segunda-feira, março 07, 2005

 

A posição de António Vitorino

António Vitorino diz que não aceita ser ministro porque não lhe agradou a experiência governativa.
Já José Miguel Júdice tinha dito algo de semelhante no programa Pessoal e Transmissível da TSF. Disse concretamente que em Portugal quem exerce a actividade política é permanentemente enxovalhado.
De facto, ser político hoje em Portugal significa ter a vida devassada para além do que é legítimo em democracia, ser alvo de um bombardeamento permanente dos meios de comunicação social, não para obter informação mas para criar casos.
Dou um exemplo: face às mortes de bombeiros ocorridas em dois casos muito próximos no tempo, alguma imprensa tentou criar um caso procurando causas fantasiosas para a morte de homens que exercem uma profissão universalmente considerada de risco. Poucos levantaram a questão da existência de seguros ou outros mecanismos que permitam à família dos sinistrados uma sobrevivência digna.
Se juntarmos a isto os vencimentos que auferem, por comparação com os que são praticados no sector privado, teremos de concluir que, de facto, não é aliciante ser ministro.

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