quarta-feira, julho 20, 2005

 

Surpresa? Não!

Tenho estado a assistir na Sic Notícias ao desfile de representantes da oposição. Quem os ouve falar quase conclui que este Ministro das Finanças era o seu homem de eleição, a quem apoiavam efusivamente.
Parece, em geral, transparecer uma forte dose de surpresa com esta substituição.
Tenho como certo que poderão ser tornados públicos todos os motivos e mais alguns para esta saída, mas quem conhece bem José Socrates, saberá que este não tolera duas asneiras seguidas. A primeira terá sido antes ainda da tomada de posse, a segunda com o artigo agora escrito, como se o ministro não fizesse parte de um colectivo chamado governo.
De facto, parece ter faltado ao ex-ministro experiência política, que esta coisa de ser professor universtário ou técnico do Banco de Portugal não é a mesma coisa que estar na política.
Quando se pertence a um colectivo fala-se a uma só voz. Ou então, sai-se primeiro e discorda-se publicamente depois.
Estou convencido que qualquer ministro de Socrates que tenha a veleidade do protagonismo pessoal, terá igual destino.
E Freitas que se cuide, mais uma ideia original e volta para as aulas.
Parece funcionar aqui a ideia do velho PCP: a roupa suja lava-se em casa, quem não gostar vai embora.
Mas numa coisa dou razão ao ministro: num país tecnicamente falido, a treta da Ota e do TGV é coisa de malucos, ainda que sejam projectos a serem iniciados depois de passar a crise (isto se algum dia passar).

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