segunda-feira, agosto 22, 2005

 

Coimbra sufocada


Subitamente, bem no centro da cidade, chovem bombas incendiárias sob a forma de casca de eucalipto em brasa, logo ateada pelo vento.
A imagem é do pequeno pinhal nas traseiras da minha casa e foi tirada às 4 horas.
Para complicar a situação, as mangueiras que todos tinhamos disposto estrategicamente, não tinham água, tal era o volume de utilização das bombas de incêndio pelos bombeiros. Valeu a água das piscinas e de um furo de uma das casas para evitar males maiores.
A tentativa de passar os carros para a frente das casas mostrou-se infrutífera: os mirones, que toda a noite correram a cidade sem prestarem qualquer auxílio quando ele era possível, tinham ocupado a rua. Deu-me vontade de lhes soltar o cão.
Agora, a atmosfera mantém-se irrespirável e o fumo continua a libertar-se de vários pontos onde as brasas ainda vão moendo.
Como se vê, os incêndios flortestais não são um fenómeno exclusivamente rural.

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