domingo, novembro 07, 2004

 

Justiça

Foi julgada a jovem que, com 17 anos, tomou uma mistela qualquer para abortar. A coisa complicou-se e, ao dar entrada no hospital, um enfermeiro denunciou-a pelo crime de prática de aborto.
País hipócrita, de falsos moralistas, ideologicamente conduzido por frequentadores do Elefante Branco, do Parque Eduardo VII e outras Estrelas, que escondem os seus vícios privados sob o manto das públicas virtudes.Um país regido pelas convicções do fundamentalismo ortodoxo, que está cada vez mais com ambiente de sacristia, como se fossemos uma grande delegação da Opus Dei.
Neste jardim de virtudes cristãs, a prostituição não existe, a pedofilia tem de ser denunciada pela comunicação social, os abortos são uma aberração de foragidas da lei do deus oficial.
Este país não precisa de reformas, precisa de reforma.
Pena é que os defensores do direito à vida, não defendam também o direito à qualidade de vida das mulheres.
A jovem foi absolvida: por uma vez, fez-se JUSTIÇA.
Já há meses me referi a este caso aqui:LINK

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