quinta-feira, dezembro 02, 2004
O país ensandeceu
Depois de um feriado a pensar e a ler, entre outras coisas, os blogs que fazem opinião, cheguei à brilhante conclusão de que este país não tem hipótese: está tudo maluco.
Eu explico.
Começando por Jorge Sampaio, não consegui entender a lógica de se convidar este governo a apresentar e fazer aprovar o orçamento para 2005, sabendo-se que é no orçamento que reside parte dos fundamentos para o despedimento de Santana e seu séquito. Também não compreendo o seu silêncio.
Concordo com alguns raciocínios de Pacheco Pereira, no que respeita ao diagnóstico. Já não concordo com a terapêutica.
Ressuscitar Cavaco Silva é uma forma de sebastianismo. É o renascimento do cavaquismo com todos os defeitos, pelos vistos, já esquecidos e que o povo rejeitou. É trazer, de novo, a escola americana para a economia nacional, apresentando-a como a única e definitiva forma de orientar o país.
Cavaco não vai ser alternativa porque a isso se oporão os actuais donos do Psd santanista. E só é pena que não o seja porque me daria mote para infindáveis textos de recordações dos erros e tropelias das maiorias absolutas de Cavaco, ao que parece agora esquecidas.
Que o Ps vai ganhar as próximas eleições, parece-me óbvio. Resta saber se com maioria absoluta.
Se este Ps de Sócrates vai ou não ser capaz de inflectir o caminho do abismo para o qual alarvemente nos dirigimos, é algo que o futuro dirá. Mas estou em crer, e aí concordo com Pacheco Pereira, que é necessário querer muito mudar muito, mas não me parece que este Ps esteja nessa disposição.
E a primeira coisa que vai acontecer é o embate com os funcionários públicos que, esperançados no tal D. Sebastião, exigirão aumentos que, embora desejáveis, não são comportáveis pela miserável economia que temos.
Gritemos pois, esbracejemos, até podemos rezar. Duma coisa ninguém nos livra: qualquer governo que se siga, mesmo que do messiânico Cavaco, vai ter de continuar o aperto de cinto, reduzindo-nos à miséria em que colectivamente nos fomos enterrando, tanto por incúria como por incompetência.
Eu explico.
Começando por Jorge Sampaio, não consegui entender a lógica de se convidar este governo a apresentar e fazer aprovar o orçamento para 2005, sabendo-se que é no orçamento que reside parte dos fundamentos para o despedimento de Santana e seu séquito. Também não compreendo o seu silêncio.
Concordo com alguns raciocínios de Pacheco Pereira, no que respeita ao diagnóstico. Já não concordo com a terapêutica.
Ressuscitar Cavaco Silva é uma forma de sebastianismo. É o renascimento do cavaquismo com todos os defeitos, pelos vistos, já esquecidos e que o povo rejeitou. É trazer, de novo, a escola americana para a economia nacional, apresentando-a como a única e definitiva forma de orientar o país.
Cavaco não vai ser alternativa porque a isso se oporão os actuais donos do Psd santanista. E só é pena que não o seja porque me daria mote para infindáveis textos de recordações dos erros e tropelias das maiorias absolutas de Cavaco, ao que parece agora esquecidas.
Que o Ps vai ganhar as próximas eleições, parece-me óbvio. Resta saber se com maioria absoluta.
Se este Ps de Sócrates vai ou não ser capaz de inflectir o caminho do abismo para o qual alarvemente nos dirigimos, é algo que o futuro dirá. Mas estou em crer, e aí concordo com Pacheco Pereira, que é necessário querer muito mudar muito, mas não me parece que este Ps esteja nessa disposição.
E a primeira coisa que vai acontecer é o embate com os funcionários públicos que, esperançados no tal D. Sebastião, exigirão aumentos que, embora desejáveis, não são comportáveis pela miserável economia que temos.
Gritemos pois, esbracejemos, até podemos rezar. Duma coisa ninguém nos livra: qualquer governo que se siga, mesmo que do messiânico Cavaco, vai ter de continuar o aperto de cinto, reduzindo-nos à miséria em que colectivamente nos fomos enterrando, tanto por incúria como por incompetência.