o homem passar três dias sem a obrigar àquele desempenho do ai, ai que bom, nos cinco minutos de cumprimento dos deveres conjugais. Mais a mais sendo fim-de-semana...

domingo, dezembro 12, 2004

 

Campeão Intercontinental


Posted by Hello
A Expo 98, o Euro 2004 e o percurso do Futebol Clube do Porto, são a prova de que Portugal é capaz de ter sucesso.
Os outros falam, falam, falam mas não fazem nada... Depois ficam chateados, claro que ficam chateados...

 

Grande Constipação

"o que o Sampaio devia ter dito era que já tem avondo de garotos que confundem a guvernação com o trivial pursuit jugado entre amigos com panache e montanhas de glamour e narinas cheias de pó...(de conduzir em todo o terreno 4x4 claro está...) que confundem a agenda institucional com os comprumiçus suciais noturnus e musica techno...que trocam as tintas com a ligeireza de quem fala da vida de desgraçados à beira do despedimento com se foçe um burrié incoveniente que transforma um cê cedilhado num texto pra ler com ar grave e solene que tresanda a naftalina da treta... talvez so home diçeçe que já bastava deste forróbódó de criançolas mal criadas e mal amanhadas e sem jeito pra outra merda que não seja viver à pala da riqueza dos outros como chulos do esforço alheio...talvez so home diçeçe que já chega de bichanadas e de palahaçadas...mas lá está so home diçeçe o que sabe e o que corre por aí à boca cheia todos vinha dzer que aquilo não se diz em público...."
No ANARCA CONSTIPADO

 

Continuará a intoxicação?

O que verdadeiramente me espanta na política portuguesa, é o descaramento, o atrevimento de fazer de conta, em público, para um país inteiro ouvir.
A irresponsabilidade deste governo e da maioria que o suporta, não está tanto em não serem capazes de tomar medidas para resolver problemas, mas em não admitirem os problemas.
Contra todos os números, apoiando-se no balãozito de oxigénio que foi o Euro 2004, gritam a plenos pulmões que agora sim, agora estamos a crescer. Como se a sua tomada de posse tivesse sido um bálsamo para a economia, assim, por um acto de magia ou milagre de Fátima.
Esconder aos portugueses que a situação é grave e que, em cada dia que passa, se agrava ainda mais, é um acto de traição.
Governar para o dia seguinte, sem projectos de fundo, fazendo da guerrilha política uma ocupação a tempo inteiro, actuando para os resultados das sondagens, falando apenas no que se vai fazer (desmentido no dia seguinte pelos factos) e não no que se fez, só irá consolidar Portugal no último lugar da Europa.
Votar no PSD de Santana, sozinho ou em coligação, é votar na continuidade da irresponsabilidade, não só do que se diz mas também do que se faz. É votar numa atitude política que tem subjacente a ideia de que a vitória da argumentação demagógica é suficiente.
O que me preocupa é que, se um partido na campanha falar verdade aos portugueses, lhes fizer o retrato completo do presente e das medidas necessárias para criar um futuro sólido, irá ser castigado pelo eleitorado.
Porque, na realidade, existe uma central de intoxicação, e tem a sua sede no governo e nos partidos da maioria que não irão cansar-se de dizer que agora que isto estava a ficar bom é que os interromperam.
Resta saber se algum partido irá ter a coragem de dizer a verdade aos portugueses.


sábado, dezembro 11, 2004

 

O bebé amuou

Sampaio fartou-se de mudar fraldas e puxou o autoclismo.
O bebé amuou e diz que não brinca mais.

Quando pensamos que a palhaçada atingiu o auge, surge sempre uma surpresa.

 

O Livrinho Laranja do Dr. Alberto

No Jumento está a ser elaborada uma antologia do melhor de Alberto João, com base nas intervenções do próprio, que estão a dar corpo ao “Livrinho laranja do Dr. Alberto”.
A analogia com Mao não o desfavorece, embora me pareça que ” der mein kampf aus Dr. Alberto” fosse mais adequado.
É só ir ao Jumento, procurar o "Grupo Jumentinveste" e aí estão as “Albertices”: garanto horas de espanto hilariante.
Para aqueles que, da Madeira, costumam irritar-se com a minha perseguição a Alberto João, a explicação está toda lá, em discurso directo. Só é pena que não tenhamos acesso às suas intervenções no Conselho de Estado.

sexta-feira, dezembro 10, 2004

 
Eu sempre achei que a marinha precisava de chaimites. E aviões...
Feitos na Bombardier. Não? Onde?
Não acredito que o Sr Dr. Paulo Portas tenha mentido: tem cara de tão boa pessoa.
Psssst: Já beberam o Scotch todo?

 

Apoio e compreendo

Fui dos poucos que, da esquerda, sempre apoiou a decisão de Sampaio ao permitir à actual maioria a constituição de governo pós Barroso.
Era nítido para muitos, que Santana Lopes iria iniciar uma sequência de disparates. Não me parece que isso fosse nítido para a generalidade dos portugueses. Por isso, em caso de dissolução da AR há quatro meses, teríamos a direita com o discurso do Presidente da República tendencioso e motivador de instabilidade.
Deu a oportunidade a Santana sabendo, como muita gente sabia, que a governação ia correr mal.
Creio, no entanto, que nem nos piores cenários se poderia imaginar que Santana e sus muchachos iriam ser tão flagrantemente os seus próprios coveiros, dando azo àquilo que se viu.
Hoje, a direita faz de vítima e, como se viu na intervenção do PP, joga com as palavras e, raiando o gongórico, tenta inverter os papéis.
A entrevista de Dias Loureiro à TSF (amanhã de manhã) é perfeitamente sugestiva da consciência que Santana e os seus acólitos tinham da situação, ao admitirem, eles mesmos, que seria melhor a demissão, por falta de condições políticas. E agora dizem-se admirados e consternados?

 
Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.

Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.

Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.

Sophia de Mello Breyner

quinta-feira, dezembro 09, 2004

 

Molho de Espantos

Espanto 1
Analisando detalhadamente o curriculum vitae de Morais Sarmento, não se consegue vislumbrar o que lhe confere autoridade para dizer do Presidente da República o que disse hoje.

Espanto 2
É um problema de analfabetismo funcional, pretender retirar das minhas afirmações no penúltimo post, relativas a Pinto da Costa, qualquer conclusão quanto à sua culpa ou inocência. Que fique bem frisado que Pinto da Costa, se for o caso, como todos os que se venha a provar usarem a “trafulhice” como forma de obterem benefícios de qualquer tipo, devem ser julgados e condenados. Sublinho: todos.
Ninguém, nem mesmo Pinto da Costa, deve ser condenado a priori, sem julgamento. Era apenas isto que se pretendia dizer em relação a este caso.
Pelos vistos, houve quem não quisesse ou não conseguisse entender.
Espanto 3
Fica desde já prometida uma antologia do melhor do Filho da Puta do 5º-A, a sair em fascículos e com uma capa decorativa para enfeitar a estante.

quarta-feira, dezembro 08, 2004

 

Rectificação

O perfil do Filho da Puta do 5º-A não ficaria completo se não referisse que, por um instinto atávico, tem tendência para enfiar tudo quanto é garruço, até aos pés...

 

Pacheco Pereira e o Filho da Puta do 5º-A

O título deveria ser:
PACHECO PEREIRA, PINTO DA COSTA, JOSÉ MOURINHO, CAVACO SILVA E O FILHO DA PUTA DO 5º-A.
Mas ficava demasiado longo, por isso fica em subtítulo.
E o que é que estas figuras, aparentemente tão despernadas, têm em comum?
Começo por vos apresentar o Filho da Puta do 5º-A, embora até nem seja imprescindível: todos conhecem, pelo menos, um.
O Filho da Puta do 5º-A, figurão que conheço vai para trinta anos, vive num prédio onde também vivi.
Sempre que alguém, naquele prédio enorme ou na vizinhança, apresentava sinais de melhoria de vida, quer porque trocava de carro quer porque comprava uma casa maior quer ainda porque vestia uma “camisa lavada”, proferia a seguinte afirmação: “já viu? Viva o luxo. Não sei de onde lhe vem!”.
É uma forma de emporcalhar as pessoas, não dizendo nada em concreto mas dizendo tudo em simultâneo.
O Filho da Puta do 5º-A é um subproduto da cultura portuguesa e está presente em todos os locais, desde universidades a hospitais, onde a progressão se faça sem regras perfeitamente definidas.
É normalmente uma figura intelectualmente medíocre, de horizontes culturais estreitos, que se pronuncia sabiamente em relação a todas as questões e que, sem que conheça outros horizontes para além da Costa da Caparica e uma fugida a um apartamento de traseiras da Quarteira, termina dizendo que isto só no nosso país. Se não se levantasse a horas tão tardias, poder-se-ia dele dizer que espalha o “veneno da madrugada”.
O Filho da Puta do 5º-A, quando não está a fazer de conta que trabalha – e mesmo nas horas de serviço – pratica a conversa da treta, aguarda ansiosamente pela telenovela das 21 na TVI e olha desesperadamente para o relógio para ver se não perde a das 22 na SIC. Comenta com ares de macho luzidio as mariquices da Quinta da Bovinidade e tem sempre umas informações cuja fonte não divulga acerca dos assuntos nacionais que estejam na berra.
O que incomoda o Filho da Puta do 5º-A não é o seu insucesso – está adaptado – é o sucesso dos outros, porque lhe acentua o seu próprio insucesso.

E o que é que Pacheco Pereira tem a ver com o Filho da Puta do 5º-A?
Simples: no Abrupto meteu-se onde diz não ser chamado e pronunciou-se com uma incorrecção que não lhe é habitual.
Não entendo a sua admiração pelo facto de 25.000 pessoas aplaudirem um homem constituído arguido de crimes de corrupção. Nem vejo que isso tenha qualquer ligação com as conversas consternadas dos portugueses sobre corrupção.
Não foi P. Pereira que se indignou, e bem, contra os julgamentos na praça pública? Não devemos indignar-nos todos?
Teria sido preferível que 25.000 pessoas adoptassem o comportamento elucidativo dos arruaceiros à entrada para o Tribunal da Boa Hora?
Será que para Pinto da Costa deixou de funcionar a presunção de inocência até condenação definitiva e irrecorrível?
Não estava P. Pereira sentado no congresso do PSD, quando a entrada de Leonor Beleza foi ovacionada de pé, embora arguida do crime de disseminação de doença contagiosa? E estamos a falar de várias vidas que se perderam, não do lodaçal futebolístico. (Por muito menos, Vitorino demitiu-se)
Mas, então, P. Pereira não se pronunciou.
Ou será que a opinião futebolística também já funciona para P. Pereira?
Subitamente deu-lhe para raciocinar como o Filho da Puta do 5º-A?
Habituou-nos a raciocínios cartesianos. Continue, por favor, a bem da lucidez nacional.
Mas, assim, não.

E o que é que tem a ver o Filho da Puta do 5º-A com José Mourinho?
Enquanto esteve no FC Porto, Mourinho acumulou vitórias, ganhou tudo o que havia para ganhar e demonstrou à evidência a sua competência profissional.
Mas os filhos da puta do 5º-A, por esse país fora, riram-se dele quando disse: “para o ano vou ser campeão”.
À falta de argumentos, os filhos da puta do 5º-A acabaram a acusá-lo de ser arrogante, irritante, vaidoso…
E haverá outra postura perante os filhos da puta do 5º-A?
O rosto esgotado de Mourinho, no final do primeiro jogo a sério do Chelsea, explica o porquê do sucesso.
Bem tentaram emporcalhá-lo, levar o seu sucesso para a velha história da compra dos árbitros. O seu sucesso em terras de sua majestade obrigou os filhos da puta do 5º-A a engolirem em seco e, quando estiver à frente de uma selecção nacional – que não a nossa, que ele não é estúpido – será transformado em herói nacional, prova provada de que somos todos muito grandes, filhos da puta do 5º-A incluídos.

E quanto a Pinto da Costa?
Apenas uma questão: havendo tanto Filho da Puta do 5º-A por aí, mais os seis milhões de destiladores de ódio, pertencentes à seita dos “Morra o Pinto da Costa, morra pim”, será que durante estes vinte anos não houve um único que apresentasse provas inequívocas da propalada atitude corruptora de Pinto da Costa?
Será que, em vinte anos, não há um único árbitro honesto?
Ou será que os filhos da puta do 5º-A, ressabiados com a sua incapacidade de obterem sucesso, fazem com Pinto da Costa o que tentaram fazer com Mourinho?
O homem faz muita sombra e há muitos que não lhe conseguem fugir: têm o passo pequeno.

E Cavaco Silva?

Que moral tem o eleitoralista mor, que pagou milhões aos empreiteiros para acabarem as obras a tempo de serem inauguradas antes das eleições, para vir criticar o incompetente Santana?
A diferença entre as centrais de intoxicação e o homem que não lia jornais e se queixava das forças de bloqueio, leia-se Tribunal de Contas, é apenas uma questão de estilo ou de falta dele.
Não é o patriotismo que move Cavaco, é a certeza de que, se Santana ganhar, pode dizer adeus à Presidência da República.
Mas garanto-vos que o Filho da Puta do 5º-A, facilmente hipnotizado pela demagogia de Santana, embotado que tem o sentido crítico à custa dos seus próprios raciocínios tortuosos, vai votar Santana.
Porque ele sabe que o PS – mas não pode dizer quem lhe disse – se for eleito, vai aumentar os impostos, diminuir os salários e vender o Algarve aos ingleses.
Mas não digam que foi ele que disse: foi alguém importante lá de dentro que lhe confidenciou tudo isto e mais ainda que ele não pode dizer.
O Filho da Puta do 5º-A conhece sempre alguém importante lá dentro…




terça-feira, dezembro 07, 2004

 

Posted by Hello Foto de Micele Reguly

segunda-feira, dezembro 06, 2004

 

Funerais e outros ais

FUNERAL 1
Será desta que enterram o caso Camarate?
Ou os meus filhos ainda terão que explicar aos deles que o inquérito em curso é o 150º ?
Será que este país é tão estúpido que não consegue tirar conclusões com, digamos, dois inquéritos, por exemplo?
Não sei se foi atentado ou se foi acidente, o que eu sei é que, pelos vistos nunca se saberá. Mas lá que é oportuno reavivar o caso em tempo de eleições, isso é.

FUNERAL 2

A avaliar pelo discurso de Santana na Assembleia da República, assistimos ao velório do debate de ideias e projectos para o país durante a campanha eleitoral.
Se o Partido Socialista alinhar no mesmo registo, antevejo um futuro sombrio para este maltratado Portugal.
Merecíamos mais respeito.

AI
Que o orçamento foi aprovado sem eles terem tido tempo de tomar mais umas medidas tão simpáticas quanto ruinosas.


 

Viva a diferença

A entrevista a António Vitorino, na Sic Notícias, evidencia a diferença entre um político inteligente e informado, que sabe do que fala, e a generalidade dos políticos portugueses que ainda não se percebeu bem o que sabem nem qual a sua especialidade.
É pena, como acabou por concluir a entrevistadora em deslumbre, que não seja ele o candidato a primeiro ministro.
A precisão dos seus raciocínios, o rigor das suas palavras mostram-nos que, afinal, temos andado a conviver com os porcos mas ainda sobram algumas pérolas.

domingo, dezembro 05, 2004

 

Aviso

Façam a vocês mesmos o favor de não se porem para aí a cantar vitória.
Remember Bush: ganhou contra toda a lógica.
E não é só nos States que existem regiões atrasadas e culturalmente deprimidas.

 

Posted by Hello
Animem-se e peçam ao Pai Natal que vos ponha um governo decente no sapatinho.
(Cá para mim, esta rena foi nomeada pelo Santana, frequentava a Kapital)

sábado, dezembro 04, 2004

 

Prostituição?????

A juíza de Gondomar, responsável pelo inquérito do caso Apito Dourado, proibiu alguns dos intervenientes de frequentarem casas de alterne e de prostituição!!!
Casas de prostituição?
E existem casas de prostituição em Portugal? Salazar não acabou com elas?
Compulsei a lista de profissões para efeitos de Irs e nada: prostitutas, nem vê-las.
Portanto, não existem. Então porquê a proibição?
Será então que as congeminações futebolísticas se fazem entre lençóis?
Será que o sistema, afinal, mais não é que uma cama de casal numa pensão esconsa?
O Anarca Constipado é que sabe: "Neste país é carnaval todos os dias".

 

Bovinidade

"Na Segunda feira, perguntei três vezes ao Presidente da República se pretendia dissolver a Assembleia da República, no princípio, no meio e no fim da reunião. Três vezes me disse que não." Santana em "Comício" na Póvoa.
Se ele próprio entendia que não havia razões para a dissolução, porque perguntou três vezes?
Parece-me evidente que, quem entende que tudo está bem, não considera sequer esta questão.
Mas a populaça, esfusiante, não deu conta da contradição.
É natural: um povo que assenta a sua existência intelectual no futebol e na quinta das celebridades, tem que estar intelectualmente diminuído.
Santana está em campanha, e esta é a sua vocação natural, a de político na pior acepção da palavra: paleio fácil, raciocínio falacioso, demagogia até fartar, intoxicação de basbaques.
Se vier a ganhar as eleições, teremos de novo um governo constituído por elementos que não podem ultrapassar a mediana craveira intelectual do líder. Será o progresso da decadência.

sexta-feira, dezembro 03, 2004

 

Descaramento

É precisa uma enormíssima dose de descaramento para Santana dizer que não compreende as razões da decisão de Sampaio.
Realmente, o título do meu blog só não se aplica neste caso porque Santana não foi eleito. A ser diferente, seria um caso paradigmático...

 

Posted by Hello Sem saída...

quinta-feira, dezembro 02, 2004

 

O país ensandeceu

Depois de um feriado a pensar e a ler, entre outras coisas, os blogs que fazem opinião, cheguei à brilhante conclusão de que este país não tem hipótese: está tudo maluco.
Eu explico.
Começando por Jorge Sampaio, não consegui entender a lógica de se convidar este governo a apresentar e fazer aprovar o orçamento para 2005, sabendo-se que é no orçamento que reside parte dos fundamentos para o despedimento de Santana e seu séquito. Também não compreendo o seu silêncio.
Concordo com alguns raciocínios de Pacheco Pereira, no que respeita ao diagnóstico. Já não concordo com a terapêutica.
Ressuscitar Cavaco Silva é uma forma de sebastianismo. É o renascimento do cavaquismo com todos os defeitos, pelos vistos, já esquecidos e que o povo rejeitou. É trazer, de novo, a escola americana para a economia nacional, apresentando-a como a única e definitiva forma de orientar o país.
Cavaco não vai ser alternativa porque a isso se oporão os actuais donos do Psd santanista. E só é pena que não o seja porque me daria mote para infindáveis textos de recordações dos erros e tropelias das maiorias absolutas de Cavaco, ao que parece agora esquecidas.
Que o Ps vai ganhar as próximas eleições, parece-me óbvio. Resta saber se com maioria absoluta.
Se este Ps de Sócrates vai ou não ser capaz de inflectir o caminho do abismo para o qual alarvemente nos dirigimos, é algo que o futuro dirá. Mas estou em crer, e aí concordo com Pacheco Pereira, que é necessário querer muito mudar muito, mas não me parece que este Ps esteja nessa disposição.
E a primeira coisa que vai acontecer é o embate com os funcionários públicos que, esperançados no tal D. Sebastião, exigirão aumentos que, embora desejáveis, não são comportáveis pela miserável economia que temos.
Gritemos pois, esbracejemos, até podemos rezar. Duma coisa ninguém nos livra: qualquer governo que se siga, mesmo que do messiânico Cavaco, vai ter de continuar o aperto de cinto, reduzindo-nos à miséria em que colectivamente nos fomos enterrando, tanto por incúria como por incompetência.

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