segunda-feira, dezembro 20, 2004

 

Até sempre

De repente nada mais consigo escrever, meu amor.
Há um profundo vazio que se recusa a ser preenchido
Por sonhos que nunca se tornarão realidade, ai de mim.
É bom entrelaçarmo-nos em doces devaneios suspirados,
Em palavras lindas e em sentimentos de profunda devoção.
Mas destrói-nos a alma realizarmos por instantes
Que o sofrimento motivado pela privação permanente
Não passará nunca, por muito que façamos de conta.
Não vejo perspectivas de poder ser tua e, por consequência, de tu seres meu.
Deixemos repousar as coisas do coração por aqui, antes que nos aniquilem.
Porque as da amizade essas, para mim, serão eternas.
Intimo-te a que não me faltes em momento de aflição, se puderes!
Que eu tenho a coragem de fazer o que tem de ser feito e tu também o sabes.
És aquilo que de mais belo me aconteceu e resides já no meu peito num canto único.
Agora, retém as lágrimas.
Deixo-te o meu sorriso como símbolo do que foi o tempo nosso.
Que te acompanhe sempre um beijo que principia aqui...
Até sempre!


In:Cumplicidades
Porque a vida não é só política...

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