quarta-feira, agosto 24, 2005

 

Autarquias em crise

Na sequência do último relatório do Banco de Portugal, ficamos a saber que as autarquias aumentaram brutalmente as despesas e o endividamento este ano.
Ao que parece, é a fúria eleitoraleira que leva os autarcas a quererem apresentar obra (por via de regra de fachada) em fim de mandato.
Só este hábito já seria, por si mesmo, condenável. Assume, no entanto, maior gravidade quando se exigem sacrifícios ao comum cidadão e se promete que, em consequência desta fúria despesista, vão ser exigidos novos sacrifícios aos portugueses.
Nada me move contra os autarcas que não seja aquilo que está à vista de todos um pouco por todo o lado. Mas acentua-se a ideia de que as autarquias são um estado dentro de outro estado, funcionando em roda livre.
O que agora fica demonstrado é que existe uma muito débil consciência do bem comum e da utilização da coisa pública por parte de muitos autarcas. Significa que, neste sentido, exercem o seu cargo com muito pouca seriedade. Que ser sério no trabalho não é apenas não ser ladrão ou vigarista.
Como de costume, nós pagaremos a factura.

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