quarta-feira, agosto 31, 2005
Futebolite aguda
Só um país muito estranho, com jornalistas mais estranhos ainda, pode conferir a dignidade de transmissão em directo à contratação de um jogador de futebol, seja ele de que clube for.
Será provavelmente a mesma atitude que faz com que o jornal mais lido seja um jornal de futebol.
Com os problemas nacionais que temos, com o país a arder e a cair aos bocados, somos levados a concluir que a contratação de um jogador de futebol é um passo significativo na melhoria da situação dos portugueses.
Dizia-se, no tempo do fascismo, que Portugal era o país dos três Fs: Fátima, Fado e Futebol.
Perdemos o Fado, ganhamos o Big Brother e a Quinta das Celebridades.
Quanto a Fátima, continua presente e, segundo os resultados de 2004, uma das empresas mais prósperas do país.