sexta-feira, setembro 30, 2005

 

Quotidiano rodoviário

Na minha passadeira de estimação, às oito e vinte, mais três batidinhos.
O da frente ultrapassou a passadeira com o embate.
Valeu ao miúdo ter olho vivo e pé ligeiro para, em dois pulos, lhe sair da frente.
Se tinham pressa, não lhes adiantou o estilo de competição urbana...

 

Por causa da seca...


Manifestação ecologista contra os campos de golfe.

quinta-feira, setembro 29, 2005

 

Com os tipos a fazerem aquecimento assim, a defesa do Porto ficou intimidada. O que valeu foi que só lá foram três vezes.

terça-feira, setembro 27, 2005

 

O Erro de Sócrates

Escreveu-se brilhantemente sobre o “Erro de Descartes”, mas ainda não se escreveu sobre o erro de Sócrates.
E não me digam que são vários, porque é apenas um: um erro de postura…
Veio a vida provar que, afinal, o professor da instrução primária de Sócrates cometeu um único erro na vida, ao afirmar que o actual primeiro-ministro tinha sido um dos dois alunos mais inteligentes que lhe tinham passado pelas mãos ao longo de mais de quarenta anos de ensino.
Sócrates não é inteligente. Pode até ser o primeiro político a pensar no dever em vez de pensar nos lucros eleitorais, mas isso só prova a sua incapacidade para liderar um partido e um país.
O que ele devia ter feito era mandar às urtigas o défice, aumentar os funcionários, subsidiar os combustíveis, olhar pudicamente para o lado face aos privilégios dos políticos, à diferenciação de tratamento entre trabalhadores do sector público e sector privado, respeitar integralmente os direitos adquiridos (mesmo os daquele tipo que anda a roubar há vinte anos e nunca foi apanhado e que, portanto, adquiriu o direito a roubar).
Depois, a coisa resolvia-se com a venda da TAP, da Caixa Geral de Depósitos, de todas as participações que o Estado ainda detêm.
Se isso não bastasse, socorria-se da receita de Bagão Félix: vendia todos os edifícios do Estado e depois alugava-os.
E quem viesse a seguir que apagasse a luz e fechasse a porta.
Ficaria com uma conotação de grande fautor do progresso dos portugueses e do seu bem estar.
É certo que, depois, ouviríamos essa altíssima figura da oposição que dá pelo nome de Marques Mendes acusá-lo de despesismo e de enganar o povo com um falso progresso. Mas quem é que queria saber disso, com a gasolina ao preço da uva mijona, os ordenados bem aumentados e os regimes especiais decididamente consolidados?
Mau rumo seguiu este Sócrates, que preferiu seguir um imperativo de consciência em vez de seguir o sentido da oportunidade política, do interesse partidário.Má sorte ter nascido coerente!

sexta-feira, setembro 23, 2005

 

O meu silêncio

Não é apenas por falta de tempo que ando arredado das minhas escrevinhações.
O meu silêncio deve-se, acima de tudo, a desencanto e irritação.
Nestas fases, fico irónico, cínico mesmo. A raiar o ofensivo.
E o que me irrita é quase tudo. Por exemplo:
- Se os vários candidatos a Presidentes da Câmara envolvidos em processos judiciais vencerem as eleições, devemos todos pintar as trombas de preto (eu próprio já comprei uma lata). Eu sei que até condenação todos são presumivelmente inocentes. Mas são todos uns figurões indignos de estarem à frente dos destinos de uma entidade pública.
- Disse-o na altura em que estava para arrancar o Euro 2004: os autarcas de Coimbra são como as donas de casa badalhocas que só limpam quando têm visitas. Efectivamente, em Coimbra alindaram-se os acessos ao chupa impostos que dá pelo nome de estádio municipal, não fossem os estrangeiros verem a porcaria em que vivíamos. Algumas avenidas beneficiaram desta maquilhagem a 50%. Como vamos ter eleições, estão agora a acabar o resto.
- Irritam-me os Fitipaldis suburbanos que passam nas avenidas a velocidades próprias das vias rápidas, à hora a que os miúdos as atravessam para irem para a escola. Só me resta uma consolação: o barulho de chapa a bater antes das passadeiras.
- Irritam-me os tipos que vão sempre na faixa da esquerda nas auto-estradas.
- O Marques Mendes faz-me pele de galinha quando fala como se nunca tivesse estado no poder, como se nunca tivesse sido ministro.
- Fico angustiado por não surgir uma manhã de nevoeiro para Cavaco Silva anunciar a sua candidatura. Mal sabe o pessoal que com um economicista na presidência o actual caminho se vai acentuar.
- Embora compreenda o problema psicológico que as alterações estão a provocar, não entendo como é que alguém pode vir para a rua exigir a manutenção de situações de privilégio em relação à restante população. Ainda nenhum dos visados me conseguiu explicar em que é que é mais português do que qualquer funcionário do sector privado que só se pode reformar aos 65 anos.
- Se o Estado não subsidia postos de trabalho nas empresas, porque é que hei-de subsidiar com os meus impostos aqueles que trabalham em institutos e organismos duplicados ou absolutamente inúteis?
- Fico espantado que as pessoas não tenham ainda entendido que em Portugal se vive muito acima das possibilidades reais da economia. Que a culpa é dos sucessivos governos que foram gerando na população a ilusão de estarmos numa economia de sucesso, não tenho dúvidas, mas também todos sabemos que não se pode acreditar em tudo o que nos dizem.
- Tenho cada vez mais a certeza de que a culpa disto não é exclusivamente do governo x ou y: é também um pouco de cada um de nós.
Alongar-me mais em relação a cada um destes temas seria entrar pelo politicamente incorrecto e passar a ser ofensivo para muita gente.
Já agora: não vou votar nas autárquicas, porque, em Coimbra, o candidato do Psd (actual presidente) é um frouxo sem ideias e porque o do PS já demonstrou a sua incapacidade nos diversos cargos que ocupou. As ideias dos outros não me agradam e considero-as impraticáveis.

terça-feira, setembro 13, 2005

 

Auschwitz e Birkenau: a constatação da ignomínia


Auschwitz: fornos de cremação. O rigor, a técnica e a eficiência alemãs ao serviço de uma causa Abominável. (Agosto de 2005)

 

Uma peça tecida com cabelo humano. (Agosto de 2005)

 

Cabelo humano num dos pavilhões de Auschwitz. (Agosto de 2005)

 

Campo de Concentração de Birkenau (Agosto de 2005)

 

Campo de concentração de Birkenau (Agosto de 2005).
A dimensão do campo não se obtem nas imagens televisivas.

 

Campo de Concentração de Birkenau (Agosto de 2005).
Garanto-vos que uma coisa é saber que isto existe e outra bem diferente é estar lá, sentir o local.
Estes pavilhões correspondem a uma estrutura concebida para albergar 25 cavalos. Ali dormiam 255 pessoas, três em cada prateleira.

 

Os chineses da Europa (2)

As previsões concretizaram-se: os alemães da Volkswagen decidiram construir o novo modelo na fábrica de Palmela.
Pelos vistos, os trabalhadores alemães não aceitaram a redução de 10% nos salários que lhes era proposta.
Desta vez correu bem: a crise do grupo Volkswagen impede a criação de raiz de uma fábrica num país do antigo Leste, recorrendo assim a uma estrutura já rentabilizada pelo monovolume. O facto de os trabalhadores portugueses ganharem um terço do salário alemão teve um peso significativo na decisão.
Mas, para avivar a curta memória nacional, recordo que, quando Bagão Félix era ministro do Trabalho – antes de se dedicar a martelar as contas públicas – o director da fábrica de Palmela veio ameaçar que encerrava as instalações se o novo Código do Trabalho não se aligeirasse no que respeita às garantias dos trabalhadores.
Afinal, mesmo que estivesse em vigor a antiga legislação laboral, escreveu-se direito por linhas tortas.
Tudo isto levanta outra questão que merece uma reflexão mais detalhada: até que ponto é que socialmente a Europa vai aguentar esta avalanche de eliminação de postos de trabalho?
É que, como pude constatar nestas férias de Agosto, o encerramento por deslocalização não afecta apenas Portugal, estando a provocar situações idênticas em França e na Alemanha.
Estou convencido que a crise gerada pelo preço do petróleo irá, mais cedo ou mais tarde, conduzir a um novo proteccionismo da União Europeia, sob pena de, não o fazendo, surgir gradualmente uma situação social muito parecida com a da Europa do princípio do século passado.
Bem podem acenar-nos com as virtudes do modelo americano e com a inevitabilidade da sua adopção na Europa: não só não é inevitável como dificilmente se vislumbram as virtudes de um modelo que aceita de bom grado a existência de 10% da população abaixo do limiar da pobreza.

sexta-feira, setembro 09, 2005

 

Colin Powell e Pacheco Pereira

Pacheco Pereira tem-se positivamente estortegado e feito o pino (intelectualmente falando é claro) para desculpabilizar a actuação - ou a falta dela - da administração americana perante a catástrofe de New Orleans, numa atitude de complacência e quase cumplicidade rigorosamente contrastante com a que praticou face ao recentes incêndios.
Espero para ver a sua reacção às declarações críticas de Colin Powell, um homem do sistema, nesta
NOTÍCIA.

 

Sugestão


Já que temos o fim de semana estragado por um tempo duvidoso, este restaurante pode muito bem constituir uma alternativa interessante.
Para não ser acusado de sexista, prometo que vou procurar a alternativa no masculino...

quinta-feira, setembro 08, 2005

 

A minha alternativa

Foi hoje aprovado o novo quadro sobre remunerações dos gestores públicos, limitando muitas das suas regalias e privilégios.
Não sou gestor de uma empresa pública e nunca hei-de ser, mas as críticas da Cgtp ao facto de não se ter estabelecido um tecto para os salários dos gestores, motivou-me a apresentar a minha proposta que, por certo, agradará àquela central sindical.
Para tornar o meu raciocínio mais nítido, vamos tomar como exemplo o mundo do futebol e vamos imaginar que queremos criar uma equipa de raiz.
O primeiro passo a dar, para obtermos uma equipa de sucesso, é contratarmos bons profissionais. Estes profissionais têm um preço aferido pelo seu desempenho e, assim, se os queremos bons, temos que lhes pagar pelos valores de mercado. De nada nos servirá acenarmos-lhes com o amor à camisola se o clube do lado lhes acena com ordenados avultados.
Assim sendo, na falta de orçamento capaz, teremos de ir para valores mais consentâneos com as finanças do clube e contratamos jogadores baratos sem provas dadas. Os resultados serão coincidentes e, por maior que seja o empenho, aparecer no meio da tabela já será uma vitória, ainda que moral.
Sempre achei que a administração da Tap deveria ser demitida, como foi intenção do governo de Durão Barroso, para a substituir por um conjunto de comissários políticos mais baratos. Ao contrário do exemplar trabalho desta administração, já teriam mandado a Tap à falência. Mas eram baratos e calariam a gloriosa inveja nacional, sempre emparelhada com a mediocridade de quem nada de relevante consegue fazer.
Ficaríamos sem a transportadora nacional, teríamos dado emprego a meia dúzia de inúteis nacionais e berraríamos aos quatro ventos que o Estado é mau gestor, enfim, ficaríamos felizes por darmos concretização ao nosso mais profundo pessimismo.
Por tudo isto, após longa discussão aqui no bordel, ouvidas que foram as competentes meretrizes, proponho:
- Que seja requisito essencial, para desempenhar o cargo de gestor público, nunca ter exercido qualquer actividade na área da gestão ou, condição preferencial, que tenha mandado à falência pelo menos uma empresazita (o número de falências aqui é factor de relevo);
- Que o candidato não ultrapasse em habilitações o 12º ano, sendo dada preferência aos provenientes da área de desporto ou das humanísticas.
- Que o vencimento seja o correspondente ao salário mínimo nacional, contratado a termo por um período de seis meses, eventualmente renovável se os resultados forem verdadeiramente maus.
- Que tenha mais de 35 anos e se encontre à procura do 1º emprego.
- Que seja capaz de escrever o próprio nome sem erros.
Será condição essencial para a admissão, a realização de testes nos quais fique inequivocamente demonstrado que desconhece em absoluto a diferença entre débito e crédito, que pense que mercado é apenas um sítio onde se vendem hortaliças, que downsising é baixar as cuecas da vizinha do lado, que utilize por sistema palavras do tipo vestoria ou expressões como controlar a rotunda.
Espero que, deste modo, a central sindical e todos aqueles que consideram que se conseguem fazer filhós com água (estou hoje muito regionalista) fiquem felizes, seguindo o lema: de vitória em vitória até à derrota final.

 

Má sorte ter nascido iraquiano

Em relação a situações destas, diz-se na minha terra: se mal de arado, pior de charrua!
A notícia AQUI.

quarta-feira, setembro 07, 2005

 

Obrigado

No momento em que se afirma a intenção de contratar médicos estrangeiros, para colmatar as carências de clínicos, impõe-se um agradecimento em nome de todos os candidatos preteridos com 18 valores, que ao longo dos anos viram recusada a sua pretensão de serem médicos.
Vamos agora contratar os excedentes clínicos que, por terem notas baixas, não conseguem colocação nos respectivos países. Fica aqui o meu agradecimento aos governantes desta democracia de faz de conta, no qual englobo os deputados e essa organização penumbrática que dá pelo nome de Ordem dos Médicos, que não vê com bons olhos o aumento da concorrência.
E ainda há quem diga que o título do meu blog não tem justificação!!!

 

Desempregos

Eu a pensar que era uma notícia, ali à espera que me dissessem o resto e, afinal, era apenas um comentário político.
Serviram-nos a coisa por metades: há 40.000 professores sem emprego.
Mas não nos disseram quantos engenheiros estão desempregados, quantos psicólogos, quantos economistas, quantos biólogos, quantos juristas, enfim, quantos licenciados estão desempregados, na sua maioria à procura do primeiro emprego.
Eu sei que o sindicato dos professores não existe para defender os licenciados que não se candidatam ao ensino. O que me parece é que não pode um sindicato exigir um tratamento de excepção para um grupo de licenciados, quando os outros têm uma expressão numérica bastante mais significativa.

segunda-feira, setembro 05, 2005

 

Euforia à vista

Prevejo um elevadíssimo e crescente estado de euforia a surgir muito em breve naquilo que é importante, ou seja, no futebol.
Um resultado de 6-0 só pode vir a ser um poderoso anestésico para a sociedade portuguesa.
Se o jogo com a Rússia tiver um resultado expressivo, é efeito garantido.
Vá lá: nem tudo pode ser mau.

 

Os "chineses" da Europa

Em Março passado os jornais brasileiros apresentaram, com um intervalo de três dias, duas visões diferentes do comércio mundial.
Num dia queixavam-se dos argentinos que estavam a levantar barreiras à entrada de produtos brasileiros.
No outro, ameaçavam os chineses com taxas alfandegárias à entrada de vários produtos chineses no Brasil.
Por cá a história é a mesma: enquanto figuras como Alberto João e os empresários do sector têxtil pretendem travar as exportações da China, os nossos trabalhadores da Auto Europa são usados como meio de pressão sobre os trabalhadores alemães da Vokswagen.
É hoje notícia que a Volkswagen pretende despedir 10.000 trabalhadores nas suas fábricas na Alemanha e que, no âmbito dessa “reestruturação”, ameaçam os seus trabalhadores com a utilização de Portugal para o fabrico de novos modelos, caso não aceitem uma redução de 10% nos seus salários.
Passamos assim, para os trabalhadores alemães, a ser os chineses da Europa.
Dado que estamos perante um fenómeno raro em Portugal de deslocalização ao contrário, fico à espera da posição dos sindicatos e centrais sindicais.
Depois, quando mais tarde os trabalhadores portugueses forem confrontados com idêntico ultimato, quero também saber se vão manter a coerência.
Estou para ver se existem deslocalizações boas e más.

sexta-feira, setembro 02, 2005

 

Não me posso calar

Chamem-me racista, xenofobo, o que vos apetecer, mas não consigo calar um sentimento de revolta ao assistir um destes dias na televisão aos desfiles de emigrantes negros em França, exigindo casas melhores.
É que me lembro de na década de sessenta os portugueses terem emigrado para França e ali terem vivido numa coisa chamada Bidonville. Tratava-se de verdadeiros bairros da lata construídos com chapa de bidons. Não vi então os portugueses manifestarem-se nas ruas nem os activistas brancos a motivarem essas manifestações. Viraram-se e lá se foram integrando, passando muitos deles a ter uma vida semelhante à dos franceses.
Não vejo os emigrantes de leste ou chineses, indianos, etc. que têm chegado à Europa, a reivindicarem habitações: viram-se, fazem-se à vida e lá vão resolvendo os seus problemas sem cairem na pedinchice.
Sei agora que, se um dia me der para emigrar, devo pintar a cara de preto: sou imediatamente objecto de descriminação positiva.
Parece-me ser um caso de racismo ao contrário.
Custa-me que estas ideias coincidam com as da extrema direita, mas já estou farto de ver os nacionais de Portugal ou França terem de lutar para terem uma casa e depois aparecerem uns tipos que se arrogam o direito a terem de borla aquilo que todos temos de pagar.
Os nossos filhos quando quiserem ser autonomos terão de comprar ou arrendar uma casa, não irão para a rua aos berros de "quero uma casinha..."
Pronto, já desabafei!!!

 

O renovado ciclo do caranguejo

A história enoja, mas pronto: é com uns desgraçadinhos que vivem do outro lado do mar.
Consiste na velha história das favelas palafitas, cujos habitantes despejam todos os seus dejectos no mar, sendo comidos pelos caranguejos que são a alimentação básica dos próprios habitantes da favela.
Sabemos agora que as vacas europeias, particularmente as inglesas, foram alimentadas a partir de rações nas quais foram incorporadas ossadas e restos humanos da cremação no Ganges. Segundo o estudo, foram esses despojos humanos que terão transmitido a BSE às vacas e não estas aos humanos.
Fiquem a saber que, afinal, também existe o ciclo da vaca e, desta vez, para o pessoal do lado de cá.
Mal sabia o Tony Blair que, indirectamente, andava a comer cidadãos indianos mortos.
E você, caro leitor, tem a certeza que nunca saboreou um defunto indiano?
A notícia
AQUI

 

Ineficácia

A do país mais poderoso e rico do mundo, que é capaz de invadir países e não é capaz de controlar a situação em New Orleans ou prestar a tempo a assistência que se impõe.
Ficamos também a saber que os campeões da liberalização e globalização têm uma norma que impede navios petroleiros estrangeiros de operarem nos seus domínios.
Contradições de quem parece estar mais preparado para os acontecimentos da guerra do que para os da paz.

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