segunda-feira, março 21, 2005
Impreparação policial
A triste história do homicídio de dois polícias na Amadora este fim-de-semana, pelos seus contornos, só nos pode levar para o campo da impreparação dos agentes. Não por sua responsabilidade, mas por imprudência ou incúria de quem assim os atira para ruas de perigosidade elevada, como se viu.
Um tipo sozinho dispara sobre um polícia, entra no carro, arranca, faz inversão de marcha e volta a disparar matando outro, só não matando o terceiro por nítida falta de pontaria, não de vontade.
Vou exemplificar um comportamento profissional, através de um caso que sucedeu comigo.
Há uns anos, em Washington, quando essa cidade batia o recorde de homicídios nos Estados Unidos, dirigi-me em pleno dia a três polícias numa rua meia deserta, para lhes perguntar qualquer coisa. A reacção deles deixou-me meio atemorizado: um deles ficou onde estava e os outros dois recuaram imediatamente pondo a mão na arma. Devo dizer que eu estava sozinho, estava bem vestido, ou seja, aparentemente não constituía qualquer perigo. No entanto, as suas normas de segurança funcionaram e colocaram-se numa atitude prudente, ainda que, pelo menos para mim, que não estava habituado àquele tipo de reacção, fosse intimidatória.
Se tivesse havido um comportamento semelhante da parte dos polícias vitimados, talvez agora não tivéssemos de lamentar mais duas mortes.
Parece que os criminosos levam a sua actividade a sério, mas quem manda na polícia não.
Um tipo sozinho dispara sobre um polícia, entra no carro, arranca, faz inversão de marcha e volta a disparar matando outro, só não matando o terceiro por nítida falta de pontaria, não de vontade.
Vou exemplificar um comportamento profissional, através de um caso que sucedeu comigo.
Há uns anos, em Washington, quando essa cidade batia o recorde de homicídios nos Estados Unidos, dirigi-me em pleno dia a três polícias numa rua meia deserta, para lhes perguntar qualquer coisa. A reacção deles deixou-me meio atemorizado: um deles ficou onde estava e os outros dois recuaram imediatamente pondo a mão na arma. Devo dizer que eu estava sozinho, estava bem vestido, ou seja, aparentemente não constituía qualquer perigo. No entanto, as suas normas de segurança funcionaram e colocaram-se numa atitude prudente, ainda que, pelo menos para mim, que não estava habituado àquele tipo de reacção, fosse intimidatória.
Se tivesse havido um comportamento semelhante da parte dos polícias vitimados, talvez agora não tivéssemos de lamentar mais duas mortes.
Parece que os criminosos levam a sua actividade a sério, mas quem manda na polícia não.