segunda-feira, julho 30, 2007
E agora, algo ainda melhor...
Afinal a grande falta de meios da Madeira para fazer face às despesas da I.V.G. salda-se por 0,07% do orçamento regional da saúde ou, mais notável ainda, por um quarto do montante atribuído pelo governo regional ao... Rally da Madeira.
Agora digam lá que o homem não anda a gozar com a gente!
Afinal eu sou meigo com o homem!!!
Sobre Alberto João Jardim, diz Baptista Bastos:
Alberto João Jardim não é inimputável, não é um jumento que zurra desabrido, não é um matóide inculpável, um oligofrénico, uma asneira em forma de humanóide, um erro hilariante da natureza.
Alberto João Jardim é um infame sem remissão, e o poder absoluto de que dispõe faz com que proceda como um canalha, a merecer adequado correctivo.
Em tempos, já assim alguém o fez. Recordemos. Nos finais da década de 70, invectivando contra o Conselho da Revolução, Jardim proclamou: «Os militares já não são o que eram. Os militares efeminaram-se». O comandante do Regimento de Infantaria da Madeira, coronel Lacerda, envergou a farda número um, e pediu audiência ao presidente da Região Autónoma da Madeira. Logo-assim, Lacerda aproximou-se dele e pespegou-lhe um par de estalos na cara. Lamuriou-se, o homenzinho, ao Conselho da Revolução. Vasco Lourenço mandou arrecadar a queixa com um seco: «Arquive-se na casa de banho».
A objurgatória contra chineses e indianos corresponde aos parâmetros ideológicos dos fascistas. E um fascista acondiciona o estofo de um canalha. Não há que sair das definições. Perante os factos, as tímidas rebatidas ao que ele disse pertencem aos domínios das amenidades. Jardim tem insultado Presidentes da República, primeiros-ministros, representantes da República na ilha, ministros e outros altos dignitários da nação. Ninguém lhe aplica o Código Penal e os processos decorrentes de, amiúde, ele tripudiar sobre a Constituição. Os barões do PSD babam-se, os do PS balbuciam frivolidades, os do CDS estremecem, o PCP não utiliza os meios legais, disponentes em assuntos deste jaez e estilo. Desculpam-no com a frioleira de que não está sóbrio. Nunca está sóbrio?
O espantoso de isto tudo é que muitos daqueles pelo Jardim periodicamente insultados, injuriados e caluniados apertam-lhe a mão, por exemplo, nas reuniões do Conselho de Estado. Temem-no, esta é a verdade. De contrário, o que ele tem dito, feito e cometido não ficaria sem a punição que a natureza sórdida dos factos exige. Velada ou declaradamente, costuma ameaçar com a secessão da ilha. Vicente Jorge Silva já o escreveu: que se faça um referendo, ver-se-á quem perde.
A vergonha que nos atinge não o envolve porque o homenzinho é o que é: um despudorado, um sem-vergonha da pior espécie. A cobardia do silêncio cúmplice atingiu níveis inimagináveis. Não pertenço a esse grupo.
Alberto João Jardim é um infame sem remissão, e o poder absoluto de que dispõe faz com que proceda como um canalha, a merecer adequado correctivo.
Em tempos, já assim alguém o fez. Recordemos. Nos finais da década de 70, invectivando contra o Conselho da Revolução, Jardim proclamou: «Os militares já não são o que eram. Os militares efeminaram-se». O comandante do Regimento de Infantaria da Madeira, coronel Lacerda, envergou a farda número um, e pediu audiência ao presidente da Região Autónoma da Madeira. Logo-assim, Lacerda aproximou-se dele e pespegou-lhe um par de estalos na cara. Lamuriou-se, o homenzinho, ao Conselho da Revolução. Vasco Lourenço mandou arrecadar a queixa com um seco: «Arquive-se na casa de banho».
A objurgatória contra chineses e indianos corresponde aos parâmetros ideológicos dos fascistas. E um fascista acondiciona o estofo de um canalha. Não há que sair das definições. Perante os factos, as tímidas rebatidas ao que ele disse pertencem aos domínios das amenidades. Jardim tem insultado Presidentes da República, primeiros-ministros, representantes da República na ilha, ministros e outros altos dignitários da nação. Ninguém lhe aplica o Código Penal e os processos decorrentes de, amiúde, ele tripudiar sobre a Constituição. Os barões do PSD babam-se, os do PS balbuciam frivolidades, os do CDS estremecem, o PCP não utiliza os meios legais, disponentes em assuntos deste jaez e estilo. Desculpam-no com a frioleira de que não está sóbrio. Nunca está sóbrio?
O espantoso de isto tudo é que muitos daqueles pelo Jardim periodicamente insultados, injuriados e caluniados apertam-lhe a mão, por exemplo, nas reuniões do Conselho de Estado. Temem-no, esta é a verdade. De contrário, o que ele tem dito, feito e cometido não ficaria sem a punição que a natureza sórdida dos factos exige. Velada ou declaradamente, costuma ameaçar com a secessão da ilha. Vicente Jorge Silva já o escreveu: que se faça um referendo, ver-se-á quem perde.
A vergonha que nos atinge não o envolve porque o homenzinho é o que é: um despudorado, um sem-vergonha da pior espécie. A cobardia do silêncio cúmplice atingiu níveis inimagináveis. Não pertenço a esse grupo.
Jornal de Negócios de 30 de Julho de 2007
O português ideal
Na net corre um risonho comentário sobre o português ideal. Assim: tem uma pensão de 1600 contos por mês; tem dois meses de férias como os juízes; reforma-se aos 57 anos como os enfermeiros; acumula um lugar de vogal na Fundação Luso-Americana com o seu emprego, como o dr. Vítor Constâncio; tem o sistema de saúde dos polícias; tem uma verruga mais uma dioptria no olho esquerdo, e mais outro achaque qualquer para chegar aos 80 por cento de deficiência, e quase não paga inpostos; tem a esposa na TAP e viaja com descontos; tem um pai militar e faz as compras na Manutenção Militar; tem a mãe médica e não paga consultas, ao abrigo do estatuto deontológico da Ordem dos Médicos; e possui um cartão do PS e outro do PSD pelo que arranja sempre um «tacho».
Citando Baptista Bastos (Jornal de Negócios)
sexta-feira, julho 27, 2007
Intervenção notável!!!
Até ao momento, a intervenção pública do ano é a de um notável dirigente sindical dos professores, indignando-se com os erros nas provas de exame.
Então mas não terão sido professores a elaborar as provas?
Ou não estariam os ditos professores sindicalizados?
Esta, nem o célebre discurso do deserto a Sul do Tejo consegue bater.
quinta-feira, julho 26, 2007
Um dia destes...
Foto de Gervais Appave
... reformo-me. Depois vai ser um mimo a passear as artroses e o reumatismo por paisagens tão idílicas como esta.
Depois, direi entusiasmado: foi bom estar vivo!!!
... reformo-me. Depois vai ser um mimo a passear as artroses e o reumatismo por paisagens tão idílicas como esta.
Depois, direi entusiasmado: foi bom estar vivo!!!
Espantos de um Português Ingénuo
1. Afinal, um tipo sem voz, que não consegue mesmo falar, está apto para ser professor. De língua gestual, presumo…
Seguindo esta linha de raciocínio superior da remodelada junta médica da Caixa Geral de Aposentações, um tipo sem braços nem pernas pode conduzir camiões… com o nariz!
2. Em relação à atitude do Kaiser da Madeira quanto à lei da interrupção voluntária da gravidez, tenho andado a pensar se não seria boa ideia fazer-se um referendo para saber se o povo português não quererá tornar a ilha independente. Mas depois pensei melhor e concluí que não valia a pena. Pois se o figurão não aceita os resultados dos referendos, nem assim nos conseguíamos livrar dele.
Começou por dizer que tinha ganho o não lá na ilha. Depois passou para a falta de condições dos hospitais, agora já vai na falta de condições orçamentais. Ó senhor, beba lá um copo e diga com franqueza que é contra o sim à I.V.G. e que seja nesta seja noutra qualquer matéria, tudo fará para chatear o continente
Sempre vos digo que tenho para mim como certo que lá na intimidade o Kaiser Alberto João se deve rir a bandeiras despregadas do pessoal do continente. É que tem feito de nós todos parvos, goza com o pessoal e ninguém resolve o problema.
Muito sinceramente poderia fazer aqui um discurso profundo acerca das virtudes da seriedade na governação, etc. etc. Mas não vale pena. O tipo não merece o trabalho. Só merece ser retribuído com um banho de gozo igual ao que nos tem dado a nós, reles cubanos.
Mas não deixo de pensar que esta coisa de reelegerem o homem tantas vezes é muito semelhante à reeleição do Bush, apesar de se ter provado que andava a mentir ao povito.
Se calhar cada um tem a sorte que merece…
E quanto ao Kaiser fico-me por aqui, antes que comece a praguejar… posso ficar como ele!
3. Andou para aí um falatório porque a ministra da educação não punha termo ao processo Charrua. Pôs-lhe termo e veio um falatório porque lhe tinha posto termo. Tenho de ver o que é que estes tipos andam a beber para ver se deixo de me espantar…
4. Andam os incêndios incontroláveis lá para as bandas da Grécia e de Itália. Já morreram pessoas e apesar dos esforços de bombeiros de vários países, não se vê um fim para a situação. Se fosse cá pelas lusitanas florestas não faltariam debates como um de que me lembro aqui há uns anos cujo tema era: “Porque ardem as florestas portuguesas?”
A resposta era simples e ninguém a deu: porque são constituídas por um produto facilmente inflamável!!! Mas realmente, incêndios incontroláveis só neste país.
Seguindo esta linha de raciocínio superior da remodelada junta médica da Caixa Geral de Aposentações, um tipo sem braços nem pernas pode conduzir camiões… com o nariz!
2. Em relação à atitude do Kaiser da Madeira quanto à lei da interrupção voluntária da gravidez, tenho andado a pensar se não seria boa ideia fazer-se um referendo para saber se o povo português não quererá tornar a ilha independente. Mas depois pensei melhor e concluí que não valia a pena. Pois se o figurão não aceita os resultados dos referendos, nem assim nos conseguíamos livrar dele.
Começou por dizer que tinha ganho o não lá na ilha. Depois passou para a falta de condições dos hospitais, agora já vai na falta de condições orçamentais. Ó senhor, beba lá um copo e diga com franqueza que é contra o sim à I.V.G. e que seja nesta seja noutra qualquer matéria, tudo fará para chatear o continente
Sempre vos digo que tenho para mim como certo que lá na intimidade o Kaiser Alberto João se deve rir a bandeiras despregadas do pessoal do continente. É que tem feito de nós todos parvos, goza com o pessoal e ninguém resolve o problema.
Muito sinceramente poderia fazer aqui um discurso profundo acerca das virtudes da seriedade na governação, etc. etc. Mas não vale pena. O tipo não merece o trabalho. Só merece ser retribuído com um banho de gozo igual ao que nos tem dado a nós, reles cubanos.
Mas não deixo de pensar que esta coisa de reelegerem o homem tantas vezes é muito semelhante à reeleição do Bush, apesar de se ter provado que andava a mentir ao povito.
Se calhar cada um tem a sorte que merece…
E quanto ao Kaiser fico-me por aqui, antes que comece a praguejar… posso ficar como ele!
3. Andou para aí um falatório porque a ministra da educação não punha termo ao processo Charrua. Pôs-lhe termo e veio um falatório porque lhe tinha posto termo. Tenho de ver o que é que estes tipos andam a beber para ver se deixo de me espantar…
4. Andam os incêndios incontroláveis lá para as bandas da Grécia e de Itália. Já morreram pessoas e apesar dos esforços de bombeiros de vários países, não se vê um fim para a situação. Se fosse cá pelas lusitanas florestas não faltariam debates como um de que me lembro aqui há uns anos cujo tema era: “Porque ardem as florestas portuguesas?”
A resposta era simples e ninguém a deu: porque são constituídas por um produto facilmente inflamável!!! Mas realmente, incêndios incontroláveis só neste país.
domingo, julho 08, 2007
As árvores também sentem solidão?
Justificação com síntese
Antes de mais uma justificação para aqueles que tiveram a paciência de aqui aturar as minhas rabugices quase quotidianas.
Há cerca de um ano a minha vida sofreu uma mudança súbita que me obrigou a repensar quase tudo e a fugir para a frente, que sempre foi o meu modo de reagir à maior parte das adversidades.
Lamentamo-nos nestas situações, mas cada vez mais reforço a ideia de que a vida só é plenamente vivida quando existem desafios para vencer.
Embora esse processo ainda não esteja totalmente resolvido, recomecei nos últimos tempos a sentir a premência do vício de escrever.
Para alguns será uma boa notícia. Para outros nem tanto.
Bem-vindos à polémica…
Há cerca de um ano a minha vida sofreu uma mudança súbita que me obrigou a repensar quase tudo e a fugir para a frente, que sempre foi o meu modo de reagir à maior parte das adversidades.
Lamentamo-nos nestas situações, mas cada vez mais reforço a ideia de que a vida só é plenamente vivida quando existem desafios para vencer.
Embora esse processo ainda não esteja totalmente resolvido, recomecei nos últimos tempos a sentir a premência do vício de escrever.
Para alguns será uma boa notícia. Para outros nem tanto.
Bem-vindos à polémica…
Neste entretanto, inúmeras situações passaram sem um comentário deste Vosso refilão.
- Um Ministro da Agricultura suspendeu um concurso de atribuição de subsídios por existirem irregularidades prejudicando de igual modo os cumpridores e os golpistas.
- Um Ministro da Saúde encerrou maternidades e serviços de urgência e não soube explicar essas medidas. Recordo aos mais esquecidos que já Leonor Beleza tinha feito o mesmo, num processo que não ficou concluído. Também Espanha que tanto serve de bom exemplo para os lusitanos tomou idênticas medidas há cerca de dez anos.
- Estabeleceu-se a paridade de acesso à reforma na Função Pública e no sector privado. Decisão absolutamente injusta porquanto não se compreende porque raio de cargas de água hão-de os funcionários do Estado ser tratados em pé de igualdade com o resto do pessoal.
- Alberto João demite-se por causa de uma redução de 2% (é verdade que os princípios não se avaliam em números) e recandidata-se para governar sem os mesmos 2%.
- Cavaco Silva ganha as eleições tornando-se a melhor prenda para Sócrates e deixa a oposição de direita órfã de argumentos.
- Sócrates, indiscutivelmente engenheiro técnico pelo Instituto Superior de Engenharia de Coimbra, vê-se envolvido numa história de notas lançadas ao Domingo e outras diatribes que me obrigaram a ir à minha faculdade (que estes tipos da Universidade de Coimbra também não batiam bem quando por lá andei) verificar se estava tudo direitinho e se nenhum Prof. tinha andado a lançar notas no Dia do Trabalhador ou coisa do género. Sim, que ninguém sabe o dia de amanhã e ainda posso vir a ser primeiro-ministro se ninguém para lá quiser ir e me der para me entregar à nobre causa de salvar a coisa pública.
Agora perfeita, perfeita (como diz o outro) é a ideia que vou explanar no próximo post: perfeita!!!
Regresso
Que melhor modo para reiniciar a vida deste blog que uma poesia de Fernando Pessoa?
Dizem?
Esquecem.
Não dizem?
Dissessem.
Fazem?
Fatal.
Não fazem?
Igual.
Por quê
Esperar?
- Tudo é
Sonhar
Dizem?
Esquecem.
Não dizem?
Dissessem.
Fazem?
Fatal.
Não fazem?
Igual.
Por quê
Esperar?
- Tudo é
Sonhar