segunda-feira, novembro 21, 2005
O primeiro passo
A ser verdadeira a notícia hoje divulgada pela TSF, a Alemanha está a dar o primeiro passo no sentido do retrocesso nas regalias sociais que foram marcando a Europa depois da Segunda Guerra Mundial.
Vinda da Alemanha, o motor da Europa, a intenção de diminuir em 50% o subsídio de Natal dos funcionários públicos no próximo ano e aumentar o horário semanal em uma hora, constitui o segundo sintoma de que o velho continente, tal como o conhecemos, está a morrer.
O primeiro sintoma constata-se na recente onda de violência contestatária que assolou a França.
Juntemos a tudo isto a intenção alemã de aumentar impostos e diminuir subsídios públicos e começará a ficar explicado aquilo que aqui disse em 26 de Agosto sobre um ambiente de insegurança no futuro que transparecia tanto na Alemanha como em França ou na Áustria.
Quer se queira quer não, a Europa vai ter de rever uma parte substancial da sua mentalidade e do modo como se relaciona com o resto do mundo, sob pena de, não o fazendo, ver alastrar por todo o continente uma onda de contestação generalizada e o aproveitamento dessa situação por todos aqueles que, de algum modo, se sentem à margem ou apenas querem espalhar a confusão.
A ausência de empregos irá conduzir inevitavelmente a novas políticas face à imigração e a uma situação de excepção que legitimará o retrocesso dos apoios sociais ao nível do pós-guerra.
Mas esta decisão alemã conduz também à conclusão de que o governo de Sócrates até tem sido meiguinho nas suas medidas de combate ao défice.
Resta saber se a economia nacional aguenta esta meiguice ou se ainda vai ser necessário seguir este e outros passos da Alemanha que, como se sabe, tem uma dimensão económica invejável em nada semelhante à nossa.
Vinda da Alemanha, o motor da Europa, a intenção de diminuir em 50% o subsídio de Natal dos funcionários públicos no próximo ano e aumentar o horário semanal em uma hora, constitui o segundo sintoma de que o velho continente, tal como o conhecemos, está a morrer.
O primeiro sintoma constata-se na recente onda de violência contestatária que assolou a França.
Juntemos a tudo isto a intenção alemã de aumentar impostos e diminuir subsídios públicos e começará a ficar explicado aquilo que aqui disse em 26 de Agosto sobre um ambiente de insegurança no futuro que transparecia tanto na Alemanha como em França ou na Áustria.
Quer se queira quer não, a Europa vai ter de rever uma parte substancial da sua mentalidade e do modo como se relaciona com o resto do mundo, sob pena de, não o fazendo, ver alastrar por todo o continente uma onda de contestação generalizada e o aproveitamento dessa situação por todos aqueles que, de algum modo, se sentem à margem ou apenas querem espalhar a confusão.
A ausência de empregos irá conduzir inevitavelmente a novas políticas face à imigração e a uma situação de excepção que legitimará o retrocesso dos apoios sociais ao nível do pós-guerra.
Mas esta decisão alemã conduz também à conclusão de que o governo de Sócrates até tem sido meiguinho nas suas medidas de combate ao défice.
Resta saber se a economia nacional aguenta esta meiguice ou se ainda vai ser necessário seguir este e outros passos da Alemanha que, como se sabe, tem uma dimensão económica invejável em nada semelhante à nossa.