sexta-feira, novembro 19, 2004
Classe de estupidez
O Ministro dos Transportes surgiu nas notícias para dar mais uma alegria e, simultaneamente, fazer de nós parvos, enquanto conseguia demonstrar conscientemente incompetência sem corar.
Em síntese, quem tem veículos banais, vai ter as portagens aumentadas para compensar a passagem dos monovolumes a classe 1.
“Para acabar com a descriminação destes veículos que têm pago classe 2”, nas sábias e descaradas palavras do ministro.
A primeira questão que se levanta é a de saber quantos monovolumes têm circulado, em média, por dia, nas auto-estradas, para poder calcular com rigor mínimo a compensação a dar a essa sacrossanta entidade que se chama Brisa. Pela percentagem, em relação ao total de veículos, creio que o automobilista nem sentiria.
A segunda questão, após a quantificação, prende-se com a falta de sinceridade: se bem me lembro, uma das condições exigidas pela fábrica de Palmela para continuar a laborar em Portugal, foi exactamente que se passassem os monovolumes para classe 1.
Portanto, não se trata de repor a justiça ou a igualdade de tratamento, mas apenas de obedecer à chantagem. Nem se pode falar também em correcção dos critérios usados pela Brisa, caso contrário ter-se-ia de acabar com a situação de alguns jipes que é não só ridícula como exclusiva na Europa.
Eu explico.
Um jipe paga classe 2. Mas se não tiver entrada de ar na tampa do motor, ainda que seja mais pesado, paga classe 1. Um jipe classe 2, se lhe atrelarmos uma caravana passa a classe 3, mas se for dos tais classe 1 continua na mesma classe.
O mesmo se passa com um veículo ligeiro normal, classe 1, que mantém a classificação se rebocar uma caravana.
No estrangeiro, designadamente na Espanha, França, Suiça, Itália, Alemanha, Áustria, Bélgica, Holanda e Luxemburgo, casos que conheço em concreto, a classe do veículo só se altera se o reboque tiver eixo duplo. Entre nós, tanto faz: se for classe 1 é indiferente, se for classe 2 passa a 3.
Desculpe-me a frontalidade, Sr. Ministro: o senhor é estúpido ou está a gozar com a gente?
Em síntese, quem tem veículos banais, vai ter as portagens aumentadas para compensar a passagem dos monovolumes a classe 1.
“Para acabar com a descriminação destes veículos que têm pago classe 2”, nas sábias e descaradas palavras do ministro.
A primeira questão que se levanta é a de saber quantos monovolumes têm circulado, em média, por dia, nas auto-estradas, para poder calcular com rigor mínimo a compensação a dar a essa sacrossanta entidade que se chama Brisa. Pela percentagem, em relação ao total de veículos, creio que o automobilista nem sentiria.
A segunda questão, após a quantificação, prende-se com a falta de sinceridade: se bem me lembro, uma das condições exigidas pela fábrica de Palmela para continuar a laborar em Portugal, foi exactamente que se passassem os monovolumes para classe 1.
Portanto, não se trata de repor a justiça ou a igualdade de tratamento, mas apenas de obedecer à chantagem. Nem se pode falar também em correcção dos critérios usados pela Brisa, caso contrário ter-se-ia de acabar com a situação de alguns jipes que é não só ridícula como exclusiva na Europa.
Eu explico.
Um jipe paga classe 2. Mas se não tiver entrada de ar na tampa do motor, ainda que seja mais pesado, paga classe 1. Um jipe classe 2, se lhe atrelarmos uma caravana passa a classe 3, mas se for dos tais classe 1 continua na mesma classe.
O mesmo se passa com um veículo ligeiro normal, classe 1, que mantém a classificação se rebocar uma caravana.
No estrangeiro, designadamente na Espanha, França, Suiça, Itália, Alemanha, Áustria, Bélgica, Holanda e Luxemburgo, casos que conheço em concreto, a classe do veículo só se altera se o reboque tiver eixo duplo. Entre nós, tanto faz: se for classe 1 é indiferente, se for classe 2 passa a 3.
Desculpe-me a frontalidade, Sr. Ministro: o senhor é estúpido ou está a gozar com a gente?
Quer apostar que, nas eleições, lhe demonstramos que não somos parvos?
