quinta-feira, novembro 25, 2004

 

Coimbra Magnífica

Coimbra é uns microcosmos ou, se preferirem, uma reprodução liofilizada do país.
Com um pequeno esforço de publicitação, entraria para o Guiness.
Deve ser exemplo único, pelo menos na Europa em que, por acidente geográfico, nos encontramos, de uma rotunda demorar cerca de um ano a ser construída. Já é o segundo caso e sempre na Avda. Fernando Namora.
Os serviços camarários, pelo sim pelo não, já se deslocam em veículos todo terreno mas os seus agentes, vítimas de uma miopia selectiva, ignoram meses e meses sem passeios, com paragens de autocarro em “ilhas” de lama e passadeiras que começam e terminam em troços de trial.
A complacência da Câmara de Coimbra para com os empreiteiros roça a ternura erótica.
Remodelam-se quatro rotundas a um custo de 115 mil contos com a desculpa esfarrapada de se encontrarem muito baixas e, por isso, os veículos as invadirem em situação de despiste. Então e as outras, não faz mal que se passe por cima?
Cá para mim, esta coisa da remodelação das rotundas foi apenas para fomentar a economia local. Dos empreiteiros, claro.
Qual dona de casa negligente, alindou-se o espaço circundante e de acesso ao estádio, antes do Euro 2004. Parecia mal os estrangeiros verem a lixeira e desmazelo em que temos a casa Coimbrã. Agora, voltou tudo ao mesmo: já podemos conviver, de novo, com o espaço urbano de ervas daninhas, de separadores não calcetados, etc.
Sendo uma terra com grande afluência de turismo, destruiu o parque de campismo e, embora a placa o assinale, continua a não existir.
Em Lisboa não fecham a 2ª Circular ao trânsito quando há jogos de futebol. Em Coimbra, no dia do jogo Académica-Belenenses, fecharam o trânsito nas ruas envolventes do Estádio! Resultado: 35 minutos para fazer dois quilómetros.
Parece que a abundante inteligência de Coimbra tem alguma dificuldade em passar para a prática.

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