quarta-feira, novembro 16, 2005

 

Onze Euros!

O salário mínimo nacional vai aumentar onze euros.
Como em tudo na vida ou na bebida, é a história da garrafa meia cheia ou meia vazia.
Diz um representante do patronato que muitas empresas irão encerrar com tão lauto aumento. Que não aguentam.
Valia mais que estivesse calado.
É que, das duas uma: ou são empresas que empregam mão-de-obra intensiva não qualificada e nunca se preocuparam com a qualificação dos seus trabalhadores ou então não se compreende como é que o aumento de onze euros pode levar uma empresa a fechar.
Tomemos como exemplo os salários mínimos de qualquer país europeu e concluiremos que a falta de competitividade não tem relação com o nível de remunerações. A não ser que o tal senhor queira nivelar os salários com a Índia para atingir a excelência em termos de capacidade de competir.
Bem se compreende, com mentalidades destas, a debilidade do tecido empresarial português.
Por outro lado os sindicatos dizem que é pouco, esquecendo-se de dizer que foi o maior aumento de sempre.
De facto é pouco, mas as implicações em tudo o que está indexado ao salário mínimo já constituem um impacto apreciável. Eu diria que se fez o que se pôde, mas também nisto as paixões podem ditar opiniões diferentes.

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