quarta-feira, outubro 26, 2005
Estou quase convencido
Andei estes dias em meditação e finalmente estou convencido, ou quase, da justeza de algumas reivindicações. Então a greve de hoje deixou-me praticamente convertido.
Estou convencido que o trabalho de um funcionário de qualquer secretaria do Estado é mais stressante do que o de qualquer administrativo de uma empresa privada.
Um director de serviços do sector público cansa-se mais, muito mais, do que um gestor de uma empresa têxtil, por exemplo.
Um jurista da Sonae tem um trabalho muito mais leve que um delegado do ministério público.
Um professor do ensino particular desgasta-se menos que um do ensino público.
Todo o pessoal que trabalha nas fábricas, nos escritórios, nos supermercados, etc. tem uma vida muito mais tranquila, mais segura e despreocupada do que qualquer funcionário público.
Podem agora dizer que destilo ódio aos funcionários públicos (o que não é verdade), mas certinho mesmo é que ainda ninguém me conseguiu convencer das razões que dão direito a qualquer pessoa da função pública poder reformar-se mais cedo do que os do sector privado.
Têm os funcionários o sono tranquilo de quem sabe que o patrão não foge com a empresa para um país de salários baixos.
Ainda não provaram o sabor do despedimento colectivo, dos salários em atraso, da incerteza do amanhã.
Não têm aumentos que compensem a inflação, é certo. Mas ainda não foram convocados para uma reunião onde lhes é dito que se não aceitarem reduzir os vencimentos em 25% ou aumentarem as horas de trabalho sem a respectiva remuneração, a empresa fecha inevitavelmente.
O que eu não consigo de todo compreender é como é que a redução das férias, a mudança de regime de assistência médica e a reforma igual à dos outros cidadãos, põe em causa a independência dos tribunais e respectivos agentes.
Digam-me que um polícia não pode andar nas ruas a combater bandidos aos 60 anos, que um professor não consegue aturar 25 putos malcriados com a mesma idade, mas não me digam que, por isso, estão incapacitados de prestar qualquer tipo de serviço compatível à sociedade que, se fossem trabalhadores do sector privado, teriam sempre de prestar.
Estou convencido que o trabalho de um funcionário de qualquer secretaria do Estado é mais stressante do que o de qualquer administrativo de uma empresa privada.
Um director de serviços do sector público cansa-se mais, muito mais, do que um gestor de uma empresa têxtil, por exemplo.
Um jurista da Sonae tem um trabalho muito mais leve que um delegado do ministério público.
Um professor do ensino particular desgasta-se menos que um do ensino público.
Todo o pessoal que trabalha nas fábricas, nos escritórios, nos supermercados, etc. tem uma vida muito mais tranquila, mais segura e despreocupada do que qualquer funcionário público.
Podem agora dizer que destilo ódio aos funcionários públicos (o que não é verdade), mas certinho mesmo é que ainda ninguém me conseguiu convencer das razões que dão direito a qualquer pessoa da função pública poder reformar-se mais cedo do que os do sector privado.
Têm os funcionários o sono tranquilo de quem sabe que o patrão não foge com a empresa para um país de salários baixos.
Ainda não provaram o sabor do despedimento colectivo, dos salários em atraso, da incerteza do amanhã.
Não têm aumentos que compensem a inflação, é certo. Mas ainda não foram convocados para uma reunião onde lhes é dito que se não aceitarem reduzir os vencimentos em 25% ou aumentarem as horas de trabalho sem a respectiva remuneração, a empresa fecha inevitavelmente.
O que eu não consigo de todo compreender é como é que a redução das férias, a mudança de regime de assistência médica e a reforma igual à dos outros cidadãos, põe em causa a independência dos tribunais e respectivos agentes.
Digam-me que um polícia não pode andar nas ruas a combater bandidos aos 60 anos, que um professor não consegue aturar 25 putos malcriados com a mesma idade, mas não me digam que, por isso, estão incapacitados de prestar qualquer tipo de serviço compatível à sociedade que, se fossem trabalhadores do sector privado, teriam sempre de prestar.